Title | VET124. Resumo 2ª Prova |
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Author | Victória Bozi |
Course | Farmacologia Veterinária II |
Institution | Universidade Federal de Viçosa |
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Matérias abordadas:
Pequenos animais:
- Terapêutica gastrointestinal;
- Terapêutica respiratória e cardiovascular;
- Terapêutica tópica na dermatologia veterinária;
- Terapêutica das intoxicações....
TERAPÊUTICA APLICADA AO SISTEMA DIGESTÓRIO Destaque para os antieméticos, antiácidos (protetores de mucosa – elevam o pH da secreção gástrica e promover a cicatrização da mucosa gástrica), protetores de mucosa, laxantes. ANTIEMÉTICOS Vômito ou êmese Caracterizado por mímica/ânsia do vômito (contração abdominal); Conteúdo alimentar e secreção gástrica rica em eletrólitos e água. De forma repetitiva, a perda de íons e água faz com que seja necessária a utilização desses medicamentos. Consequências: Desidratação – desequilíbrio hídrico; Distúrbios eletrolíticos; Distúrbios ácidos-básicos; Anorexia; Emagrecimento. Indicações: Terapia sintomática – não é específica de doença, a causa base deve ser investigada, mas como o sintoma agrava o quadro clínico, deve também ser tratado. Pode mascarar os sintomas de doença (ppt pacientes com obstrução intestinal associada a presença de corpo estranho); Controle de vômitos frequentes; Minimizar o estresse do animal/tutor; Prevenção da êmese por cinetose (vômito associado a movimento – alteração da percepção vestibular/de equilíbrio, presente no ouvido médio e interno, que possui comunicação com o centro do vômito). Alguns medicamentos possuem ação sedativa também; Prevenção da êmese por quimioterápicos (induzem vômito). Contraindicações (não apropriados): Vômitos esporádicos/intermitentes; Obstrução gastrointestinal suspeita ou confirmada – necessário reconhecimento precoce e tratamento cirúrgico; Intoxicações por ingestão recente de toxina – geralmente tenta-se induzir o vômito (morfina possui efeito emetizante: mais utilizada, também há irritantes locais: água oxigenada); Fisiopatologia do vômito: - Mediado pelo centro da êmese: grupo de neurônios presente no corpo encefálico; - Recebe estímulos (ex: gastrite) das vísceras por vias neurais: via periférica neural direta (via neural central); - Estímulo vem dos neurotransmissores que se ligam a receptores (antieméticos agem sobre); - Alguns vômitos podem ser estimulados por via humoral direta (toxinas carreadas na corrente sanguínea que chegam à zona deflagradora de quimiorreceptores – ZQD); - A via vestibular é responsável pela cinetose (alteração da percepção vestibular) e atinge a ZQD; - Estímulos diretos de centros nervosos superiores para o centro da êmese. Alterações que podem levar ao vômito: viscerais, circulatórias e vestibulares. Receptores e neurotransmissores: Vários tipos: NK1 – maior [ ] no centro do vômito Principal antiemético utilizado em cães e gatos atualmente: Cerênia (Citrato de maropitant)(atua sobre esses receptores); 5HT3 – receptor serotoninérgico, em menor [ ] no centro do vômito e maior [ ] nas vias periféricas do Nervo Vago (vias periféricas); Alfa-adrenérgico; Dopaminérgico (D2); Colinérgico; Histaminérgico; ENK. Antieméticos: Ação central (SNC) – centro da êmese/vômito ou zona de gatilho (ZQD); Ação periférica – vias periféricas aferentes do sistema nervoso simpático e parassimpático (terminações sensitivas vagais) provenientes de vísceras (TGI). *A maior parte possui ação central e periférica.
PRINCIPAIS ANTIEMÉTICOS
1. Citrato de maropitant (Cerênia) - Ação predominantemente central (ação nos receptores de androcininas – NK 1, bloqueando-os); - Principal utilizado em pequenos animais; - Muito caro Deve ser utilizado para tratar vários pacientes; - Apresentação: frascos de 20mL injetável; - Posologia: administração SC ou IV, SID durante 5 dias, dose: 1mg/kg ou 0,1mL/kg. Para via oral dose maior (2mg/kg); - Potente antiemético central e periférico; - Indicações: controle da êmese nos casos graves e evitar a cinetose – dose maior: 8mg/kg vira oral; - Indicado em cães, mas pode ser utilizado em felinos (mesmo sem recomendação na bula); - Apresentação de uso veterinário. Efeitos adversos: Dor no local de aplicação subcutânea; Vômito devido a contato direto do fármaco com a mucosa no caso de VO; Fármaco com boa segurança. 2. Ondansetrona (Vonau) - Ação predominantemente periférica nos receptores serotoninérgicos – 5TH3; - Apresentação de uso humano; - Apresentação em ampolas injetáveis; - Indicações: controle da êmese nos casos graves, prevenção da êmese antes de quimioterapia; - Indicado para cães e gatos; - Posologia: 0,5mg/kg/IV, BID ou 0,5 a 1,0mg/kg/VO, BID + dobro da dose. Efeitos adversos: Não apresenta – boa segurança. 3. Fenotiazínicos (Acepran – veterinário e Amplictil – humano) - Mais utilizado como medicação pré-anestésica e sedativos; - Ação antiemética mais central e discreta – receptores α-adrenérgico 1 e 2, dopaminérgico (D 2) e histaminérgico (H1); - Pode prevenir cinetose devido a ação anti-histamínica – anti-H1; - Utilizado em pacientes agitados devido a sedação promovida; - Usar em pacientes hemodinamicamente estáveis; - Posologia: Clorpromazina: 0,5mg/kg/IM ou SC, TID; Acepromazina: 0,01 a 0,05mg/kg IM, SC ou 1 3mg/kg VO. Efeitos adversos: - Hipotensão; - Sedação; - Diminuição do limiar convulsivo; - Reações extrapiramidais – parte do SNC que promove alterações comportamentais/quadro excitatórios (animal eufórico, com agitação extrema, podendo convulsionar). 4. Metoclopramida (Plasil) - Antiemético muito popular; - Ação na zona do gatilho – receptores 5HT3 e dopaminérgicos (ppt); - Efeito menor se comparado aos demais; - Efeito pró-cinético (receptores D2 e colinérgico) – reduz o estímulo para vômito, causado quando há estase gastrointestinal; - Evitar refluxo gastroesofágico – aumenta o tônus do esfíncter esofágico caudal; - Apresentações comerciais diversas – humana e veterinária; - Posologia: 0,2 a 0,5 mg/kg IV, IM, SC ou VO, TID; 1 a 2mg/kg/dia (infusão contínua); Para prevenir refluxo: 30 minutos antes da alimentação. Efeitos adversos: - Diminuição do limiar convulsivo; - Reações extrapiramidais; - Evitar em obstruções, hemorragias e perfurações intestinais.
5. Anti-histamínicos (Dimenidrinato – Dramin) - Antiemético para cinetose; - Ação nos receptores H1 e M; - Pode ter efeito anticolinérgico – receptores colinérgicos; - Sedativo; - Apresentações comerciais de linha humana; - Chance maiores de terem efeito antiemético na cinetose, devido ao efeito sedativo que reduz o desconforto de náusea e vômito. - Posologia: 4 a 8 mg/kg IM ou VO, TID. Efeitos adversos: - Sedação; - Ocasionalmente vômitos e diarreia. ANTIÁCIDOS Indicações: - Redução de acidez do suco gástrico; - Tratamento de úlceras gastroduodenais – muito utilizados para acelerar o processo cicatricial; - Controle de esofagites de refluxo. Estômago: - Secreção (suco gástrico): HCl, pepsina, ácidos biliares, íons e enzimas; - Antiácidos exercem efeito nas células gástricas responsáveis pela produção de ácido clorídrico: células parietais ou oxínticas; - Fovéolas gástricas – aberturas das glândulas gástricas na superfície da mucosa gástrica; - Produção de ácido clorídrico mediantes a ligação dos neurotransmissores histamina (se liga ao receptor H 2), gastrina (se liga ao receptor de gastrina) ou acetilcolina (se liga ao receptor muscarínico); Principais antiácidos utilizados: - Potentes (bloqueio de mais de 90%): inibidores da bomba de prótons (IBPs – Omeprazol). Bomba de prótons joga os íons H para fora, que irá se juntar ao Cl e formar HCl; - Menos potentes: bloqueadores de H2 (Ranitidina). Tipos: Antiácidos locais: Hidróxido de alumínio, Carbonato de cálcio e Hidróxido de magnésio; *Associação com Simeticona (antifisético): utilizada em casos de gases, pois reduz a tensão superficial das bolhas de gás e os libera via eructação ou flatulência Antagonistas H2: Cimetidina, Ranitidina e Famotidina – emprego grande no caso de úlceras pequenas; Inibidores da bomba de prótons: Omeprazol, Lanzoprazol e Pantoprazol – usados em casos de úlceras grandes e graves. *Animais podem se tornar resistentes a algum dos tipos. ANTIÁCIDOS ORAIS/LOCAIS Indicações: - Pouco utilizados; - Palatabilidade ruim; - Efeito antiácido fraco; - Necessita de administração a cada 4 horas; - Posologia: 10 ml/animal. ANTAGONISTAS H2 Cimetidina - Pouco utilizado; - Efeito antiácido fraco; - Necessita de administração de 8 em 8 horas; - Muita interação medicamentosa. Ranitidina - Mais conhecida e utilizada (popular); - Fácil de prescrever; - Efeito antiácido fraco – pode ser utilizado para efeito placebo; - Efeito pró-cinético moderado; - Sem efeito colateral grave; - 2mg/kg, VO, SC, IV (pode causar êmese) e BID.
Famotidina - Melhor efeito antiácido entre os antagonistas H2; - 0,5 a 1 mg/kg, VO, IV e BID. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS Principais apresentações comerciais: Petprazol e Gaviz V. Omeprazol - Antiácido potente; - Um dos mais utilizados; - Indicado no tratamento de úlceras, gastrites graves, esofagite de refluxo; - Posologia: 1mg/kg, VO (precisam ser absorvidos), IV (casos mais graves) e SID ou BID. - Indicações: úlceras, gastrites graves e esofagite de refluxo. - Administrar em jejum; - Melhora a absorção intestinal; - Metabolização hepática – pró-droga ativada no fígado; - Pela corrente sanguínea chega nas células parietais e se liga de forma covalente a bomba de prótons – redução significativa na capacidade de produção de ácido (90%) devido a isso; - Ligação covalente com a bomba de prótons. Efeito adversos: - Boa segurança; - Poucos efeitos adversos; - Pode aumentar a proliferação bacteriana no TGI anterior – risco para pacientes internados, mas não é algo problemático; - Ocasionalmente pode causar diarreia; Outros fármacos do mesmo grupo: Lanzoprazol, Pantoprazol e Esomeprazol. PROTETORES DE MUCOSA Também conhecidos como Demulcentes; “Substâncias que atuam reforçando a barreira física de proteção da mucosa gástrica ou intestinal” Citoprotetores, diferente de antiácidos; Células epiteliais possuem barreira de proteção composta por muco e HCO3- Protetores de mucosa reforçam essa barreira; Ação física (mimetiza a barreira), prostaglandinas (melhoram o fluxo sanguíneo para a mucosa, aumentando a produção de muco); Utilizados no tratamento de úlceras gastroduodenais. SUCRALFATO (Sucrafilm) - Hidróxido de alumínio + sacarose sulfatada; - Protetor de mucosa mais usado no estômago; - Dissolve-se no suco gástrico; - Adere-se ao local ulcerado; - Forma barreira protetora; - Posologia: 0,5 a 1 g/animal, VO, 8 em 8 horas. Gastrites – úlceras Tratamentos: Supressão ácida: Omeprazol 1mg/kg, VO ou IV, SID ou BID; Citoproteção: Sucralfato 0,5 a 1g/animal, VO, TID. PRÓ-CINÉTICOS Ação pró-cinética: estimular motilidade gastrointestinal (contrações peristálticas – movimento cranialcaudal); Utilizados nos casos de hipo ou dismotilidade gástrica ou intestinal (motilidade reduzida), que causa distensão, maior estímulo para vômito e presença de maior [ ] de bactérias. Fármacos: Ranitidina; Metoclopramida ou Bromoprida; Domperidona; Eritromicina – grupo das tetraciclinas (uso de dose menor para efeito pró-cinético e maior para efeito antibacteriano). Mudanças dietéticas benéficas: - Alta digestibilidade;
- Consistência líquida ou pastosa; - Oferecer várias vezes ao dia. *Facilitam o esvaziamento gástrico e passagem intestinal. LAXANTES Efeito laxante: efeito de promover fezes amolecidas ≠ Efeito purgante: efeito de promover fezes aquosas (diarreias). Os dois efeitos são conhecidos também como catárticos. O efeito purgante não é buscado, mas pode acontecer devido a maior sensibilidade do animal. CONSTIPAÇÃO – TENEMA OU MEGACOLON - Terapia inicial: supositórios e enemas (utilização das substâncias por via retal); - Enemas: utilizar água morna (20mL/kg): utilizados para amolecer as fezes Repetir quantas vezes forem necessárias; - Cirurgia (colostomia) apenas quando o enema falha; - Dieta (rica em fibras) e laxantes para prevenção nos pacientes com constipação; Tratamento: Supositórios: casos brandos – Minilax; Enema; Enema e extração manual. Laxantes o Lactulona (lactulose) Principal laxante utilizado em cães e gatos; Pode ser usado no enema (30% da solução). Uso oral: - Profilático; - Efeito osmótico – atrai mais água; - Posologia variável conforme o efeito alcançado; - 0,5 a 1mL/kg, BID ou TID; - Usado a longo prazo; - Pode causar flatulência. Outras opções o Óleo mineral Efeito lubrificante (forma película entre as fezes e a mucosa e impede a absorção de água pelas fezes) Risco de aspiração (pneumonia); o Bisacodil Efeito estimulante (irritante) Evitar usar a longo prazo; o Dieta rica em fibras Muda a microbiota intestinal e gera ácidos graxos voláteis, que são nutrientes para as células epiteliais): linhas terapêuticas e Psylium (1 colher de sopa a cada refeição); o Dieta de poucos resíduos: casos refratários a fibras; o Pró-cinéticos. ANTIDIARREICOS 1. PROTETORES DE MUCOSA INTESTINAL Nas diarreias, ppt as com sangue, os antidiarreicos contraindicados parar a diarreia, pois os MO causadores se manteriam no TGI. Tipos e ações o Protetor de mucosa (demulcente) Protegem, recobrem e aliviam a irritação da mucosa. o Adsorvente Adsorção: atrai e fixa MO e toxinas, incorporando-as e impedindo sua absorção intestinal (são eliminadas nas fezes); Exemplo: carvão ativado – mais empregado como protetor de mucosa para intestino. o Adstringente Exemplo: zinco. Via oral ou enemas (maior adsorção no IG ou nos casos de impossibilidade de usar por VO): carvão ativado, Zeolita, Caolim, Pectina Diluir 8g em 100mL, 20mL/kg.
2. REDUTORES DE MOTILIDADE E SECREÇÃO INTESTINAL Quando há predomínio de quadro intestinal e muita cólica. Tipos e ações o Atropina - Escopolamina (hiocina) – Buscopan; - Reduzem a motilidade (feito antiespasmódico); - Indicados em cólicas; - Efeito adverso: hipomotilidade (pode causar íleo paralítico); - Contraindicados em lesão intestinal grave (hematoquesia – translocação de bactérias e toxinas). o Opioides - Loperamida (Imosec), elixir paregórico; - Reduzem secreção intestinal; - Aumentam tônus de contrações segmentares; - Aumentam tônus do esfíncter anal; - Efeito colateral: podem causar constipação (formação de fecaloma – não usar por mais de 2 dias), risco de translocação de toxinas e bactérias. HEPATOPROTETORES Terapia sintomática (suporte). Indicações: Terapia de suporte na maioria das hepatopatias; Os principais efeitos hepatoprotetores são: - Antioxidantes e antiinflamatórios; - Coleréticos (aumento da secreção e fluidificação da bile); - Estabilizadores de membranas; - Antiapoptose e antifibrótico; - Lipotrópico: facilita a liberação de gordura dos hepatócitos. Com eficácia comprovada o Same (S-adenosylmetionina) Um dos melhores; Forte ação antioxidante; Estabilização de membranas e anti-inflamatório; Importado ou farmácia de manipulação. Posologia: Cão: 20mg/kg, VO, SID; Gato: 40mg/kg, VO, SID. o Silimarina (Legalon) Antioxidante, antifibrótico, anti-inflamatório e colerético; Posologia: 20 a 50mg/kg, VO, SID. o Vitamina E Nutracêutico (nutriente com propriedades farmacológicas) – eficácia questionável; Aminoácidos: colina, metionina, arginina, ornitina e outros; Vitaminas: complexo B e vitamina C; Minerais: zinco, selênio e outros. Antioxidante e anti-inflamatório; Posologia: 10mg/kg, VO, SID. o Ácido ursodesoxicólico (Ursacol) Colerético; Estabilizador de membrana mitocondrial; Antiapoptose; Posologia: 10 a 15mg/kg, VO, SID. o N-acetilcisteína (Emulsil) Antioxidante e anti-inflamatório; Melhora a liberação de O2 na microcirculação; Posologia: inicialmente 140mg/kg, IV; após 70mg/kg, IV, 6 em 6 horas. TERAPÊUTICA RESPIRATÓRIA E CARDIOVASCULAR EM CÃES E GATOS
Há intima relação anatômica entre os sistemas respiratório e cardiovascular. Por isso, é muito comum que, quando há o comprometimento de um, o outro também seja comprometido. A sintomatologia de alterações nesses sistemas se assemelha muito e a abordagem de tratamento também. REVISÃO ANATÔMICA SISTEMA RESPIRATÓRIO Doenças podem se manifestar desde alterações na narina (por exemplo, estenose) até nos alvéolos. Todas elas vão comprometer a respiração do mesmo, por isso, é necessário identificar o local da lesão: vias aéreas superiores (narinas a laringe/porção da traqueia) ou vias aéreas inferiores (da traqueia até os pulmões). Manifestação respiratória ≠ Doença respiratória Muitas alterações podem levar a manifestações respiratórias, como tosse. Importante identificar o que está causando a manifestação para tratar o animal com o fármaco correto. Alvéolos Interstício alveolar é ricamente vascularizado; A hematose ocorre na rica rede capilar dos mesmos; Fármacos específicos para tratar lesões alveolares. Brônquios Estruturas que conduzem o ar; Anatomia: rica rede de epitélio mucociliar que reveste toda a rede (inclusive alguns bronquíolos) – importante mecanismo para defesa do sistema respiratório. Existem fármacos que estimulam essa função, sendo benéficos para proteção; Doenças inflamatórias/infecciosas: muco produzidos em grande quantidade acaba trazendo prejuízo para a função respiratória (obstrução de vias). Nesses casos, os fármacos atuaram diminuindo a produção do mesmo. Principais mecanismos de defesa 1.Espirro – originado nas vias aéreas superiores, ppt na cavidade nasal; mecanismo protetor, pois há a eliminação de MO ou partículas que estão causando a infecção, mas quando em muita intensidade traz prejuízos para o animal, que pode ficar sem se alimentar e dormir; 2.Tose – mecanismo protetor também; 3.Epitélio mucociliar; 4.Células de defesa (macrófagos, aa’s de superfície) – em algumas situações podem causar lesões anatômicas, por exemplo nos casos de Bronquite alérgica (asma).
OBS *Broncoespasmos: broncoconstrição (obstrução das vias aéreas); *Broncoquiectasia: dilatação dos brônquios devido a presença de exsudato.
SISTEMA CARDIOVASCULAR RESPOSTAS SISTÊMICAS NAS CARDIOPATIAS Insuficiência cardíaca (IC) Hipotensão e hipovolemia Elevação do tônus simpático; Atenuação do tônus vagal;
Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona; Liberação do hormônio antidiurético (ADH-vasopressina).
↓ Piora da IC a longo prazo!
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Aumento da frequência cardíaca, da resistência vascular periférica e do volume vascular.
EFEITOS SIMPÁTICOS Ativados em grande parte para manter o débito cardíaco nos animais com doenças cardíacas: - Aumento da frequência cardíaca; - Aumento da força de contração; - Aumento da vasoconstrição periférica – fluxo sanguíneo redirecionado para órgãos vitais. *Mantém a pressão arterial do animal! Efeito inicial: - Aumento da pressão arterial; - Aumento do débito cardíaco. Efeito a longo prazo: - Aumento da pós-carga – força que o coração tem que vencer para poder ejetar o sangue, está diretamente relacionada a vasoconstrição periférica (quanto maior a vasoconstrição, maior o efeito pós-carga); Pós-carga: “A ela correspondem os fatores que se opõem ao encurtamento ventricular, ou seja, a pressão da aorta durante a sístole, o volume diastólico final, o obstáculo valvar da aorta e da pulmonar.” - Aumento do requerimento de O2 do miocárdio.
OBS - A redução da perfusão renal é percebida por células do aparato justaglomerular; - Angiotensina II: muita ação vasoativa. - Aldosterona: aumenta a quantidade de sangue circulante, o que também é um mecanismo que compensa uma falha cardíaca.
Num curto espaço de tempo, esses mecanismos são vantajosos e ajudam a compensar as falhas cardíacas. Porém, a longo prazo, é prejudicial para o animal, pois sobrecarrega a função cardíaca, já que aumenta o volume de sangue circulante e a vasoconstrição (força contrária a ejeção de sangue).
Remodelamento cardíaco Coração fica maior, perde sua capacidade de sístole e diástole e perde sua forma (se assemelha a bola).
FÁMARCOS PRINCIPAIS CLASSES DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Fármacos broncodilatadores – dilatam a musculatura bronquial facilitando o fluxo de ar; Fármacos anti-inflamatórios – modula a resposta inflamatória; Fármacos supressores de tosse – modulam a tosse, em situações em que a mesma diminui a qualidade de vida do animal, devido ao incômodo causado Deve se tomar cuidado nesses casos, pois é um mecanismo protetor; Antibióticos.
1. BRONCODILATADORES - Atuam reduzindo o tônus da musculatura lisa bronquial; - Muitas vezes são utilizados nas doenças bronquiais (bronquites e broncopneumonias) – essas afecções levam a broncoespasmos/broncoconstrição que quando muito intens...