2 Aula Preparo do campo cirúrgico PDF

Title 2 Aula Preparo do campo cirúrgico
Course Técnica Operatória Veterinária
Institution Universidade Federal do Pampa
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Summary

Anotações em aula referentes à disciplina de técnica operatória sob supervisão da professora Rosa. Informações sobre a matéria de preparo do campo cirúrgico....


Description

Breno – Medicina Veterinária

Preparo do campo cirúrgico O pano de campo tem que ser esterilizado, um pano mais grosso. A função dele é delimitar o campo cirúrgico, vai delimitar a área a ser submetida a procedimento cirúrgico. Pode ser embrulhado em papel âmbar, ou papel Graf (?) cirúrgico, que é selado por calor. Esse material embalado é autoclavado, levado na estufa, sendo esterilizado. A fita que lacra o papel âmbar, é uma fita cirúrgica que se assemelha a fita crepe, e quando submetida ao calor (esterilização) aparecem umas linhas amarelas. O pano de campo deve cobrir pelo menos todo o animal e não apenas o campo cirúrgico. Há vários tipos de pano de campo: posso utilizar quatro panos totalmente fechados, todos os 4 esterilizados. Um pano cranial, um caudal, um lateral esquerdo e um lateral direito. Normalmente esses panos são fixados por bakaus (?) também chamadas de pinça de campo. A pinça de campo deve prender o pano de campo sobre o tecido animal, para que o pano de campo não se mova. Tem o pano de campo fenestrado: tem uma abertura no seu centro, é um pano único. A abertura pode ser de vários tamanhos. A descrição de medida na embalagem do pano de campo me indica o tamanho da fenestra. Pano de mesa: não é fenestrado, também é esterilizado. Sua função é cobrir a mesa auxiliar, para que os instrumentais cirúrgicos fiquem sobre ela. Ao desenrolar o PM, tomar cuidado para não encostar no chão.

Sobre o pano de mesa, temos o instrumental cirúrgico. Há uma forma correta de organizar o instrumental. Pode ser que essa forma de organizar a mesa sofra divergência de escola para escola, não existe uma forma universal. Se preconiza que esses instrumentais sejam agrupados de acordo com sua função. Isso serve para facilitar a achada dos instrumentais numa hora de emergência. Material de diérese: de corte, tesouras. Superior esquerdo: material especial. Superior no centro: material de síntese (de sutura). Superior direito: material auxiliar. Inferior esquerdo: material de campo. No centro inferior: material hemostático. Direito inferior: material de diérese. A mesa sempre vai estar à esquerda do auxiliar. Sigla: E S A C H D, da esquerda para direita. Material especial: específico para cada procedimento cirúrgico. Varia de acordo com a especialidade da cirurgia. Material de síntese: porta-agulhas e fios de sutura. Material auxiliar: pinças anatômicas e pinças de Alis (?). Não atuam diretamente, mas criam condições para que os demais instrumentos atuem. Material de campo: composto por pinças de campo = pinças de bakaus, gazes cirúrgicas e compressas. Material hemostático: promover hemostasia e nunca fixação de tecidos, apenas hemostasia. Pinças hemostáticas são pinças de esmagamento, promove destruição tecidual. Material de diérese: material de corte, entra cabo e lamina de bisturi e tesouras. Alguns detalhes: quando montamos material de diérese, vou sempre montar do mais cruento para o menos cruento: de maior

poder de corte para menor, da direita para esquerda. Bisturi, tesouras de ponta aguda e depois tesouras de ponta romba. Para o instrumental hemostático: sempre vou montar da pinça menor para a pinça maior. Pinça reta, e pinça curva, intercalando. Da direita para esquerda, da menor para maior. Profilaxia da infecção Toda vez que eu entro com o animal para um procedimento cirúrgico, eu tenho que tomar uma série de medidas para evitar infecção. As maiores complicações que encontramos, estão relacionadas a infecção. Vias de infecção: o próprio fato de eu estar abrindo, expondo os órgãos ao ambiente, é uma forma de expor a contaminação. Ambiente cirúrgico é outro componente: quais as condições do meu centro cirúrgico. Definições Assepsia: conjunto de procedimento com finalidade de evitar a penetração de germes em locais que não os contêm. É um conjunto de manobras, de procedimentos. O fato de eu colocar o pijama cirúrgico, a mascara, o gorro, são manobras de assepsia. Antissepsia: quando utilizo um produto químico sobre o tecido vivo, sobre a pele do ambiente, quando utilizo o antisséptico. Antissépticos: há vários. Os mais comuns são: tintura de iodo (hoje não se usa mais), álcool 96% e 70%. O 70% tem ação antisséptica melhor. 96% é muito puro, tem alta volatilidade, evapora com muita facilidade. O 70% permanece mais tempo no tecido. Polivinilpirrolidona = povidine (nome comercial) = PVDI. Clorexidine e água oxigenada. H2O2 é bem fraco, usada

continuamente acaba retardando a cicatrização. Se utilizar, só no primeiro segundo dia, para tirar as sujeiras da ferida. Cicatriz boa, é bem vascularizada, está tendo bom aporte sanguíneo. Cicatriz branca parou de evoluir, parou de cicatrizar. Grandes animais: degermante com escova, escarificação. Desinfecção: método físico ou químico utilizado para impedir a presença de germes ou microrganismos em instrumentais, utensílios e ambientes. Isso é no ambiente, nos fômites, nunca no animal. exemplo: limpeza do CC com produtos químicos. Exemplos: BIOCID, creolina, cloro, hipoclorito de sódio, água a 100 graus. Esterilização: é o método mais seguro, vamos promover a morte total dos microrganismos. Vai ser feita em todo o material cirúrgico. Esterilizantes: o ideal é a autoclave. É um equipamento que promove esterilização pelo vapor. A vigilância sanitária não considera mais estufa, só autoclave. Temperatura de 120 graus por 20 minutos. Estufa: 100 graus por 1h. Outra opção é o uso de pastilhas de formol, é mais indicada atualmente para esterilizar componentes elétricas, como furadeira, dremio, que utilizamos em cirurgias ortopédicas. O problema é que conforme a pastilha vai volatilizando, há produtos que podem ser tóxicos. Eu posso colocar o material cirúrgico dentro de uma caixa, colocar a pastilha, dentro de 48h está esterilizado. Fogo instantâneo: álcool + fogo. Muitas vezes com o fogo o material fica carbonizado, fica escuro, aspecto feio. Ebolição: água a 100 graus por 10 minutos. Ajuda bastante em situações emergenciais, mas não esteriliza. Preparação da equipe cirúrgica Sequencia correta, adequada para o preparo da equipe cirúrgica. Estamos referindo ao cirurgião e ao auxiliar, indivíduos que

estarão paramentados atuando diretamente no procedimento cirúrgico. Colocar pijama cirúrgico, gorro, propé, máscara facial, antissepsia nas mãos e braços, avental cirúrgico, luva cirúrgica. Essa é a ordem correta. Antissepsia das mãos e dos braços: remoção mecânica das sujidades mais visíveis e oleosidades. Redução dos microrganismos presentes (temporários e permanentes). Eu não vou esterilizar meus braços, mas vou diminuir o número de microrganismos. após estar com pijama, máscara, gorro, vou chegar próximo à pia e enxaguar os braços, de forma que a água escorra da ponta dos dedos até o cotovelo. Vamos pegar o antisséptico ali presente e vamos utilizar. O antisséptico específico é o degermante, que é muito parecido com o povidine, mas tem um detergente. Pode se fazer isso com clorexidine. Espalhar o produto até o cotovelo, a quantidade é bastante para fazer a espuma amarelada. Vou espalhar desde a ponta dos dedos até o cotovelo. Utilizar escova estéril para promover escarificação. Normalmente uma parte em forma de cerda e outra em forma de esponja. A esponja já vem encharcada com degermante ou clorexidine. Elas vêm embaladas e esterilizadas. Usou uma vez, já descarta. Vamos primeiro espalhar o antisséptico, depois promover a escarificação do dedo ao punho, depois por ultimo escarificação do punho ao cotovelo. Quando for enxaguar, sempre das pontas dos dedos para o punho e do punho para o cotovelo. A escarificação pode ser cronometrada ou por número de golpes. 1-3 minutos por segmento, ou 10 golpes. Sempre o movimento de escarificação é da ponta dos dedos para o punho, nunca vai e volta. Devemos escarificar entre todos os dedos, e na membrana interdigital. Após escarificar,

enxaguar da ponta dos dedos ao cotovelo. Não tocar na pia nem nas torneiras. Após a antissepsia, vamos pegar compressa estéril, seco polegares, dedos, costa e palma da mão, levo até o cotovelo. Inverto a compressa e seco o outro braço....


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