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Resumo: fichamento sobre o texto A América Latina na época colonial, apresentado á disciplina de Brasil Colônia II...

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Andressa Novaes Gregate Soares

A América Latina na época colonial

Taubaté-SP 2014

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Andressa Novaes Gregate Soares

A América Latina na época colonial POR STUART B. SCHWARTZ E JAMES LOCKHART

Resum o: fichamento sobre o texto A América Latina na época colonial, apresentado á disciplina de Brasil Colônia II, ministrada pelo Prof.ª. Fátima, curso História, 3° Semestre, Departamento de Ciências Sociais e Letras, Universidade de Taubaté.

Taubaté-SP 2014

POR STUART B. SCHWARTZ E JAMES LOCKHART

A América Latina na época colonial

AS REFORMAS POMBALINAS

“A década de 1750 marcou uma virada importante na economia luso- brasileira e na história do Brasil colonial. Foi nesses anos que a produção brasileira de ouro atingiu seu ponto máximo e depois começou a declinar, e também foi na época que o Marquês de Pombal chegou ao poder no governo português. Era um homem que combinava os princípios do regalismo e do despotismo político.” “Portugal instituiu uma série de reformas que, em muitos aspectos, acompanharam e quase sempre precederam as que foram executadas pelos Bourbons na Espanha. O império de Portugal no século XVIII ainda incluía grande território na África e na Ásia.” “Como primeiro-ministro, Pombal governou Portugal e suas colônias de maneira ditatorial. Sua experiência diplomática em Viena e principalmente em Londres. O Tratado de Methuen fez de Portugal e suas colônias grandes consumidores de mercadorias inglesas e criou um desequilíbrio comercial que era pago com ouro brasileiro. Pombal compreendeu esta situação e percebeu que as colônias, especialmente o Brasil, eram a chave para a recuperação de seu país. Ao consolidar seu poder durante a reconstrução de Lisboa, Pombal deu início a uma série de medidas destinadas a reduzir a dependência portuguesa da Inglaterra, por meio da utilização das técnicas comerciais, fiscais e, quando possível, até das indústrias que os próprios ingleses tinham desenvolvido. Dentro desse programa estava a tentativa de reestruturar o modelo político e econômico do Brasil. No século XVIII, Portugal não era só um apêndice econômico da Inglaterra, mas também aliado político e cliente. O que ele buscava era reciprocidade, e não a eliminação do comércio britânico ou da aliança com os ingleses.”

“Embora muitas das medidas reformistas de Pombal estivessem de acordo com a tendência geral de regalismo e despotismo real encontradas na maioria das cortes europeias contemporâneas, é notável a energia com que ele buscou essa política em todas as áreas da vida.” “Houve também muitos remendos sociais. Pombal proibiu a perseguição tradicional e a discriminação de cristãos-novos, na esperança de atrair investimentos deles para seu projeto econômico. A escravidão foi abolida em Portugal porque queria criar empregos e estimular o desenvolvimento do artesanato na metrópole e garantir maior fornecimento de escravos africanos à colônia brasileira.” “Desde 1711 o comércio do Brasil era feito em frotas que visitam todo ano quatro portos principais.” “Pombal então passou a estimular o comércio brasileiro e recorreu àquela instituição típica para o desenvolvimento de áreas periféricas, a companhia monopolística. Em 1755 foi criada a companhia do Grão-Pará e Maranhão, com privilégio de vinte anos de direitos exclusivos sobre o tráfico de escravos e outros tipos de comércio com a vasta metade norte do Brasil”. “Em 1759 foi fundada a Companhia de Pernambuco e Paraíba para estimular a economia do litoral nordestino.” “Na década de 1750 o Brasil iniciava um longo período de depressão pela queda da produção de ouro e outras mercadorias coloniais e pelo preço mais baixo que alcançavam no mercado europeu.” “Embora muito do que Pombal fez possa ser visto como a continuação de tendências ou políticas de décadas anteriores é verdade que suas inovações devem ser avaliadas em relação ao cenário desta situação financeira.” “Com a queda da arrecadação e o crescimento da dívida, o declínio da produção de ouro em Minas Gerais, a decadência da mineração em Goiás e Mato Grosso e a economia em baixa na costa nordestina, era preciso encontrar novas maneiras de gerar receita. O sistema de coleta de impostos de Portugal foi completamente modificado. Foi criado em Lisboa um órgão central de contabilidade, chefiado pelo próprio Pombal.”

O BRASIL DE POMBAL “Pombal não era um reformador social interessado nas condições de vida dos índios. Seu objetivo era o benefício estratégico e econômico de Portugal.” “Na verdade, o programa pombalino para o norte do Brasil teve resultados desiguais. A área era realmente composta de duas regiões: a bacia amazônica do Pará e do Rio Negro, com sua capital em Belém, e o território do Maranhão, centrado em São Luís. Essas duas regiões desenvolveram-se de forma bastante diferente com a política pombalina e o estímulo da Companhia do Grão- Pará e Maranhão.” “Muitos colonos há muito se ressentiam da posição especialmente poderosa dos jesuítas no Brasil. Pombal passou a vê-los como um grupo com interesse diametralmente opostos a seus planos econômicos e demográficos para o Brasil.” “Pombal também não fez dos funcionários brasileiros um alvo específico da reforma. Na verdade, dentro das linhas gerais de sua reorganização, Pombal criou novas oportunidades para os brasileiros.” “Embora os portugueses nascidos no Brasil tivessem permissão de prestar serviços ao governo e, às vezes, até mesmo de chegar a altos cargos na própria metrópole, não havia dúvidas de que o Brasil permaneceria como colônia.” “Durante todo período, o Brasil enfrentou uma depressão econômica, consequência da queda da produção do ouro e do baixo preço de seus produtos agrícolas, que medidas fiscais não podiam superar. Apesar de tudo o que Pombal podia fazer, as exportações brasileiras em 1776 foram apenas 40% do que tinha sido em 1760.” “Em muitos aspectos, Pombal e seus funcionários eram ao mesmo tempo produto e agentes de mudanças que ocorriam em toda a Europa. Portugal, como a Espanha, estava em contato com as correntes intelectuais da Idade da Razão; livros ingleses, franceses e italianos sobre economia política, ciência, direito e filosofia podiam ser encontrados nas estantes de homens cultos tanto em Portugal como no Brasil.” “A transformação da mentalidade, da atitude e do interesse da elite ocorreu aos poucos, não de repente.”

Referências:

A América Latina na época colonial : por Stuart B. Schwartz e James Lockhart. Tradução de Maria Beatriz de Medina....