Apontamentos Sociologia PDF

Title Apontamentos Sociologia
Author Célia Costa
Course Sociologia Geral
Institution Universidade Aberta
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Biblioteca daSala de Convívio da Universidade Abertasalaconvivio.com.sapoSociologiaApontamentos de: Dorisa Puga e Zélia Reis E-mail: dorisa_valadao@hotmail Data: 2004/Livro: Sociologia Anthony Guiddens Fundação Calouste Gulbenkian 2ª EdiçãoA enriquecido por muitos. Este documento é um Sala de Convív...


Description

Biblioteca da Sala de Convívio da Universidade Aberta http://salaconvivio.com.sapo.pt

Sociologia Apontamentos de: Dorisa Puga e Zélia Reis E-mail: [email protected] Data: 2004/05 Livro: Sociologia Anthony Guiddens Fundação Calouste Gulbenkian 2ª Edição

A Sala de Convívio da Universidade Aberta é um site de apoio aos estudantes da Universidade Aberta, criado por um aluno e enriquecido por muitos. Este documento é um texto de apoio gentilmente disponibilizado pelo seu autor, para que possa auxiliar ao estudo dos colegas. O autor não pode, de forma alguma, ser responsabilizado por eventuais erros ou lacunas existentes neste documento. Este documento não pretende substituir de forma alguma o estudo dos manuais adoptados para a disciplina em questão. A Universidade Aberta não tem quaisquer responsabilidades no conteúdo, criação e distribuição deste documento, não sendo possível imputar-lhe quaisquer responsabilidades. Copyright: O conteúdo deste documento é propriedade do seu autor, não podendo ser publicado e distribuído fora do site da Sala de Convívio da Universidade Aberta sem o seu consentimento prévio, expresso por escrito.

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O QUE É A SOCIOLOGIA (Cap. I) Sociologia - estudo sistemático das sociedades humanas, dando ênfase especial aos sistemas modernos, industrializados.

Sociólogo – è alguém capaz de se libertar do quadro das suas circunstâncias pessoais e pensar as coisas num contexto mais abrangente

Prática da Sociologia - implica a capacidade para pensar de forma imaginativa e nos distanciarmos de ideias preconcebidas acerca da vida social.

Imaginação sociológica – Implica abstrairmo-nos das rotinas familiares da vida quotidiana de maneira a poder olhá-las de forma diferente.

Sociologia como disciplina - tem grandes implicações práticas. Pode contribuir de várias formas para a crítica social e para a aplicação de reformas sociais. Para começar, uma melhor compreensão de um determinado conjunto de circunstâncias sociais oferece-nos muitas vezes a possibilidade de o controlar. Ao mesmo tempo, a Sociologia fornece os meios para melhorarmos a nossa sensibilidade cultural, criando condições para que as políticas se baseiem numa consciência de valores culturais diferentes. Em termos práticos, podemos investigar as consequências da adopção de determinadas linhas de orientação política. Por último, e talvez o mais importante, a Sociologia permite auto-conhecimento, oferecendo aos grupos e aos indivíduos mais oportunidades para alterar as condições em que decorrem as suas próprias vidas.

Surgimento da Sociologia – surgiu como uma tentativa para compreender as mudanças radicais que ocorreram nas sociedades humanas durante os últimos dois ou três séculos. As mudanças em causa não foram apenas mudanças em grande escala, mas também transformações nas características mais pessoais e íntimas da vida das pessoas.

Fundadores clássicos da Sociologia - Quatro figuras são particularmente importantes: Auguste Comte, Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. Comte e Marx, que trabalharam em meados do século XIX, estabeleceram algumas das questões essenciais da Sociologia, mais tarde desenvolvidas por Durkheirn e Weber. Estas questões dizem respeito à natureza da Sociologia e ao impacto das mudanças resultantes da modernização no mundo social.

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August Comte – Foi quem de facto inventou o termo sociologia. Originalmente usou a expressão «física social». Procurou criar uma ciência da sociedade que pudesse explicar as leis do mundo social, à imagem das ciências naturais. Acreditava que a sociedade se submete a leis invariáveis, de um modo muito semelhante ao que sucede no mundo físico. Via a sociologia como uma ciência positiva. •

Positivismo: defende que a ciência deve preocupar-se apenas com factos observáveis que ressaltam directamente da experiência. A abordagem positivista da sociologia acredita na produção de conhecimento acerca da sociedade com base em provas empíricas.

Émile Durkheim – Apoiava-se na obra de Comte. Via a sociologia como uma nova ciência que podia ser usada para elucidar questões filosóficas tradicionais, examinando-as de modo empírico. O seu princípio básico era estudar os factos sociais como coisas. Os três principais temas que abordou foram, a importância da sociologia enquanto ciência empírica; a emergência do individuo e a formação de uma ordem social; e as origens e carácter da autoridade moral na sociedade. Para Durkheim a principal preocupação intelectual da sociologia residia no estudo dos factos sociais. Estava particularmente interessado na solidariedade social e moral.

Karl Marx – Tentava explicar as mudanças na época da revolução industrial. Interessava-se pelo movimento industrial europeu e pelas ideias socialistas. Centrava-se em questões económicas e tinha como preocupação relacionar os problemas económicos com as instituições sociais. A perspectiva de Marx assentava no que denominava de concepção materialista da história. A mudança social é promovida por factores económicos.

Max Weber – Os seus interesses e preocupações abrangem muitas áreas. Dá particular atenção ao desenvolvimento do capitalismo moderno e à forma como a sociedade moderna era diferente de outros tipos anteriores de organização social. Rejeitou a concepção materialista da história e deu ao conflito de classes um significado menor. Os factores económicos eram importantes, mas as ideias e os valores tinham o mesmo impacto sobre a mudança social. Defendeu que a sociologia devia centrar-se na acção social e não nas estruturas. Não acreditava que as estruturas existiam externamente aos indivíduos, eram formadas por uma complexa rede de acções recíprocas. A tarefa por detrás destas acções. O desenvolvimento da ciência, da tecnologia moderna e da burocracia foi colectivamente descrito por weber como racionalização – a organização da vida económica e social segundo princípios de eficiência e tendo por base o conhecimento técnico.

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Abordagens teóricas em Sociologia - Se as discussões teóricas são difíceis de solucionar mesmo no caso das ciências naturais, em Sociologia estamos perante dificuldades acrescidas, dados os problemas complexos que envolvidos quando se trata de estudar o nosso próprio comportamento.

Funcionalismo, perspectiva do conflito e o interaccionismo simbólico constituem as principais abordagens teóricas na Sociologia. Existem algumas diferenças básicas entre elas, diferenças que muito influenciaram o desenvolvimento da disciplina durante o período que se seguiu ao pós-guerra.

Funcionalismo – defende que a sociedade é um sistema complexo cujas partes se conjugam para garantir estabilidade e solidariedade. A sociologia segundo o funcionalismo deve investigar o relacionamento das partes da sociedade entre si e para com a sociedade enquanto um todo. Os funcionalistas concebem a ordem e o equilíbrio como o estado normal da sociedade, este equilíbrio social assenta na existência de um consenso moral entre os membros da sociedade. Eram criticas ao funcionalismo facto deste realçar excessivamente o papel dos factores que conduziam à coesão social, em detrimento dos factores que produzem conflito e divisão, e o facto de conferir também uma ênfase menor ao papel da acção social criativa na sociedade.

Perspectivas de conflito – As teorias de conflito sublinham a importância das estruturas na sociedade. A sociologia segundo as teorias de conflito defende um modelo abrangente para explicar a forma como a sociedade funciona, rejeita a ênfase que os funcionalistas dão ao consenso, prefere sublinhar a importância das divisões na sociedade.

Interaccionismo Simbólico – Nasce de uma preocupação com a linguagem e o sentido. O elemento chave é o símbolo que é algo que representa algo, gestos verbais ou outras formas de comunicação são também exemplos de símbolos (palavra colher, acenar a alguém, gesto grosseiro). Praticamente todas as inteirações entre indivíduos implicam um fluxo de símbolos. O interaccionismo simbólico dirige a sua atenção para os conflitos da interacção interpessoal, e para a forma como esses detalhes são usados para conferir sentido ao que os outros dizem e fazem. Os sociólogos do interaccionismo simbólico centram a sua atenção face-a-face e nos contextos da vida quotidiana, realçando a importância dessas interacções na criação da sociedade e das suas instituições. As críticas ao interaccionismo eram o facto de ignorar questões mais amplas relacionadas com o poder e a estrutura na sociedade e forma como ambos servem para constranger a acção individual.

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CULTURA E SOCIEDADE (Cap. II) Cultura - é uma das noções mais importantes da Sociologia. Por cultura referimo-nos aos modos de vida dos membros de determinada sociedade, ou de grupos sociais dessa sociedade. Inclui a arte, a literatura e a pintura, mas vai muito para além disso. Outros itens culturais são, por exemplo, o modo de vestir, costumes, padrões de trabalho e cerimónias religiosas.

Valores - são ideias abstractas que definem o que em determinada cultura é considerado importante, significativo ou desejável.

Normas - são regras de comportamento que reflectem os valores de uma cultura. Normas e os valores em conjunto - definem como os membros de uma cultura se comportam em diferentes contextos. As normas e os valores estão profundamente enraizados, mas podem mudar ao longo do tempo.

Diversidade Cultural – As crenças e práticas culturais são extremamente diversas •

Sociedades Monoculturais: As sociedades de pequena dimensão tendem a ser culturalmente uniformes.



Sociedades Multicultrais: A maioria das sociedades industrializadas, são cada vez mais culturalmente diversificadas.



Sociedades Culturalmente Mistas: A migração conduziu à emergência de sociedades em que a sua população é constituída por um determinado número de grupos de diferentes origens culturais, étnicas e linguísticas.



Subculturas: não são apenas grupos étnicos ou linguísticos minoritários de uma sociedade, mas qualquer segmento da população que se distinga do resto da sociedade em virtude dos seus padrões culturais. Oferecem às pessoas a possibilidade de se expressarem e agirem de acordo com as suas opiniões, aspirações e valores.



Contraculturas: grupos que rejeitam a maior parte das normas e dos valores vigentes numa sociedade

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Etnocentrismo - é o acto de julgar outras culturas à imagem da nossa própria cultura. Relativismo cultural - Os sociólogos procuram aplicar o estudar uma cultura segundo os seus próprios valores e significados. Analisando os padrões de outra cultura, suspendendo os nossos valores culturais bem enraizados.

Processo de socialização - os seres humanos aprendem as características da cultura. È o principal canal de transmissão da cultura através do tempo e das gerações

Agências de socialização - são grupos ou contextos sociais onde ocorrem processos de socialização importantes. •

Socialização Primária: decorre durante a infância e constitui o período mais intenso de aprendizagem cultural. Nesta fase a família é o principal agente de socialização



Socialização Secundária: Decorre desde um momento mais tardio na infância até à idade adulta. Nesta fase outros agentes de socialização assumem alguma responsabilidade que pertencia à família

Socialização na infância - é o processo pelo qual a criança, através do contacto com outros seres humanos, se toma gradualmente um ser auto-consciente e com conhecimento, detentor dos atributos de determinada cultura.

Papeis Sociais – são expectativas socialmente definidas seguidas pelas pessoas de uma determinada posição social. Condicionam e orientam o comportamento dos indivíduos. Através da socialização, os indivíduos interiorizam os papeis sociais e aprendem a desempenhá-los.

Identidade - pode ser definida como as percepções que as pessoas têm acerca de quem são e do que é importante para si.

Identidade social - engloba as características que os outros atribuem a um indivíduo. Estes atributos derivam frequentemente dos grupos sociais a que se pensa que um indivíduo pertence — como género masculino, asiático ou católico, por exemplo — e estabelecem a forma como um indivíduo é semelhante aos outros.

Identidade pessoal - diferencia-nos enquanto indivíduos, dizendo respeito ao sentido de um «eu» único que resulta do desenvolvimento pessoal e da interacção constante de um indivíduo com o mundo exterior.

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Sociedade é um conjunto de inter-relacionamentos que ligam os indivíduos entre si. Vários tipos de sociedades pré-modernas •

Sociedades de caçadores-recolectores: Consistem em pequenos grupos de pessoas que vivem da caça, pesca e recolecção de plantas comestíveis. Poucas desigualdades. Diferenças de estatuto limitadas à idade e sexo.



Sociedades pastoris Dependem da criação de animais domésticos para a sua subsistência material. O tamanho da sua população pode ir de poucas centenas até muitos milhares de pessoas. Marcadas por vincadas desigualdades. Governadas por chefes ou reis guerreiros.



Sociedades agrárias: Baseadas em pequenas comunidades rurais, sem vilas ou cidades. A subsistência é garantida pela agricultura, muitas vezes com contribuições da caça e recolecçao. Maiores desigualdades do que entre os caçadores recolectores. Governadas por chefes.



Sociedades urbanas: Baseadas sobretudo na agricultura. Existência de algumas cidades, onde se concentra o comércio e a manufactura. De tamanho muito grande, algumas com milhões de pessoas (embora pequenas, quando comparadas com sociedades industrializadas muito maiores). Aparelho próprio de governação chefiado por um rei ou imperador. Existem importantes desigualdades entre as diferentes classes sociais.

Sociedades industrializadas - a produção industrial é como a base principal da economia. A maior parte da população vive em áreas urbanas, e as organizações em larga escala influenciam a vida de praticamente todos os cidadãos. As sociedades industriais foram os primeiros estados-nação, comunidades políticas que se encontram separadas umas das outras através de fronteiras bem delimitadas.

Desenvolvimento das sociedades industrializadas - e a expansão do Ocidente levou à conquista de muitas partes do mundo, e o processo de colonização mudou radicalmente culturas e sistemas sociais seculares.

Primeiro Mundo - ou mundo desenvolvido. Os países industrializados do Ocidente, mais o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia.

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Sociedades do Primeiro Mundo - Baseadas na produção industrial e, de uma forma geral, na iniciativa privada. A maioria da população vive nas cidades e pouca gente trabalha na agricultura. Grandes desigualdades entre classes, embora menos acentuadas do que nos estados tradicionais. Diferentes comunidades políticas ou estados-nação, incluindo as nações do Ocidente, o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia.

Segundo Mundo - entendem-se as sociedades industrializadas sob governação comunista da Europa de Leste e da antiga União Soviética.

Sociedades do Segundo Mundo - Baseadas na indústria, mas com um sistema económico centralizado e estatal. Apenas uma pequena parte da população trabalha na agricultura; a maioria vive nas cidades. Persistência de importantes desigualdades entre classes sociais. Diferentes comunidades políticas ou estados-nação. Até 1989, compostas pela Rússia e Europa de Leste, mas as mudanças sociais e políticas transformaram-nas em sistema de mercado livre, tornando-se assim sociedades do Primeiro Mundo.

Com o fim da Guerra Fria - um período de confrontação armada permanente entre os países do Primeiro e os do Segundo Mundo, estes últimos deixaram de existir.

Terceiro Mundo - ou mundo em vias de industrialização. Os países objecto de colonização, e que se encontram num nível mais baixo de desenvolvimento industrial. A maioria da população mundial vive neste conjunto de países.

Sociedades do Terceiro Mundo - A maioria da população trabalha na agricultura, utilizando métodos tradicionais de produção. Parte do produto agrícola é vendido em mercados mundiais. Alguns têm sistemas de mercado livre, outros de planificação centralizada. Comunidades políticas distintas ou estados-nação em que se incluem a China, a Índia e a maioria da África e da América do Sul.

Países recém-industrializados - são os países em vias de industrialização que iniciaram um processo de industrialização e que passaram por um rápido crescimento económico. Antigas sociedades do Terceiro Mundo, na actualidade assentes na produção industrial e geralmente na livre iniciativa. A maioria da população vive em cidades, alguns ainda trabalha na agricultura. Fortes desigualdades de classe, mais pronunciadas do que nas sociedades do Primeiro Mundo. O rendimento médio per capita é consideravelmente menor do que nas sociedades do Primeiro Mundo. Incluem-se aqui Hong-Kong, a Coreia do Sul, Singapura,Taiwan, o Brasil e o México.

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Período moderno - do século XVIII ao presente, assistiu-se a uma extraordinária aceleração no ritmo dos processos de mudança. Provavelmente, ocorreram mais mudanças profundas durante este período — um espaço de tempo mínimo em termos de história humana — do que no restante tempo anterior de existência da espécie humana.

Mudança social - Nenhuma teoria assente num «único factor» consegue explicar a mudança social na sua totalidade. Pode distinguir-se um certo número de grandes influências sobre a mudança, uma das quais é a adaptação ao meio material. O ambiente físico, a organização política e os factores culturais são outras dessas influências.

Influências na mudança social – •

Meio Ambiente: as pessoas têm de organizar o seu modo de vida de acordo com as condições meteorológicas. A influência directa do meio ambiente sobre as mudanças sociais não é muito significativa. As pessoas muitas vezes arranjam maneira de desenvolver uma considerável riqueza produtiva em áreas relativamente inóspitas.



Organização Politica: O poder militar desempenhou um papel fundamental no estabelecimento da maioria dos estados tradicionais, tendo influenciado de igual forma a sua sobrevivência ou expansão subsequentes. Mas, mais uma vez, a relação entre o nível de produção e o poderio militar não é linear.



Factores Culturais: A religião tanto pode ser uma força conservadora como uma força de inovação na vida social. Uma influência cultural particularmente importante que afecta o carácter e o ritmo da mudança é a natureza dos sistemas de comunicação. A liderança faz parte do conjunto geral de factores culturais, um líder capaz de prosseguir políticas dinâmicas, de gerar a adesão das massas, e alterar de forma radical modos de pensamento anteriores, pode inverter uma determinada ordem preestabelecida.

Influências na mudança social moderna – Influências económicas: O impacto da ciência e da tecnologia no modo como vivemos pode, em grande medida, ser determinado por factores económicos, mas não se limita à esfera económica. A ciência e a tecnologia tanto influenciam como são influenciadas por factores políticos e culturais.

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Influências Politicas: sistemas políticos modernos, onde as acções dos líderes políticos e dos dirigentes governamentais nunca deixam de afectar a vida da esmagadora maioria da população. Influências culturais: o desenvolvimento da ciência e a secularização do pensamento contribuíram para o carácter crítico e inovador da perspectiva moderna. o nosso modo de vida requer cada vez mais uma base «racional». Para além do modo como pensamos, também o conteúdo ideias mudou.

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UM MUNDO EM MUDANÇA (Cap....


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