Aula 14 PDF

Title Aula 14
Author Lucas Domingos Ribeiro
Course Habilidades Profiss VI
Institution Universidade de Itaúna
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Summary

MATERIAL UTILIZADO PARA OS ESTUDOS DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA MÉDICA II - HABILIDADES PROFISSIONAIS VI DA UNIVERSIDADE DE ITAÚNA....


Description

Semiologia Médica II 21/11/2019 Aula 14 Exame do abdome Sequência: inspeção → ausculta → palpação → discussão. Inspeção: examinar o paciente sempre pela direita. Formas mais frequentes: normal (ou atípico): plano / globoso / escavado / abdome (em ventre) de batráquio (paciente em decúbito dorsal ocorre predomínio do diâmetro transversal sobre o AP → diâmetro látero-lateral é maior que o AP → quadro de regressão de ascite) / abdome em avental → pacientes com obesidade mórbida / abdome pendular ou ptótico: tipo avental, mas não em obesos (musculatura hipotrófica do abdome). Circulação colateral: normal / tipo cava inferior / tipo porta. Alterações na pele: telangiectasias ou aranhas vasculares → formadas por uma arteríola central que emite ramos, cujo fluxo desaparece à compressão. Equimose nos flancos → sinal de Grey-Turner // sinal de Cullen / sinal de Halsted. Estrias: obesidade, róseas purpúreas ou violáceas sugerem síndrome de Cushing. Cicatrizes Incisões abdominais: cicatriz de Kocher / Pfannenstiel / McBurney. Herniações: hérnias da parede abdominal são protrusões transitórias ou permanentes de uma víscera, geralmente recoberta por peritônio parietal através de orifícios existentes em pontos fracos da camada musculoaponeurótica que reveste o abdome. As hérnias parietais têm grande importância clínica. Por isso, a tentativa de identificá-las é importante. Classificação: segundo o local em que se encontram → epigástrica, umbilical, incisional, inguinal, femoral // segundo a etiologia // conforme a redutibilidade // conforme a evolução (simples ou complicada). Encarceradas: não são redutíveis por estarem as alças ou o epíplon fortemente presos às paredes do saco. Não há perturbações circulatórias nas alças nem interrupção do trânsito intestinal. O colo geralmente é largo e não comprime as alças. Não exigem tratamento cirúrgico de emergência. Estranguladas: não se reduzem / alças se distendem e não se esvaziam / compressão e edema do colo do saco herniário / perturbações circulatórias nas alças / gangrena com perfuração e formação de abscesso / tratamento cirúrgico de urgência. Dói bem mais que as hérnias encarceradas. Movimentos do abdome: no sexo masculino, predomina a respiração tóracoabdominal que se caracteriza pela presença de movimentos respiratórios nos quadrantes abdominais superiores. Movimentos peristálticos visíveis podem surgir nas situações de luta contra uma obstrução em algum ponto do TGI – sinal de Wahl. Inspeção dinâmica: manobra de Valsalva // manobra de Smith-Bates → pede-se o paciente para contrair a musculatura abdominal. Se a massa visível desaparecer, indica que está abaixo da parede abdominal; se permanecer visível e palpável, indica que é massa de parede abdominal (lipoma) ou que há enfraquecimento ou falha na musculatura abdominal. Ausculta: ruídos intestinais e sopros arteriais. Peristaltismo → normal: 5-35 borborigmo intestinal por minuto ou 1 borborigmo a cada 5 incursões respiratórias // aumentado ou hiperperistáltico: acima de 35 borborigmos por minutos // diminuído ou hipoperistáltico:

menos de 05 por minuto // ausente ou aperistáltico: não se ausculta ruídos após 05 minutos de ausculta. Sopros vasculares: aorta → do apêndice xifoide até a cicatriz umbilical. Renais → região mediana entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, borda lateral dos mm. retos abdominais (estenose renal → pacientes jovens e com HAS secundária). Ilíacas: média distância da cicatriz umbilical até a EIAS, bilateralmente. Sinal de Cruveilhier-Baumgarten: presença de circulação colateral em cabeça de medusa. O fluxo sanguíneo é grande na veia umbilical recanalizada. Percebe-se um sopro na região. Palpação: deve-se examinar as regiões não-dolorosas primeiro, deixando a região teoricamente acometida por último. Superficial: apenas uma mão. Tem como objetivo avaliar a dor, a tensão da parede , se há alguma alteração no tecido celular subcutâneo, herniações, massas e visceromegalias de grande monta. Antes de começar, deve-se aquecer as mãos. Profunda: palpação bimanual. Utiliza-se uma das mãos para sentir enquanto a outra empurra. Pesquisa-se a presença de dor, massas, registrando a localização, tamanho, formato, consistência, sensações e mobilidade com a respiração. Palpação do fígado: põe-se a mão esquerda na região dorsal do paciente e se faz tração anterior, enquanto a mão direita é aprofundada na região anterior desde a fossa ilíaca até o rebordo costal durante a inspiração → método de Lemos Torres. Método em garra → palpa-se o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar debaixo do rebordo costal → método de Mathieu. Palpação do baço: com a mão esquerda, traciona-se o rebordo costal e as partes moles anteriormente, enquanto a mão direita aprofunda desde a cicatriz umbilical até o rebordo costal esquerdo. Paciente colocado em decúbito lateral direito. O membro inferior direito permanece em posição neutra, enquanto o esquerdo é fletido. Apoia-se a mão esquerda por sobre o rebordo costal e a direita é usada para palpar desde a cicatriz umbilical até o rebordo costal. Palpação da vesícula: vesícula biliar em condições normais não é palpável. Presença de icterícia e de uma vesícula biliar distendida sem a presença de dor é um forte indicativo de câncer pancreático (principalmente periampular). Sinal de Murphy: indicativo de colecistite, quando o paciente suspende a inspiração por dor à compressão do rebordo costal direito (local onde se encontra a vesícula biliar). Colecistolitíase acompanhada de colecistite. Sinal de Blumberg: pesquisado para detectar a irritação peritoneal. Se, com a descompressão súbita, o paciente se queixar de dor forte, o sinal é tido como positivo. Sinal do obturador: deve ser investigado, fazendo-se a rotação interna da coxa com a perna fletida. Este movimento produz dor em região hipogástrica quando a fáscia muscular estiver cem contato com parede inflamada. Sinal do iliopsoas: deve-se fazer a extensão forçada da coxa, o que leva à contração do músculo psoas. Pode ocorrer psoíte. Sinal de Rovsing: sua ausência não exclui o diagnóstico de apendicite. Percussão: avalia presença de gases no abdome, além de identificar massas sólidas, presença de líquido livre na cavidade, tamanho do fígado (hepatimetria), se há aumento esplênico e áreas dolorosas. Deve ser sempre iniciada fora da área de maior sensibilidade. Sinal de Jobert: timpanismo em área de macicez hepática → pneumoperitônio. Sinal de Chilaiditi → com presença de dor toracoabdominal, teremos a síndrome de Chilaiditi. Percussão do espaço de Traube: delimitado pelo rebordo costal, sexto EI e a LAA. Macicez do espaço de Traube pode ser indicativo de esplenomegalia.

Sinal da macicez móvel: presença de macicez nos flancos e timpanismo periumbilical à percussão. Serve para ascites menores. Pede-se ao paciente para ficar em decúbito lateral, fazendo o líquido escorrer, o que mudará o caráter da percussão. Sinal do piparote: ascites mais volumosas, com líquido acima das alças intestinais. Tem sensibilidade menor que a macicez móvel. Sinal de Giordano: pode ser pesquisada com a percussão do ângulo costovertebral. É prudente digitopressão antes da percussão, pois se houver dor, ela será sentida sem a necessidade de submeter o paciente a um exame doloroso. Abdome agudo → diagnosticar para perceber se o tratamento será clínico ou cirúrgico. “Tão importante como o ato de examinar ou saber utilizar o arsenal propedêutico é a prática da correlação clínico-patológica que, associada ao hábito do estudo frequente, confere ao médico segurança e capacidade, duas qualidades indispensáveis ao exercício profissional”. Síndrome de WEIL: icterícia, insuficiência renal e hemorragia (pp pulmonar). É uma vertente da leptospirose. Enfisema subcutâneo: pneumotórax // pneumomediastino. Insuficiência mitral: é funcional ou orgânica? TB pleural: quadro mais arrastado. Normalmente com BAAR – no escarro e líquido pleural. Citometria total e diferencial do líquido pleural. Se houver predomínio de linfócitos, devemos pensar em TB pleural e derrame metastático. Se for um líquido com maiores quantidades de polimorfonucleares, devemos pensar em derrame parapneumônico. Ver o estado do líquido: quantidade de células (hipercelularidade), DHL (>1000) e glicose (...


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