Aula de Alusões Históricas. PDF

Title Aula de Alusões Históricas.
Author Roberto Alves
Course Histologia básica
Institution Universidade Bandeirante de São Paulo
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Anotações de citações e Alusões Históricas destinadas a produção de Redações. ...


Description

História. Aula de Alusões Históricas. Anotações de citações e Alusões Históricas destinadas a produção de Redações. 03-08;20 “O século XVII é decisivo na história da Inglaterra. É a época em que a Idade Média chega ao fim.” O autor dessa citação é o historiador Christopher Hill, em seu livro O Eleito de Deus. Veja bem, se você fez uma citação em seu texto, seja ela qual for, esta citação precisa ser comentada. Então vamos aos comentários. Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do canal Historiação Humanas. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho para não perder nenhum de nossos projetos criativos. Christopher Hill afirma que a Idade Média chegou ao fim na Inglaterra no século XVII. Mas porque Christopher Hill faz esta afirmação se nós sabemos que fim da Idade Média ocorre em 1453 (século XV), momento em que os Turcos Otomanos conquistam a cidade de Constantinopla??? Nós sabemos também que o início da Idade Média é o ano de 476 d.C. (século V), momento em que ocorre a queda do Império Romano do Ocidente depois de sucessivas invasões bárbaras. Neste momento você vai aprender a pensar historicamente. E uma das coisas mais complicados na disciplina de História é analisar o tempo. A justificativa da afirmação de Christopher Hill reside no fato de que estruturas sociais e políticas típicas da Idade Média, tais como a exploração do servos e o absolutismo, somente foram encerradas na Inglaterra com a Revolução Inglesa em 1688, quando Guilherme de Orange fez o juramento da Declaração dos Direitos (Bill of Rigths), consolidando a limitação do poder do rei e estabelecendo a Monarquia Parlamentar na Inglaterra. Este evento ficou conhecido como Revolução Gloriosa. Dito de outra forma, temos na História tradicional marcos cronológicos que nos ajudam a identificar diversas organizações sociais, políticas, econômicas e culturais. Porém, estas datas não são fixas, não são estáticas, pois cada sociedade tem as suas próprias dinâmicas, avançando, recuando ou ficando estagnada de acordo com as escolhas de seu próprio povo. Na França, por exemplo, a Idade Média, o Feudalismo, só chega ao fim na noite de 4 de agosto de 1789 (século XVIII), momento em que ocorre a abolição dos direitos senhoriais. Então veja bem, a data histórica tradicional que delimita o fim da Idade Média é o século XV. Mas na Inglaterra a Idade Média chega

ao fim no século XVII e na França o Feudalismo só chega ao fim nos momentos finais do século XVIII. Resumindo, cada sociedade, cada cultura, tem o seu próprio ritmo e a relação com o tempo nunca é igual para todo mundo, ainda mais quando se tratam de organizações sociais complexas. Citações Históricas HistoriAção Humanas. “Este livro traça a transformação do mundo entre 1789 e 1848 na medida em que essa transformação se deveu ao que aqui chamamos de ‘dupla revolução’: a Revolução Francesa de 1789 e a Revolução Industrial (inglesa) contemporânea.” Erick Hobsbawn Citação sem comentário é citação perdida e nota mais baixa na sua produção de texto. Então vamos aos comentários. Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do canal Historiação Humanas. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho para não perder nenhum de nossos projetos criativos. Erick Hobsbawn foi um historiador inglês de formação marxista de que fez análises extremamente lúcidas sobre o mundo contemporâneo. Sua obra merece muito respeito. Nesta citação específica encontrada no primeiro parágrafo do prefácio do livro a Era das Revoluções ele afirma que o mundo contemporâneo não pode ser compreendido sem e Revolução Francesa e a Revolução Industrial comandada pela Inglaterra. Veja bem. A Revolução Francesa foi uma revolução política que deixou marcas profundas nas organizações sociais da atualidade. Direitos Humanos, limitação do poder dos reis, divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, Democracia, Estado Laico, Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Todas essas características são heranças políticas deixadas pela Revolução Francesa às custas do sangue de centenas de pessoas. Portanto, é impossível entender o mundo que você vive hoje sem a Revolução Francesa. Já a Revolução Industrial, cuja nação pioneira foi a Inglaterra foi uma revolução tecnológica e econômica. O desenvolvimento incessante dos meios de transporte e dos meios de comunicação encurtaram as distâncias. A tecnologia aplicada à agricultura aumentou a produção de alimentos e reduziu a fome. Ciência e tecnologia desenvolveram vacinas que reduziram a mortalidade humana. Enfim, a Revolução Industrial começou em meados do século XVIII e não acabou até hoje. Portanto, é impossível compreender o mundo contemporâneo sem a devida análise da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra. Eu já li a Era das Revoluções 2 vezes e apresento a você a seguinte sugestão. Leia o prefácio, a introdução e os capítulos 1, 2 e 3. São mais ou menos 130 páginas

que levarão você para o núcleo do livro. As informações mais valiosas do livro estão neste trecho. Agora se você tem muito tempo disponível leia o livro inteiro e compartilhe com a gente as suas impressões sobre a obra. Citações Históricas HistoriAção. “A primeira lei de Kranzberg diz: A tecnologia não é nem boa, nem ruim e também não é neutra”. Esta citação encontra-se no livro de Manuel Castells, intitulado A Sociedade em Rede, na página 113. Livro publicado pela Editora Paz e Terra e o exemplar que eu tenho aqui encontrava-se na 6ª edição. Citação sem comentário é citação perdida. Então vamos aos comentários. Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do canal Historiação Humanas. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho para não perder nenhum de nossos projetos criativos. Esta é uma das minhas citações preferidas quando estou ministrando minhas aulas de Revolução Industrial. Não se esqueça que a Revolução Industrial acontece até os dias atuais e provavelmente nunca vai acabar enquanto existir humanidade. Antes de qualquer coisa vamos identificar algumas pessoas. Manuel Castells é um importante sociólogo espanhol, especialista em sociedades tecnológicas e informacionais dos séculos XX e XXI. Melvin Kranzberg foi um dos principais historiadores da tecnologia no século XX e sua atuação ocorreu principalmente nos Estados Unidos. Então vamos comentar a primeira lei de Kranzberg. A tecnologia não é nem boa, nem ruim e também não é neutra”. Em primeiro lugar a tecnologia é uma criação humana e como tal está sujeita aos mais diversos usos e apropriações. Uma coisa é criar e desenvolver uma tecnologia. Outra coisa é saber como esta tecnologia vai ser utilizada pela sociedade que tem acesso à ela. Veja este exemplo aqui. O Drone quando foi criado tinha objetivos essencialmente militares. Ele servia e serve para espionar e matar. Uso militar do drone. Mas, neste exato momento o drone também é utilizado para transportar bolsas de sangue em algumas regiões da África para salvar mulheres que tiveram complicações durante o processo de parto, hemorragias. Aqui o drone é utilizado para salvar vidas. Só que o drone também está sendo utilizado em algumas regiões do mundo para despejar sementes e reflorestar áreas que foram desmatadas. Aqui o drone é utilizado para recuperar e preservar o meio ambiente. Percebeu? A tecnologia não é nem boa, nem ruim e nunca é neutra. Tudo depende de como esta tecnologia será utilizada pela sociedade que tem o privilégio de acesso. A tecnologia pode servir para praticar crimes, como por exemplo, o compartilhamento de conteúdo pornográfico

entre pedófilos. Uso ruim da tecnologia. Uso criminoso da tecnologia. Uso imoral, antiético e desumano da tecnologia. Mas esta mesma tecnologia, eu estou falando da internet, pode servir para levar vídeo aulas de extrema qualidade para os pontos mais distantes do Brasil e do planeta, reduzindo as desigualdades regionais e mudando a trajetória de vida de milhões de pessoas. Uso bom da tecnologia. Tecnologia utilizada para transformar a vida de milhões de pessoas. Resumindo. O uso da tecnologia nunca é neutro, sempre há um objetivo a ser atingido. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho para não perder nenhum de nossos projetos criativos. Citações Históricas HistoriAção. Os Homens Que Salvavam Livros. “A maioria de nós entende o Holocausto como o maior genocídio da história. Vimos muitas imagens de campos de concentração e de montes de cadáveres. Mas poucos encaram o Holocausto como um ato de pilhagem e destruição cultural. Os nazistas buscaram não só assassinar os judeus, mas também eliminar a sua cultura.” David Fishman, autor da obra Os Homens Que Salvavam Livros, publicado pela editora Vestígio. Citação sem comentário é citação perdida. Jamais se esqueça disso quando estiver escrevendo os seus textos. Então vamos aos comentários! Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do canal Historiação Humanas. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho para não perder nenhum de nossos projetos criativos. Informações preliminares sobre o autor. David Fishman leciona História no Seminário Teológico Judaico em Nova York e já pesquisa sobre este tema há mais de 25 anos. Sem perder o foco vamos logo comentar a citação. O autor traz a público uma visão inovadora sobre o Holocausto. Eu, por exemplo, sempre estudei o Holocausto a partir do ponto de vista do extermínio, do genocídio praticado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A grande novidade aqui é enxergar o Holocausto como uma ação intelectualmente planejada até as últimas consequências para roubar e destruir a cultura dos judeus, para que eles nunca fossem lembrados e para que os poucos sobreviventes ficassem incapacitados de resgatar e reconstruir a sua cultura. Ou seja, para os nazistas não bastava matar os judeus. Era necessário destruir toda a sua base de sustentação cultural. E eles fizeram isso roubando e destruindo principalmente os livros, além de muitos outros objetos

que representavam a cultura judaica. Os nazistas tentaram matar a memória dos judeus. Dessa forma, o Holocausto se transformou em uma guerra: a Guerra da Memória. Veja a que nível de sofisticação as coisas chegaram. Os Nazistas criaram um órgão especialmente para pilhar, saquear tesouros culturais dos judeus. O livro narra, entre outras coisas, a ação de poetas e intelectuais que se transformaram em combatentes de guerra e depois em contrabandistas com o único objetivo de preservar os livros e o patrimônio cultural do povo judeu. Estes homens resgataram livros e manuscritos raros da cultura judaica em duas ocasiões. Primeiro resgataram as obras das mãos dos nazistas e depois tiveram que resgatá-los das mãos dos soviéticos. Este era um outro tipo de guerra. Uma guerra para evitar que a História de um povo fosse destruída. Uma guerra cultural violentíssima. Citações históricas Historiação. "O passado é uma referência de realidade, sem a qual o presente é pura irreflexão.” José Carlos Reis, As Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC, publicado pela Editora Getúlio Vargas. Já sabe né?! Se você citou alguma coisa é obrigatório comentar logo na sequência, pois citação sem comentário é citação perdida. Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do canal Historiação Humanas. Se você está em busca de aulas com Narrativas Visuais Para Nunca Mais Esquecer então inscreva-se em nosso canal e ative o sininho, pois deste modo você não vai perder nenhum de nossos projetos criativos. Já vou avisando o seguinte. Isto aqui não é exatamente uma aula de História. Na verdade é uma aula de Filosofia analisando a disciplina de História e isto significa que seremos convidados a fazer algum esforço de reflexão. Em primeiro lugar, vamos conhecer o autor da frase. José Carlos Reis é professor de Teoria e Metodologia da História na UFMG, universidade pela qual eu me formei e ele inclusive foi o meu professor. Um dos meus favoritos naquela universidade! Um daqueles professores que eu ia assistir aula até debaixo de chuva, porque o cara realmente domina o seu ofício como poucos aqui no Brasil. Vamos aos comentários. Esta citação me faz pensar muito até os dias de hoje e ela sempre me coloca em uma situação de desconforto intelectual sempre que estou analisando os eventos históricos da atualidade. Esta é sem sombra de dúvidas uma citação muito desafiadora. Vamos seguir em frente. O que o autor nos sugere aqui é uma reflexão sobre a História. O que é História? Qual é a relação entre passado, presente e futuro?

Em primeiro lugar, o presente é a realidade que nos constitui, é o chão em que nós pisamos. O presente é a realidade construída a partir das escolhas feitas no passado. Porém, o passado não é fixo e o futuro é totalmente incerto. Eu vou repetir. O passado não é fixo e o futuro é totalmente imprevisível, pois do ponto de vista histórico passado e futuro estão sujeitos a ação humana. O passado é uma criação humana na medida em que o modo como o conhecemos agora é fruto das escolhas de certos grupos que estabeleceram o que deveria ser lembrado e o que deveria ser relegado a um segundo plano. Algumas partes do passado foram destacadas com holofotes, enquanto outras ficaram parcialmente esquecidas. Mas aquilo que foi ignorado no passado pode ser revisto, revisado e se tornar relevante para as sociedade do presente. Dessa forma, do ponto de vista histórico, o passado pode ser alterado. E esse processo só pode ser possível a partir de novas fontes históricas, documentos inéditos que nos obrigam a repensar totalmente o passado que antes conhecíamos. Vamos a um exemplo para tornar mais fácil a nossa compreensão. Todo mundo pensava que a Segunda Guerra Mundial acabou mais rápido por causa do Projeto Manhattan, o projeto que desenvolveu a bomba atômica, resultando nas bombas atômicas jogadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Porém, um segredo ficou guardado por mais de 30 anos. Alan Turing e sua equipe de criptógrafos conseguiu decifrar o código de uma máquina nazista chamada enigma, máquina esta responsável pela comunicação secreta que organizada os ataques nazistas sem que eles nunca fossem descobertos. Quando Alan Turing e sua equipe quebraram o código da máquina eles puderam saber com antecedência onde e quando os nazistas iriam agir e assim interceptar seus ataques. Essa guerra da informação, sabemos hoje, foi mais importante do que o desenvolvimento da Bomba Atômica durante a Segunda Guerra Mundial. O problema é que esta informação ficou escondida por 30 anos e foi dessa forma que o passado foi escrito e interpretado. Aliás, muitas pessoas não sabem dessa nova informação até hoje. Percebeu? O passado mudou, ele foi reescrito, ele foi reinterpretado e, desse modo, as nossas opiniões sobre o ele também sofreram bruscas alterações. O passado, historicamente falando, sofreu uma mudança, pois ele foi reescrito a partir de novas fontes, novas informações. Vamos retornar à citação de José Carlos Reis. O passado é uma referência de realidade.

O passado não é a realidade. O passado nos serve de referência para a compreensão do nosso presente. E na medida em que o passado sofre mudanças o futuro é igualmente reformulado a partir dos escolhas do novo presente. O presente muda e neste movimento de mudança o passado e futuro são constantemente rearticulados, obrigando os historiadores a reescrever a história, reinterpretar a história. Então veja bem. Do ponto de vista histórico o passado não é imutável e a realidade da sociedade humana não é uma marcha em linha reta em direção ao futuro. Este ponto aqui é muito importante, por isso eu vou repetir novamente. A realidade das sociedades humanas não é uma marcha em linha reta em direção ao futuro. A realidade humana pode evoluir rapidamente, pode avançar lentamente, pode ficar estagnada por muito tempo e pode, inclusive, retroceder tendo como referência os padrões do passado não muito distante. Basta você observar o que está acontecendo no mundo atualmente. Muitos dizem até que algumas partes do mundo parecem ter voltado para a Idade Média, pois tem muita gente que defende que a Terra é plana, que vacinas fazem mal para a saúde e que o meio ambiente não precisa ser preservado. Ou seja, um pensamento típico da Idade Média em pleno século XXI. A História é reescrita porque o conhecimento histórico muda, acompanhando as mudanças da história. A partir do presente, a visão do passado se altera e age sobre a visão a sobre a produção do futuro. “A atenção é um recurso finito e conforme a quantidade de informação aumenta, conseguimos prestar menos atenção em tudo. Assim, quanto maior a riqueza da informação, maior a pobreza da atenção”. Martha Gabriel, Educar: a (r)evoluç@o digital na educação, Editora Saraiva. Como é de costume sabemos que citação sem comentário é citação perdida e uma nota mais baixa na sua produção de texto. Então vamos aos comentários. Oi pessoal! Eu sou o Jener Cristiano do Canal HistoriAção Humanas. Se você está em busca de aulas de História com narrativas visuais para nunca mais esquecer então inscrevase em nosso canal e ative o sininho, fazendo assim você não vai perder nenhum de nossos projetos criativos. Vamos a uma rápida e breve apresentação da autora desta citação. Martha Gabriel é engenheira, pós-graduada em marketing digital e é considerada uma das maiores especialistas

em tecnologia no mundo atualmente. Neste citação específica ela nos leva a uma reflexão sobre o impacto das tecnologias digitais em nossas vidas. Está citação nos leva diretamente à história do tempo presente, a história que está acontecendo agora. O tempo da Sociedade da Informação hiperconectada. Veja bem. Estamos vivenciando um contexto de abundância de informação. Blogs, vídeos, redes sociais, comunicadores instantâneos, séries no Netflix e similares, serviços de streaming com mais de 30 milhões de músicas, revistas e jornais eletrônicos e muito mais. É um contexto de superinformação que consome toda a nossa atenção. Muitas vezes nós somos surpreendidos com três telas ligadas: televisão, smartphone e tablet, tudo ao mesmo tempo. Então ficamos alternando entre Wathsapp, a novela ou jogo de futebol na tv, vídeos no Youtube, música no spotify, posts no Instagram. Este tipo de comportamento é descrito por Sílvio Meira como Atenção Parcial Contìnua, pois estamos continuamente dividindo a nossa atenção com diversos focos de interesse. Entretanto, não nos conectamos profundamente com nenhum deles. Enfim, diante da riqueza de informação a nossa atenção é disputada por diversos competidores. Diante da riqueza de informações temos uma pobreza de atenção. As pessoas querem respostas rápidas na velocidade da internet e não são capazes de se conectar com quase nada que exija uma reflexão mais profunda. Segundo Martha Gabriel, o principal filtro natural da atenção é o interesse. Nós só conseguimos prestar atenção de forma profunda naquilo em que estamos interessados. No entanto, sabemos que os algoritmos das redes sociais utilizam uma inteligência artificial cada vez mais avançada para capturar a nossa atenção, criando uma espécie de corrente que nos deixa presos na rede, metaforicamente falando. Os algoritmos aprenderam a mapear as nossas preferências e sempre nos sugerem assuntos que gostamos ou estamos predispostos a gostar no futuro. Na verdade, eles nos sugerem coisas que nem sabemos que gostamos ainda, mas que vamos gostar no futuro. Isso é um absurdo! Só para citar um exemplo vamos ao Facebook. Você já percebeu que aquela barra de rolagem para ver novas postagens é infinita. Você vai rolando a página para baixo indefinidamente até encontrar algo que lhe interessa e vai clicando, interage com a publicação e depois

volta a fazer tudo aquilo novamente. Aquela barra de rolagem é infinita porque foi projetada para capturar a nossa atenção. Se você não se policiar, se você não ficar atento, vai passar 30 minutos, uma hora, 2 horas ou até o dia inteiro nas redes sociais e nem vai perceber. E o pior de tudo, pelo fato de não ter definido um foco, pelo fato de não ter definido um objetivo você perceberá que terminou o ...


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