Dentística - aula de dentistica PDF

Title Dentística - aula de dentistica
Author Gabriela Pizzi
Course Princípios De Anatomia Dental E Escultura
Institution Universidade Metodista de São Paulo
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Summary

aula de dentistica...


Description

O preparo de Black envolvia bem mais estrutura dentária sadia, do que usamos para hoje em dia para a resina composta. Cavidades de cicatrículas e fissuras: quando eu falo em cicatrículas e fissuras, eu estou falando de oclusais e defeitos estruturais, como forame cego e fossetas. Extensão de Conveniência. Idade de paciente: dependendo da idade do paciente, eu vou aprofundar ou não. Uma cavidade em um paciente jovem pode ser profunda, mas pode ser rasa em um paciente adulto. No paciente jovem, o volume da câmara pulpar é maior, um pouco que eu aprofundo no preparo, já estará muito próximo da polpa, a cavidade é mais sensível. Já em um paciente adulto, ou idoso, o volume da câmara pulpar diminui, atresia da cavidade. Propagação da cárie: na superfície oclusal, eu tenho uma anatomia onde há encontro do esmalte na formação desse dente, vêm de dois lados e terminam dentro de um sulco. Por isso, um sulco profundo está cariado dentro e o dentista não percebe, chama-se cárie oculta. O sulco invaginou o esmalte, ficou um vão microscópico entre um esmalte e outro que cariou a dentina embaixo. A propagação da cárie nas faces oclusais: dois triângulos, sulco escurecido e vai se alastrando para dentro da dentina, fica com uma base no limite amelodentinário grande. Quando chega ao limite amelo-dentinário, invade a dentina, ela é larga e vai afunilando devido à reação da polpa na produção de dentina para cobrir os túbulos dentinários. São chamados de cones de Williams. Na superfície oclusal eu tenho triângulos unidos pela base, no ápice da oclusal e no limite amelo-dentinário. Do limite amelo-dentinário para dentro da dentina, eu tenho a base que vai afunilando e estreitando. A extensão da cárie: se eu tenho uma cavitação, tem a dentina cariada superficial que está amolecida, muitas vezes é uma dentina que eu tenho que remover completamente por estar infectada por bactérias. A dentina cariada mais profunda, muitas vezes é uma dentina que só está amolecida, não tem a presença de bactéria, está assim devido a desmineralização da dentina pelos ácidos provenientes da bactéria. É uma dentina que, muitas vezes, eu consigo recuperar com hidróxido de cálcio, aumenta o pH da região e consegue remineralizá-la. Dentina esclerosada: dentina que está mais calcificada, os túbulos dentinários foram fechados gradativamente por um depósito de cálcio no interior deles, devido a uma reação do interior da polpa. Reação dos odontoblastos produzindo dentina aceleradamente e obliterando, gradativamente, os túbulos dentinários, diminuindo a luz. As estruturas de reforço: cristas marginais, pontes de esmalte, arestas, vertentes, tudo o que puder preservar que é estrutura de reforço, a gente vai preservar. A ponte de esmalte une a vestibular com a lingual, à medida que eu corto a crista marginal, ponte de esmalte, é como se estivesse separando a vestibular da lingual, na hora que o paciente mastiga em cima daquele dente, a tendência é a de separar e quebrar.

Quando está usando amálgama e a cavidade está separada uma da outra por menos de 1 milímetro, a recomendação é unir uma com a outra. Se fizesse a mesma restauração em resina, não precisaria unir uma cavidade à outra. Também não pode deixar muito estreito, pois a parte estreita é um ponto frágil da restauração. Separação entre os dentes é muito importante, conseguir instrumentar todo o preparo cavitário. Cavidades em superfícies lisas: as duas bases unidas estão na região oclusal onde se propaga a cárie. Na região de superfície lisa (M, D, V e L), a propagação da cárie é diferente. Ela é mais larga, extensa, e vai afunilando. Se propaga mais em extensão devido a anatomia, disposição dos prismas de esmalte, à medida que vai aprofundando, afunila, chega no limite amelo-dentinário, se espalha novamente. Tem mais permeabilidade na dentina, depois afunda e afunila novamente. Na superfície lisa, os dois triângulos estão unidos pelos ápices. Na superfície proximal é o ápice contra a base. O cavo-superficial deve ser estendido às áreas que possibilite acabamento da margem. Toda a margem do meu cavo-superficial tem que ter acesso com instrumento para dar acabamento na restauração, polimento no limite dente-restauração. Se não tiver isso, resulta em falta de material ou material em excesso. Esmalte sempre suportado por dentina sadia: não fraturar a restauração, se não tiver condições de fazer isso, tem que substituir a dentina perdida por ionômero de vidro. Até quanto eu devo estender o meu preparo em direção a gengival? Às vezes, a cárie vai abaixo do limite da gengiva, então precisa ter acesso a todo o término do preparo, não consigo ter acesso se não ver lá dentro, não pode deixar espaço vazio, pois pode dar infiltração. Nas regiões proximais é onde a gente tem mais substituições de restaurações, pois é onde não tem tanto acesso. Em uma superfície oclusal, ex. Classe I tem acesso a toda margem, já na classe II, muitas vezes, a gengiva atrapalha. O que vai determinar o contorno? A extensão da cárie na V, L, G, a estética (estender o preparo para o sulco gengival para não aparecer no sorriso de pessoas que possuem o sorriso gengival), perda de retenção (preparo muito curto, largo, tem esse recuso para que o material se retenha dentro da cavidade). Margem gengival vai mudando conforme o passar do tempo, recessão gengival. Da ponta da papila interproximal, até a crista óssea = espaço biológico. Região importante para dar saúde gengival para o dente, nessa região tem aderência do tecido gengival ao cemento, é uma região coesa. Quando inflama por conta de uma gengivite, essa aderência vai ficando ruim, entra bactéria nesse espaço, continua inflamando até a bactéria chegar próxima à crista óssea. Chegou à crista, ela começa a reabsorver o osso, periodontite, perde inserção e começa a ficar mole.

Esse espaço biológico tem que ser preservado ao máximo, não pode invadir com nenhum material restaurador, mas muitas vezes a cárie entra nesse espaço biológico, e precisa restaurar. Tem que fazer alguma manobra para poder restaurar sem agredir essa região. Divisão em 3 partes: sulco gengival, epitélio juncional e aderência conjuntiva. Epitélio juncional e aderência conjuntiva é que vão selar todo o colo do dente, impedindo que tenha penetração bacteriana ali. Na gengivite essa aderência conjuntiva e o epitélio juncional vão ficando mais frágeis e, gradativamente, vai inflamando e penetrando mais bactérias. Onde no espaço biológico eu posso ir com uma restauração? Até o sulco gengival, não posso me estender além do sulco gengival. Se estender, irá sangrar, não tem mais epitélio aí. Tem de 1.9 a 3.8 milímetros de profundidade. Forma de contorno para materiais semi-permanentes: ionômero e resina, é somente a remoção do tecido cariado. Quando estamos trabalhando com resina, vamos nos preocupar só em retirar a cárie, independente do formato que fique o preparo cavitário. Já a amálgama temos que nos preocupar com o formato da cavidade, ter 2mm de profundidade e 2mm de largura, pelo menos. Forma de resistência: tempo operatório. O preparo deve apresentar alguma coisa para impedir que ocorra fratura da estrutura dentária e fratura do material restaurador. Extensão e Profundidade do Preparo: presença de esmalte suportado por dentina. Aumento da resistência: deixar o ângulo interno do preparo arredondado. Terá uma parede de contorno e uma parede de fundo. Assim não tem concentração de esforço em um ponto só, espalha essa concentração. Isso diminui a chance de fratura. Tipo de material restaurador: a resina não tem tanta dureza quanto o amálgama. As paredes circundantes da parte oclusal são paralelas entre si, isso significa que ângulos internos nítidos, ângulo em 90°. Ângulos internos arredondados e paredes convergentes para a oclusal. Cavidade moderna: parede pulpar plana e perpendicular ao logo eixo do dente, ângulos internos arredondados, parede vestibular e lingual convergentes para a oclusal e a borda da restauração vai estar em torno de 70° a 90°. Mais espessura na borda, no cavo-superficial impede fraturas na região, por isso tem essa convergência para a oclusal. Paredes mesial e distal ligeiramente expulsivas em preparo de classe I. Quando não tem a parede pulpar totalmente plana, pontos mais profundos, eu posso planificar ela com uma base cavitária, por exemplo, óxido de zinco e eugenol tipo II, cimento ionômero de vidro. Podemos planificar a parede pulpar para poder ter um volume igual de amálgama em cima desse material depois. Quando eu tenho variação no volume, na espessura do amálgama, eu o fragilizo, quando deixo constante em toda a extensão da cavidade, ele tem maior resistência. Como o amálgama é rígido, ele tem uma estrutura diferente da do dente, CETL diferente, contrai e dilata diferente. Cobrir cúspide, inclusive se o dente tiver tratamento endodôntico feito.

Forma de retenção: capacidade de impedir o deslocamento da restauração quando submetidas a forças de tração, arrancamento durante o ciclo mastigatório. Ação de forças mastigatórias, tração por alimentos pegajosos, diferença de coeficiente de expansão térmica entre material e dente, amálgama e resina contraem e dilatam quando coloca calor e frio em cima delas, diferente da estrutura dentária. O ionômero de vidro não, ele dilata semelhante à estrutura dentária, por isso é mais biocompatível. Quando a profundidade de uma cavidade for igual, ou maior do que sua largura vestíbulo-lingual, por si só ela será retentiva. Altura da cavidade do sentido do eixo do dente e largura no sentido vestíbulo-lingual, altura e largura forem iguais uma a outra, eu já tenho uma cavidade retentiva. Se eu tenho a largura maior que altura, eu não tenho retenção, esse material vai se deslocar. Auto-retentiva. Qualquer coisa que eu colocar ali dentro, não irá sair, se deslocar. Existem momentos em que o problema já vem de tempos, cariou e formou uma cavidade gigante, não tem retenção, tem que lançar mão de algum artifício para melhorar a retenção. Esse artifício é o meio de adesão, pode se direto (tirando estrutura dentária sadia), ou indireto (colocar algum dispositivo dentro da dentina que vai melhorar a retenção do dente). Diretos: parede vestibular e lingual convergentes para oclusal. Preparo autoretentivo (paredes convergentes para a oclusal). Retenções mecânicas na base das cúspides: diedros, pulpo-vestibular e pulpolingual. Cauda de andorinha: usado para travar, é auto-retentivo. Contornos arredondados do preparo que travam a restauração na cavidade. Eu posso fazer orifícios na dentina, preencho com material no interior, isso trava, impede o deslocamento do material. O próprio condicionamento ácido do esmalte que acontece com a aplicação do sistema adesivo, causa retenção, é micromecânica, cria porosidade no esmalte e penetra como uma substância líquida, por fim polimerizo dentro. Isso trava. Detalhes intradentinários. Retenção em cavidades simples e compostas e complexas. -Simples: altura x largura, mais alto do que largo. -Paredes circundantes convergentes para a oclusal: auto retentivo. -Retenção na base da cúspide. -Cavidade composta ou complexa: M.O.D., O.M.L, O.M.V... -Cauda de andorinha, sulcos, inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal, pode deixar convergentes na parte lingual da caixa proximal. Sulcos nas proximais, pinos, dupla inclinação da parede gengival serve para a R.M.F. Forma de conveniência fala: Como é mais fácil para eu abrir um preparo cavitário? É mais conveniente abrir pela lingual para ter acesso à cárie da proximal, do que tirar o dente vizinho. Dentes anteriores: separação entre os dentes, isolamento do campo operatório, afasta gengiva, melhor visão, ao invés de tirar o esmalte da vestibular e tampar com uma

resina, esteticamente eu tiro o esmalte da lingual para ter acesso e preservo o esmalte vestibular. Dente posterior: acesso à cárie proximal por vestibular, abrir na crista marginal. Parede pulpar inclinada de vestibular para lingual com os pré-molares inferiores. Parede axial convexa no preparo de classe V. Evidenciador de cárie evita a retirada de tecido sadio. Acabamento das paredes de preparo: tem uma parede lisa, contorno superficial é mais fácil para adaptar material. Mais difícil em superfície irregular, ondulada. Não dá para colocar material em local ondulado. Para amálgama, eu vou deixar o ângulo cavo-superficial liso, aplainado na parede lingual. Eu tenho dois termos diferentes: alisamento das paredes (parede de contorno, classe I, por exemplo), e aplainamento, eu estou tirando um prisma de esmalte de uma parede gengival). Resina composta usa bisel no cal superficial para aumentar a retenção, principal finalidade. Limpeza da Cavidade: antes de colocar o material na cavidade (ionômero de vidro, adesivo, hidróxido de cálcio), retirar restos de sangue, saliva. A cavidade tem que estar limpa, seca para receber o material. Dakin, clorexidina, hidróxido de cálcio, condicionamento ácido se for usar adesivo e retirar o smear layer, tudo melhora a adesão....


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