CÍcero - Resumo - Cato der Ältere über das Alter / Cato maior de senectute PDF

Title CÍcero - Resumo - Cato der Ältere über das Alter / Cato maior de senectute
Author Felipe Criciúma
Course PSIC.DESENVOLVIMENTO II:ADULTO E VELHICE
Institution Universidade Estadual do Ceará
Pages 4
File Size 137.1 KB
File Type PDF
Total Downloads 22
Total Views 118

Summary

Resumo do livro de Cícero "Saber Envelhecer"....


Description

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento III – Adulto e Velhice PROFESSOR (A): Eliana ALUNOS: Carlos Marx Ribeiro Silva e Eliel Freitas Mendonça

ATIVIDADE E RESUMO SOBRE A OBRA DE CÍCERO (103 – 43 A.C): SABER ENVELHECER

Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2018.

2 Discuta os argumentos de Cícero para contestar as seguintes “verdades” sobre a velhice: 1) Ela nos afastaria da vida ativa. É importante dizer que Cícero descorda totalmente de tal afirmação, e para reforçar os seus argumentos, se utiliza de exemplos de pessoas conhecidas de sua época, como o caso de um homem que era velho e cego, e, além disso, participava do senado. Observa-se que a participação na vida política, para Cícero, era uma forma de manter-se ativo. É perceptível, que para o autor, os velhos não precisam deixar de praticar atividades, mas eles podem praticar outras que sejam mais acessíveis, ou seja, uma pessoa que antes iria para a guerra, na velhice irá trabalhar na formulação de táticas bélicas. Isso só seria possível por meio da experiência e do discernimento adquiridos ao longo de sua vida. Essa experiência seria, também, muito proveitosa na tomada de decisões mais complexas acerca da comunidade. Além disso, para manter a virtude da memória, seria necessária a prática, sempre exercitar e, para a construção de um bom futuro para as gerações futuras, ajudar os mais jovens. 2) Ela enfraqueceria nosso corpo. Cícero diz que é necessário utilizar o que se tem disponível, portanto, as perdas que acontecem com o passar do tempo, sustentadas por aspectos biológicos e pelos excessos da juventude, devem ser amenizadas com a prática de atividades físicas, alimentação saudável e com o reconhecimento de suas limitações. Novamente, uma boa escolha seria estar entre os mais jovens para ajudá-los. Desse modo, seria possível realizar trabalhos físicos proporcionais as suas capacidades físicas. Cícero, posiciona-se desta forma: “De minha parte, prefiro ser velho por menos tempo do que sê-lo prematuramente.” Para Cícero, a diminuição do vigor no período da velhice deve ser apreciada, como todas as outras características do desenvolvimento humano. Também é perceptível, que para ele, a sociedade não cobraria o exercício de atividades que demandassem muito das capacidades físicas dos idosos. Também é necessário exercitar a mente, Cícero cita a atividade que realiza diariamente, que consiste em lembrar tudo o que fez durante o dia.

3) Ela nos priva dos melhores prazeres.

3 Ele inicia essa proposição afirmando que a os desejos sexuais são aqueles que mais aparecem durante a juventude e que “a busca desenfreada da volúpia é uma paixão possessiva, sem controle”. Visto isso, as demais torpezas e violações são acometidas de certa forma por uma influência da volúpia. E, além disso, “se a inteligência constitui a mais bela dádiva feita ao homem pela natureza- ou pelos deuses -, o instinto sexual é seu pior inimigo”. Significa dizer, então, que a devassidão que cerca o modo de viver da juventude pode ser um risco à inteligência e à alma de qualquer pessoa que desfrute de seus intentos, ainda que esteja na velhice. Porventura, se o indivíduo persiste em tal tipo de prazer, afirmará Cícero: “quando ele é intenso e perdura, é capaz de obscurecer totalmente o espírito”. Cumpre, então, afirma o filósofo, à velhice nos livrar dessa deplorável paixão. Mas, cabe também afirmar que a sabedoria e o bom senso nos advertem da natureza da volúpia. O que Cícero irá afirmar é que ao se renunciar aos prazeres, tanto sexuais quanto de comida e bebida, renuncia-se também suas consequências cegas, como embriaguez, digestão e insônia. Apresenta, porém, um contraponto, em que não se dá para renunciar completamente, cabendo assim a cada indivíduo encontrar na velhice um modo de desfrutar das coisas equilibradamente, isto é, achando uma moderação em seus prazeres. Ademais, troca também os prazeres voluptuosos pelo prazer da conversação – substituindo a satisfação dos sentidos pelo diálogo com o outro. Para o autor, há uma lógica nisso: “sem desejo, não há frustração: logo, é preferível não desejar”. A partir daí, afirma também que a velhice não está privada dos prazeres, mas aproveita-os de maneira diferente, que, enquanto os jovens usufruem deles intensamente, na velhice eles são considerados mais de longe, tirando deles um proveito suficiente (equilibrado). Portanto, há um questionamento levantado: “os prazeres da mesa, do jogo ou das prostitutas seriam capazes de rivalizar com essas felicidades?”. Cícero responde que o saber quando acumulado enriquece na medida em que envelhecemos – “sim, nenhum prazer é superior ao espírito”. O que há então, não é uma privação de prazeres, e sim uma sábia suficiência através da moderação e também da consideração da inteligência, sem excluir também um desfrutar dos prazeres campestres e dos prestígios a que Cícero se refere. Por fim, o mau humor e o caráter avarento – que podem ser atribuídos pela falta de prazer quando se é velho - são defeitos inerentes a cada indivíduo, não à velhice, afirmando assim que embora tendo certos inconvenientes de saúde na velhice, deve-se saber que um caráter sólido e a prática de bons hábitos atenuam-os. 4) Ela nos aproxima da morte. Essa questão para Cícero é incontestável. Ele inicia referindo as outras idades, isto é, que todas elas passam pelo risco da morte, principalmente os jovens que adoecem mais facilmente. Então porque fazer desse assunto uma queixa à velhice, se é um risco às demais idades. Pelo contrário, o velho está em uma condição melhor que a do jovem nesse ínterim, visto que “o adolescente quer viver muito tempo, o velho já viveu muito tempo!”. Em concordância, afirma também assim como em uma peça um ator não precisa desempenhar a peça inteira para obter os aplausos, o indivíduo não terá de preocupar uma

4 vida muito longa, mas que se a viveu devidamente por um curto período de tempo, então terá o reconhecimento preciso. “Assim como a morte de um adolescente me faz pensar numa chama viva e apagada sob um jato d’água, a de um velho se assemelha a um fogo que suavemente se extingue”. Conclui-se que para Cícero, a natureza nos oferece uma “pousada provisória” e não um “domicílio”, cabendo aos velhos nem se apegar desesperadamente nem renunciar o pouco de vida restante, enaltecendo assim a velhice como a cena final da peça que constitui a existência....


Similar Free PDFs