Cirurgia em odontopediatria PDF

Title Cirurgia em odontopediatria
Author Ylana Rosa Matos
Course Odontologia
Institution Universidade de Fortaleza
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Summary

práticas cirurgicas em odontopediatria...


Description

Cirurgia em Odontopediatria O crucial na infantil é a anestesia, depois que o paciente está condicionado e você consegue anestesiar, você consegue trabalhar ele na cadeira. - Objetivo: realizar as técnicas adequadas, respeitando o limite da criança. - Cirurgia oral menor x cirurgia buco maxilo facial. - Diagnóstico: quando vamos decidir fazer uma cirurgia? Após a anamnese, exame clinico, exames laboratoriais, exames radiográficos (não extrair dente sem ter uma radiografia, a não ser dentes decíduos que já estão praticamente caindo). Analisar o grau de evolução anatomofuncional (resolver se vai suturar ou não, se vai colocar mantenedor... observar o estágio de nola do permanente para daí tomar as devidas recomendações corretas para o paciente. - Sequelas inerentes do ato cirúrgico: se o saco pericoronario do permanente tiver muito em cima, pode ser que o permanente seja extraído junto com o decíduo. Não fazemos a mesma força de se tirar um dente permanente, é mais técnica do que força para o dente decíduo. - Acompanhamento dos pais na cirurgia. A criança pode até colaborar mais se o pai estiver presente em cirurgias maiores. Se ocorrer alguma intercorrência e o pai não está presente, ele vai achar que você fez algo errado. Explica tudo aos pai, todo o procedimento e a necessidade de fazê-lo. - Explicar as possíveis complicações e ter a autorização por escrito dos pais. Obs.: pacote é indicado em casos de urgência, criança com dor. Precisa ter experiência em fazer o pacote para a criança não se soltar no meio da cirurgia, a criança tem que ter pouca idade. - Medidas pre – operatórias: estado de saúde do paciente, mesa montada (questão do tempo, abrir o instrumental na frente da criança assusta. Já montar a mesa antes da criança chegar e antes dela entrar cobre os instrumentos para ela não ver). Obs.: Urgência x dose de ataque – caso de abscesso, fazer a dose de ataque usando antibiótico. - Medidas transoperatória: segurança do cirurgião e do paciente. - Medidas posoperatorias: recomendações pós cirúrgicas (criança morde o lábio porque tá anestesiado, recomenda os pais para ficarem de olho para ela não ficar mordendo e machucando, por gelo, medicações, recomendar que a criança não fique correndo...). - Métodos para prevenir infecções: medidas de assepsia cirúrgica, questão da biossegurança. Medidas de antissepsia: uso tópico de substancias especificas aplicadas a tecidos vivos (na infantil pra criança maior 10 a 12 anos usamos o iodo extraoral, mas nas crianças menores não tem necessidade, muito menos do campo cirúrgico, só usa o campo em crianças maiores que elas já estão muito condicionadas e colaboram muito). Substancias desinfetantes (usada para colocar os tubetes anestésicos da mesma forma da cirurgia para adulto). Esterilidade (inexistência de qualquer forma de microorganismo). Obs.: A ordem dos instrumentais na mesa cirúrgica é muito importante, porque se tudo estiver na ordem durante a cirurgia, você só se vira e pega na sequência e isso facilita e ganha tempo. Ter cuidado em não por coisa não estéril na bancada junto com o que está estéril.

- Manobras: Diérese (incisão e divulsão), exérese (remoção do fragmento), síntese (sutura e tamponamento), hemostasia. - Instrumentais: sindesmotomo muito usado, as vezes conseguimos tirar o dente só com ele dependendo do grau de mobilidade. Usamos também a espátula n° 7. Elevadores infantis, usado para luxar, romper as fibras do ligamento periodontal e expandir a cortical óssea (alavanca reta e as curvas). Fórceps (150 ou 1, reto, indicado para dentes anteriores superiores; 151 para dentes anteriores inferiores; 17 para molares inferiores (curvatura angulada); 18L para molar superior esquerdo; 18R molar superior direito; 65 ou 69 raízes residuais e pequenos fragmentos (com raiz residual tem que ter muito cuidado para não removerem o dente permanente). - Movimentos: usa fórceps com movimentos firmes e suaves; movimento pendular ou de rotação para raízes uniradiculares, e movimentos de lateralidade para multiradiculares. Faz odontosecção em dois casos: quando as raízes são super divergentes e na hora do movimento pode fraturar e quando tem um dente com uma infecção do germe do permanente ( só a raiz distal foi reabsorvida e ainda tem a raiz mesial inteira so que ficou um pedacinho da raiz distal, e para não fraturar a raiz, faz a odontosecção), faz a odontosecção com a broca 560 em alta rotação no sentido vestíbulo-lingual, pega a broca e desgasta toda a oclusal, pega a alavanca e afasta uma coroa da outra e remove como se fosse um dente unirradicular. - Para remoção de dente decíduo temos que pensar em: limitar o dano (não dilacerar muito tecido do paciente para não dificultar o processo de reparo), reabilitação funcional (se tirar muito antes do tempo colocar o mantenedor de espaço), posição correta do paciente e do profissional, não traumatizar os dentes permanentes ou circunvizinhos, uso de instrumental apropriado da infantil e uso da força controlada (evitar fraturas ou vir junto o permanente). - Instrumentos para sutura são iguais aos de adultos, só muda o tamanho. Porta agulha de Mathieu e de Mayo. Mathieu é mais fácil de abrir e fechar, mais rápido. Tesouras de (?) reta e curva, igual à do adulto mudando só o tamanho (vê se a tesoura não tá cega). - Porque levar o paciente infantil para cirurgia? * caries extensas e profundas que comprometam o germe do permanente * raiz residual * supranumerário, mesiodens * Trauma * Retenção prolongada * Dentes natais neonatais * extração seriada com finalidade ortopédica e ortodôntica * freio labial curto * dentes anquilosados Obs.: observar o estágio de Nola, o que tem formado? Para remover com segurança tem que tá formando ao menos 2/3 da raiz. Mas se a criança tiver com processo infeccioso sem estar no estágio certo, tem que remover e se atentar para a questão da manutenção do espaço.

Obs.: segurar na mão da criança, fazer contato visual, explicar para criança o procedimento, para tentar tirar o medo dela do procedimento. Na infantil trabalhamos muito rápido, é importante que o auxiliar esteja ajudando e prevendo o próximo passo da cirurgia. - Passos: anestésico tópico para colocar a anestesia. Toda anestesia infiltrativa, vamos usar primeira extra-curta e depois a curta (falar ponta na frente da criança), se na hora que estivermos infiltrando, subir o tecido, tira e coloca de novo porque ta no local errado e so estamos anestesiando conjuntivo, para ser uma anestesia infiltrativa bem feita, na hora que infiltrar não pode subir nada de anestésico e assim sabemos que estamos anestesiando no local correto. Obs.: em crianças muito pequenas em que o permanente ainda vai demorar para descer, vamos suturar, nesse caso como a agulha vai transfixar a palatina, vamos anestesiar a vestibular e só quando a palatina estiver bem isquêmica é que vamos anestesiar pela palatina (porque dói muito). Obs.: diferenciar o tipo de choro (choro de dor, de fome, de vontade de ir embora), se o paciente chora mas deixa fazer o procedimento é normal. Remoção propriamente dita. Irrigação com soro para depois suturar (isso é do caso clinico que ela tava mostrando da criança novinha que o permanente ainda vai demorar pra descer e por isso sutura). Recomendações para os pais (o operador fala com os pais enquanto o auxiliar fica com a criança). - Dentes supranumerários: mesmos passos, remove esse dente pois ele atrapalha a erupção do permanente. Obs.: no bebe, atende no matiz ou faz pacote, se não tiver como, pede pra mãe se deitar por cima do bebe para segura-lo. Caso clinico: supranumerários: anestesia troncular, com alavanca faz um movimento para quebrar o osso, dente removido com espátula 7, colocado cimento cirúrgico. Cirurgia e pósoperatório tranquilos. - Criança com mordida aberta quando cai bate logo o dente. Caso clinico: trauma associado com carie, com rompimento da tabula óssea vestibular (quando tem rompimento da tabula óssea vestibular ou palatina TEM QUE SUTURAR, pois se não o sangramento não para). Anestesia região anterior, para depois anestesiar a palatina, prendeu com fórceps reto número 1 e puxou o dente, sutura. - Caso clinico: criança caiu, bateu o queixo e quebrou dente posterior. Olhar não so o dente, mas as outras estruturas também. Remoção com alavanca e fórceps. Sutura por ser um dente com muita raiz ainda, ou seja, o permanente ainda tava muito lá embaixo, ia demorar para erupcionar. - Retenção prolongada: o permanente desgasta so uma raiz do decíduo, deixando a outra inteira. Remove as vezes so com gaze e tem que anestesiar, não sutura porque o permanente já ta perto de erupcionar. Importante radiografar.

- Curetagem: normalmente não se faz, porque as vezes com a curetagem vem junto o germe do permanente. Se tiver sangramento que não para deve ser tecido de granulação, chama o professor para ele curetar. - Sutura: faz com perda precoce do decíduo, quando há necessidade de hemostasia no caso de fratura de tabula óssea e quando tecido gengival não tá suficiente para fazer aquela coalescência (manobra de chompret depois da cirurgia, importante pois as vezes nem precisa suturar fazendo isso). Usa fio 0.4. - Fatores que podem dificultar a exodontia: reabsorção desigual das raizes (odontosecção), fratura da coroa (quando for pra tirar so raiz tem mais dificuldade por ter risco maior de lesionar o germe do dente permanente), dentes anquilosados. - Complicações: hemorragias, alveolites, aspiração e deglutição do dente pela criança, deslocamento do germe do permanente (força excessiva). - Ulotomia: outra técnica da odontopediatria. Localiza o dente permanente, anestesia tópica e infiltrativa ao redor do dente onde vai fazer a incisão com a lamina 11 ou 15 e faz a divulsão com sindesmotomo, segura o liquido cístico com gaze. Indicação: fibroses gengivais, trauma, uso de medicamentos, após remoção de supranumerário (dente não consegue irromper), cisto de erupção e dentes impactados. - Ulectomia: remoção do capuz mucoso que recobre o dente. Estabelecer a causa da não erupção primeiro. Geralmente o tecido que recobre o dente está mais fibroso, mais duro, se não for cortado o dente não vai conseguir rasgar, porque passou do tempo dele de erupcionar e a criança ficou mordendo ali, deixando o tecido gengival mais grosso/fibroso. Entra com o bisturi perpendicular, faz uma incisão em forma de meia lua para o dente erupcionar de forma correta, entra cortando por trás e faz a meia lua pra frente, entra com sindesmotomo para abrir o tecido e poder ver a incisal do dente. Se remover a mucosa reta, o dente erupciona de forma errada, porque a maxila tem uma conformidade de meia lua então o corte da mucosa tem que ser feito da mesma forma. - Frenulotomia lingual: faz quando o freio de língua é curto. Faz a técnica quando o bebê não consegue mamar. Esse freio curto pode acarretar em alterações anatomofuncionais em todas as estruturas da boca, o bebe não consegue falar os fonemas básicos. Avaliação: a ponta da língua tem que ser capaz de protuir para fora da boca sem dobrar, a ponta deve umedecer os lábios superior e inferior, quando a língua está retraída não deve tensionar o tecido lingual dos dentes anteriores (não é pra ficar isquêmico), a língua não deve exercer força excessiva nos dentes anteriores inferiores (língua curta que o paciente não consegue passar dos incisivos, ela fica so empurrando os incisivos, gerando vestibularização dos mesmos), o freio não deve criar diastema entre os incisivos centrais, não deve dar interferência na deglutição, a face inferior da língua não deve exibir abrasão/ferida (a língua não consegue sair da boca e fica so encostando na cúspide dos incisivos e vai ferindo), o freio não deve interferir na amamentação e em dificuldades da fala. Instrumentais: tenta cânula (para segurar a língua), tesoura afiada, gaze para comprimir, contonete para usar o anestésico tópico (enla, mais potente ou anestésico oftálmico). Técnica: põe o anestésico com o contonete e espera 1 a 2 minutos para fazer efeito. Pega tenta cânula para segurar a língua e protege-la, para vir com a tesoura divulsionando o tecido do freio. Sangra muito pois não usamos vasoconstritores. Sabemos quando devemos parar,

quando o freio não estiver mais isquêmico, porque já chegou no soalho. Em seguida tem que colocar o paciente para mamar, tem que pedir pra mãe trazer ele com fome. Depois que ele mama, no leite tem anticorpos e a pressão do peito causa uma hemostasia natural. Se a mãe não amamenta, traz a mamadeira. Obs.: a frenulotomia é mal indicada para crianças maiores, porque fibrosa de novo e volta a reinserir. - Frenectomia lingual : Técnicas de anestesia de língua: direta, anestesia direto a língua; troncular. Técnica de suturar a ponta da língua para segurar a língua pela sutura. Técnica de segurar a língua com a gaze (pior a língua fica escapando). Pega com a pinça e pinça a base da língua para quando corta não sangrar. Pinça e divulsiona com o bisturi (exérese), soltando até chegar na base. Faz a abertura com o sindesmotomo e sutura (cada ponto é individual). Indicações: dificuldades de sucção de alimentos, interferência na fonação, dificuldade na escovação, tratamentos ortodônticos e periodontais (não tenho certeza se essas indicações são da lingual ou da labial). - Frenectomia labial (freio teto labial persistente): nem todo odontopediatra sabe fazer, sangra muito. A criança tem que estar muito condicionada porque é mais demorada. Tem gente que fala que remove logo após o nascimento, outros que falam que remove quando tem incisivo lateral decíduo e outros após os incisivos laterais permanentes. Fabiola remove por volta de 9 a 10 anos quando a criança já tem canino permanente, porque as vezes com a força que o canino desce ele já fecha o diastema. Se não fechar é que se faz a cirurgia. Técnica: anestésico tópico, anestesia infiltrativa vestibular e depois de isquêmico vai pela palatina, pinça o freio, divulsiona com bisturi perpendicular ao eixo do freio, removendo até lá embaixo, passa uma cureta limpando a área, o resto de osso e de tecido para o freio não voltar, entrou a vestibular inteira, sutura para depois entrar por palatina, rasgando todo o tecido até a palatina, depois de rasgar a palatina vê como está o sangramento, pega com a gaze, segura, e passa a gaze, se o sangramento parou, coloca o cimento cirúrgico, vai desde a palatina até a região anterior. Recomendações: falar para os pais que a criança não pode cuspir, não pode morder no local anestesiado, evitar bochechos nas primeiras 24h, não fazer esforço físico, compressa de gelo, alimentação mais fria. Prescrição de medicamento: perguntar ao pai qual o remédio que a criança costuma tomar em caso de dor. Manter uma boa higiene no local....


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