Classe Reptilia Alunos PDF

Title Classe Reptilia Alunos
Course Zoologia Aquática S
Institution Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Resumos e apostila...


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CLASSE REPTILIA 1 INTRODUÇÃO O primeiro aparecimento de Répteis na face da Terra foi durante o Período Carbonífero, à cerca de 320 milhões de anos atrás. O surgimento do ovo amniótico (o âmnio é um saco que circunda o embrião que está imerso no líquido amniótico - Os embriões dos répteis, aves e mamíferos (todos se desenvolvem, dentro de um âmnio) neste grupo, proporcionando proteção mecânica e contra a dessecação, foi um fator importante na conquista do ambiente terrestre. Esta classe reúne animais com escamas pertencentes à diferentes grupos em relação a aparência e a ecologia, as tartarugas (Testudines), os crocodilianos (Crocodilia) e os Squamata (cobras e lagartos). A Classe dos Répteis torna-se muito artificial, pois a relação destes grupos ainda encontra-se em fase de definição. Como exemplo, os crocodilianos (crocodilos e jacarés), são mais aparentados das Aves do que com os demais Répteis existentes. Pesquisas com o DNA comprovam isso. É estranho? Saiba que os crocodilianos constroem ninhos e fornecem um grande cuidado parental com os filhotes e, tantos os filhotes como os adultos apresentam alguns tipos de vocalizações. Além disso, o coração de um crocodiliano, é dividido em 2 átrios e 2 ventrículos, diferentemente dos demais Répteis, que é dividido em 2 átrios e 1 ventrículo. Ao contrário das Aves e Mamíferos, que mantém a temperatura corpórea através do calor produzido pelo metabolismo, estes animais precisam de fontes externas de calor (Sol) para regularem sua temperatura. Algumas espécies botam ovos (ovíparas), como os jacarés, as tartarugas e algumas cobras e lagartos. Outras espécies são vivíparas, onde nascem filhotes durante o parto (ex. algumas cobras e lagartos). A Classe dos Répteis é dividida em 4 ordens: TESTUDINES (tartarugas, cágados e jabutis), com cerca de 225 espécies; SQUAMATA (anfisbênios, cobras e lagartos), com cerca de 5.800 espécies; RHYNCHOCEPHALIA (tuataras), com 2 espécies; CROCODILIA (aligators, jacarés e crocodilos), com 21 espécies. São cerca de 50.300 espécies de vertebrados conhecidas, sendo 23.250 peixes, 4.780 anfíbios, 4.675 mamíferos, 9.702 aves e 7.866 répteis. As 7.866 espécies de répteis estão assim distribuídas: 4.470 lagartos (57%), 2.920 serpentes (37%), 292 tartarugas (4%), 156 anfisbênios (2%), 23 crocodilianos (0,3%) e 2 tuataras (0,025%). As três famílias mais numerosas, que juntas representam 51% do total das espécies, são : Colubridae, de serpentes (1.847 espécies) e duas de lagartos, Scincidae (1.199 espécies) e Gekkonidae (1.002 espécies).

Onde estão estas espécies? 2.000 ocorrem na Ásia e Nova Guiné, 1.560 na América do Sul, 1.050 na América Central, 1.320 na África, 850 na Austrália, 350 na América do Norte e 190 na Europa. Cerca de 50 espécies são descritas por ano em todo mundo. No Brasil, somente na Amazônia, são conhecidas 89 espécies de lagartos. Quanto à fauna de serpentes, 87 espécies são conhecidas na região Leste do Pará e 96 no Estado de Rondônia. Na região de Manaus (AM), ocorrem cerca de 138 espécies de Répteis, sendo cerca de 80 o número de serpentes. Uma região que merece destaque especial no Brasil, são as dunas de areias localizadas no médio Rio São Francisco, na Bahia. Esta região vem sendo estudada nas últimas décadas pelo herpetólogo Miguel Trefaut Rodrigues, o qual descobriu vários gêneros e espécies de lagartos e serpentes, além de apresentar informações sobre a biologia e história desta herpetofauna peculiar. A riqueza de espécies desta região consta com 36 lagartos e anfisbênios e 25 serpentes, sendo caracterizada por 20 espécies endêmicas (só encontradas ali) e com várias formas adaptadas a psamofilia (viver na areia). Na Mata Atlântica, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, são conhecidas cerca de 80 espécies de serpentes. Com estes valores, pode-se ter uma noção da riqueza de répteis. Entretanto, várias regiões permanecem pouco ou nada amostradas, sendo possível ainda a descoberta de novas espécies e novos registros para o Brasil. 2 DISTRIBUIÇÃO Ocorrem principalmente em regiões tropicais e subtropicais onde apresentam a maior diversidade. Nos Pólos e nas grandes altitudes, devido ao frio constante, há um declínio na diversidade dos Répteis. 3 HÁBITO E HABITAT Os répteis são animais de vida livre adaptados à viver em terra firma. Seu ambiente é muito variado, a maioria vive em lugares secos, sobre rochedos, desertos, em árvores, buracos, etc, desse modo podem ser terrestres, arborícolas e fossoriais. As tartarugas e os crocodilos adaptaram-se à água, porém voltam à terra para ovipositar, sendo semi-aquáticos. Alguns répteis apresentam todo o seu ciclo de vida na água, não vindo em terra firme para nada sendo aquáticos.

4 TAMANHO E LONGEVIDADE Tamanho: Cobras: 10cm até 10m - 25 a 150 cm / Tartarugas: 15cm até + 2m (600kg) / Crocodilos: 2,4 a 4,5m (7 m) / Lagartos: 3cm até 3m (75kg) - Geralmente inferior a 30 cm. Longevidade: cativeiro – jabutis: 100 anos / - tartarugas: 20 a 90 anos / - crocodilos e cobras grandes: 25 a 40 anos 5 CARACTERÍSTICAS DOS RÉPTEIS 

Répteis são vertebrados ectotérmicos ou heliotérmicos.



Epiderme fortemente cornificada (escamas ou placas córneas). Glândulas cutâneas ausentes (poucas glândulas de odor).



A maioria das costelas do tronco é longa e as anteriores articulam-se com o esterno.



Membrana nictitante protege os olhos. Membrana timpânica freqüentemente localizada no fundo do canal auditivo externo. Linha lateral e córtex cerebral ausentes.



Superfície interna dos pulmões bem desenvolvida e os pulmões, na maioria dos grupos, são ventilados pelos movimentos das costelas.



A divisão do átrio cardíaco, a divisão parcial do ventrículo e a complexa tripartição do cone arterioso evitam a mistura dos sangues arterial e venoso, na maior parte dos casos.



A maioria dos resíduos nitrogenados é eliminada sob a forma de uréia e ácido úrico através dos rins. Grande quantidade de água reabsorvida na bexiga urinária.



Os ovários produzem menos ovos do que nos vertebrados inferiores, porém com muito mais vitelo. Os machos têm um órgão copulador e a fecundação é interna. Materiais albuminosos e uma casca são secretados em volta dos ovos fecundados, quando eles passam pelo oviduto.



Os répteis primitivos são ovíparos e depositam seus ovos na terra. Os ovos cleidóicos têm vitelo suficiente e o embrião desenvolve membranas extra-embrionárias, de forma que o desenvolvimento pode resultar diretamente numa miniatura de adulto, antes da eclosão. Poucos répteis tornaram-se vivíparos.

6 CARACTERES EVOLUTIVOS (RÉPTEIS X ANFÍBIOS)  Um tegumento córneo muito forte, quase desprovido de glândulas, que lhes permite penetrar nos biótopos secos.  Um segundo palato ósseo que dá ao animal a possibilidade de respirar enquanto come  Pernas adaptadas para a locomoção rápida.  Uma maior separação do sangue arterial do sangue venoso.

 Ossificação completa do esqueleto  Ovos adaptados ao desenvolvimento terrestre, o que os livra da submissão ao meio aquático. 7 CLASSIFICAÇÃO (POUGH et al., 1993) Embora em épocas remotas os répteis tivessem sido bastante comuns, atualmente a maior parte deles foi extinta, por razões que ainda não foram esclarecidas e que são objetos de muito debate. Somente 4 ordens da classe Reptilia sobrevivem hoje:

Classe Reptilia Ordem Testudinata (tartarugas) - Subordem Pleurodira Subordem Cryptodira Ordem: Rhychoncephalia - Subordem Sphenodontia (tuatara) Ordem Squamata - Subordem Lacertilia (lagartos) Subordem Amphisbaenia (cobra de duas cabeças) Subordem Serpentes (cobras) Ordem Crocodilia (jacarés e crocodilos) I - Ordem Rhincocephalia Representada por animais cuja cabeça é prolongada em forma de bico. Há atualmente duas espécies. Sphenodon punctatus conhecido popularmente como tuatara que sobrevive numa das ilhas da Nova Zelândia. Esse réptil possui um terceiro olho, pineal, que reage a ação da luz solar. II - Ordem Chelonia Nesta ordem estão incluídas as tartarugas, cágados e jabutis. Caracterizam-se por apresentarem um revestimento externo rígido, formado por um exoesqueleto duro com grandes placas recobertas por camada córnea. A parte ventral deste exoesqueleto denomina-se plastrão e a dorsal, carapaça. São ovíparos, enterrando os ovos na areia e os abandonando. Vários representantes da ordem apresentam respiração cloacal. III - Ordem Crocodilia

Representada pelos jacarés e crocodilos, animais aquáticos que vivem nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Apresentam o ventrículo completamente dividido em duas câmaras, diferenciando dos outros répteis que apresentam ventrículos parcialmente dividido. Todas as espécies são ovíparas e carnívoras. IV - Ordem Squamata Enquadra animais recobertos por escamas ou pequenas placas. Dividem-se em duas subordens: Lacertília e Ophidia. Os primeiros são animais tetrápodas e citamos como exemplo os camaleões, os dragões voadores, cobra-de-vidro, cobra de duas cabeças e o monstro de Gila (Heloderma), que tem a forma de um lagarto, sendo um dos raros exemplos de lagartos venenosos. Os ofídios representados pelas cobras, as quais são todas ápodas, embora existam algumas como a jibóia e a sucuri, que apresentam rudimentos de membros. Os lagartos distinguem-se das cobras porque apresentam pálpebras móveis, membrana timpânica visível e pequenas escamas na superfície ventral do corpo. Subordem Ophidia: Os ofídios não constituem apenas os répteis mais numerosos, mas também os mais amplamente distribuídos; embora predominem nas regiões tropicais. A respeito delas, muitas noções falsas e superstições foram inventadas, sendo por esta razão necessário esclarecer alguns pontos: elas não são viscosas e seu corpo é frio porque sua temperatura interna não é mais alta que a do ambiente; quando dão o bote, nunca saem do chão, pois necessitam do ponto de apoio; as cascavéis não aumentam um guizo por ano, e sim geralmente dois ou três, dependendo do número de vezes que mudam de pele; a remoção das presas de uma cobra venenosas, não a torna permanentemente inofensiva, pois nascer-lhe-ão novas presas. Podemos distinguir as cobras quando aos dentes, em venenosas e não venenosas. Os dentes das venenosas têm um sulco ou canal que se comunica com a glândula de veneno (glândulas parótidas modificadas). De acordo com as características dentárias do maxilar, podemos classificar os ofídios na seguinte série: 

ÁGLIFAS (Aglifodonte) - desprovidas de dentes inoculadores de veneno. Não são cobras venenosas. Exp. Sucuri, Jibóia, Cobra-cipó, Falsas Corais, etc.



OPISTÓGLIFAS (Opistoglifodonte) - Os dentes inoculadores de veneno se localizam na parte posterior do maxilar e são sulcados; poucas possuem veneno realmente poderoso e, para usarem esses dentes, elas precisam abrir muito a boca e segurar muito bem a vítima. Na

realidade, essas serpente são quase todas inofensivas para o homem, mas há uma ou duas delas que podem ser perigosas. 

PROTERÓGLIFAS (Proteroglifodonte) - Apresentam os dentes inoculadores de veneno na posição anterior do maxilar superior. Esses dentes são sulcados (fendidos) e correm em cobras venenosas. Exp. Coral verdadeira, Naja Indiana, Mamba, etc.



SOLENÓGLIFAS (Solenoglifodonte) - Apresentam os dentes inoculadores de veneno na porção anterior da maxilar superior, porém, os sulcos modificam-se em canais formando um excelente sistema de injeção hipodérmica. Exp. Cascavel, Jararaca, Urutu, etc.

IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES PEÇONHENTAS Para o reconhecimento de serpentes peçonhentas, observa-se se a mesma apresenta a fosseta loreal, no caso dos viperídeos. A fosseta loreal é um pequeno orifício localizado lateralmente na cabeça entre o olho e a narina, cuja função é de orientação. Este órgão funciona como um radar térmico, permitindo que estas serpentes enxerguem no infra-vermelho, localizando suas presas pela detecção da temperatura das mesmas. Sendo um viperídeo, se a serpente possuir um guizo ou chocalho na porção terminal da cauda, trata-se de uma cascavel (Crotalus durissus). Se a serpente apresentar a ponta da cauda com as escamas eriçadas e o formato das escamas dorsais parcialmente salientes parecendo a "casca de uma jaca", trata-se de uma surucucu-bico-de-jaca (Lachesis muta). Se a serpente apresentar a ponta da cauda normal, trata-se de uma espécie de jararaca (Bothrops spp. ou Porthidium sp.). Os viperídeos ainda apresentam escamas carenadas (parecendo "casca de arroz") e a pupila do olho vertical. Entretanto, espécies não peçonhentas como a jibóia (Boa constrictor), salamanta (Epicrates cenchria) e a dormideira (Dipsas indica) apresentam a pupila do olho também vertical por serem de hábitos noturnos. As corais (Micrurus spp.), que pertencem a família dos elapídeos, não apresentam a fosseta loreal, e nem a pupila do olho vertical e escamas carenadas. Quando uma serpente apresentar o padrão de colorido tipo "coralino", com anéis pretos, amarelos (ou brancos) e vermelhos, a mesma deve ser tratada como uma possível coral-verdadeira. Poucas vítimas levam até o hospital a serpente causadora do acidente, sendo que o reconhecimento do gênero causador se faz pelo diagnóstico clínico na maioria das vezes.

PRIMEIROS SOCORROS 

Manter a vítima calma.



Evitar esforços físicos, como correr por exemplo.



Procurar um hospital o mais rápido possível, procurando tentar saber antes se o mesmo possui soros anti-ofídicos.



Lavar o local da picada.



Não fazer torniquete ou garrote no membro picado, pois poderá agravar o acidente, aumentando a concentração do veneno no local.



Não fazer perfurações ou cortes no local da picada, porque poderão aumentar a chance de haver hemorragia ou infecção por bactérias.



Evitar curandeiros e benzedores, lembrando que o rápido atendimento em um hospital é fundamental para a reversão do envenenamento.



Não ingerir bebidas alcoólicas.

CLASSIFICAÇÃO DOS RÉPTEIS QUE OCORREM NO BRASIL CLASSE REPTILIA ORDEM SQUAMATA SUBORDEM LACERTILIA (lagartos) Família Hoplocercidae *: Lagartos de tamanho pequeno. Uma espécie brasileira (Hoplocercus spinosus), escava tocas em barrancos próximos a florestas de galeria e possuem cauda espinhosa, que em geral dobram fechando a entrada da toca (para escapar de predadores). Esta família ocorre do Panamá para a América do Sul e, Brasil central. Família Iguanidae *(iguanas): No Brasil são lagartos arborícolas, de tamanho relativamente grande quando adultos. São herbívoros. Esta família ocorre do sudoeste dos Estados Unidos até a América do Sul (Brasil e Paraguai), Ilhas Galápagos, Antilhas, Fuji e Tonga. No Brasil ocorre no norte, nordeste e no pantanal. Família Polychrotidae* : Lagartos arborícolas de tamanho pequeno (ex. Anolis spp.). Esta família ocorre do sul da América do Norte até o sul da América do Sul. Família Tropiduridae *(calangos): Compreende espécies de lagartos com diferentes graus de arborealidade. Maioria insetívora, com alguns onívoros também. Esta família ocorre nas Ilhas Bahamas, Cuba, Hispaniola, Caimans, Galápagos e América do Sul.

Família Gekkonidae* (lagartixa-da-parede, gekkos, osgas, bibras): Cerca de 733 espécies de lagartixas terrestres e arborícolas, de tamanho diminuto (3 cm) a médio (30 cm). Ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida. Família Scincidae *: Cerca de 1.050 espécies de lagartos terrestres de tamanho pequeno a médio. Ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida. Família Teiidae * (teiú, calango-verde): Lagartos terrestres (maioria), alongados, de tamanho pequeno a grande. Ocorrem principalmente na América do Sul, com algumas espécies na América Central e na América do Norte. Família Gymnophthalmidae * (microteídeos): Lagartos em geral pequenos, maioria terrícolas. Algumas espécies são aquáticas (ex. Neusticurus spp.) e outras fossoriais (ex. Bachia spp.). Família Anguidae * (cobras-de-vidros): Cerca de 80 espécies de lagartos alongados, basicamente de tamanho pequeno a médio. Cerca da metade das espécies é apode. Algumas poucas espécies podem atingir mais de 1 metro de comprimento. Alguns são fossoriais, outros são terrícolas. Ocorrem nas Américas, Europa e Ásia. Atingem somente a extremidade do noroeste da África. SUBORDEM AMPHISBAENIA Família Amphisbaenidae * (cobras-cegas, cobras-de-duas-cabeças): Cerca de 140 espécies de cobras-cegas (ou cobras-de-duas-cabeças), com cabeça arredondada, focinho achatado ou cabeça quilhado. Ocorrem no sul da Europa, oeste da Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Índias Ocidentais. SUBORDEM SERPENTES Família Anomalepididae * (cobras-cegas): Cerca de 20 espécies de serpentes fossoriais (subterrâneas) de tamanho pequeno a médio. Ocorrem na América do Sul e na América Central. Família Typhlopidae * (cobras-cegas): Cerca de 200 espécies de serpentes fossoriais, com olhos reduzidos. Ocorrem em todos os continentes, exceto na América do Norte e na Antártida. Família Leptotyphlopidae * (cobras-cegas): Cerca de 80 espécies de serpentes fossoriais de tamanho diminuto (10 cm) a pequeno. Ocorrem na África, sudoeste da Ásia, América do Sul, América Central e sudoeste da América do Norte. Família Aniliidae :* Cerca de 10 espécies de serpentes fossoriais (maioria). Ocorrem no sul do México, América Central, norte da América do Sul e sudeste da Ásia. Família Boidae * (jibóia, sucuris): Cerca de 25 espécies de serpentes de tamanho médio a enorme, ocorrendo na América do Sul e na América Central. Família Tropidophiidae *: Cerca de 20 espécies de serpentes terrestres pequenas, semelhantes às jibóias, da América Central, norte da América do Sul e Índias Ocidentais. Uma espécie ocorre no Estado de São Paulo.

Família Colubridae * (cobras-d'água, cobra-cipó, boipeva, falsas-corais): Cerca de 1.600 espécies de serpentes de tamanho diminuto a muito grande, encontradas em todos os continentes, exceto na Antártida. Esta é mais diversificada das famílias de serpentes. Algumas espécies são áglifas, enquanto outras são opistóglifas, podendo utilizar o envenenamento para matar suas presas. Família Elapidae *(corais-verdadeiras, najas, taipans, serpentes marinhas): Cerca de 250 espécies de serpentes peçonhentas, apresentando a dentição do tipo proteróglifa. Apresentam tamanho pequeno a enorme. Ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida. Espécies desta família predominam na fauna de serpentes da Austrália. Família Viperidae * (cascavéis, jararacas, víboras): Cerca de 200 espécies de serpentes peçonhentas, apresentando dentição solenóglifa. Os viperídeos estão ausentes na Austrália e na Antártida. ORDEM TESTUDINES SUBORDEM PLEURODIRA Família Chelidae *(cágados)

Família Pelomedusidae * (tartarugas da Amazônia)

SUBORDEM CRYPTODIRA Famïlia Kinosternidae *

Família

Dermochelyidae

*

(tartaruga

de

couro

marinha) Família Cheloniidae * (tartarugas marinhas)

Família Emydidae *

Família Testudinidae *(jabutis) ORDEM CROCODILIA Família Alligatoridae * (aligators, jacarés e caimans)

8 MORFOLOGIA E FISIOLOGIA 8.1 Morfologia externa Os caracteres anatômicos externos nesta classe são muito variáveis. Devemos citar contudo, a presença de cauda e de 4 apêndices locomotores na maioria dos répteis, o que os coloca entre os tetrápodes. Apresentam um tegumento seco, nunca úmido e nem viscoso, geralmente recoberto por escamas placas ou carapaças; a fecundação é interna e algumas espécies retém os ovos no corpo e parem filhotes vivos; e desenvolvimento é direto, e nunca possuem brânquias.

8.2 Revestimento e proteção Apresentam um tegumento seco, nunca úmido e nem viscoso, geralmente recoberto por escamas placas ou carapaças. A pele dos répteis é constituída por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme representa-se coriácea com placas córnea em tartarugas, e com escamas nas cobras laga...


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