Debussy, Gabriel, Música Programática PDF

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Breve descrição da vida e obra dos autores....

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS BACHARELADO EM MÚSICA E TECNOLOGIA HISTÓRIA DA MÚSICA IV DISCENTE JOÃO VITOR AZEVEDO DA SILVA

Claude Debussy, Prélude à l’après-midi d’un Faune Compositor Francês, nascido em Saint German em Laye, no dia 22 de agosto de 1862, foi famoso por transitar por diversos movimentos musicais de outros países, tendo viajado e absorvido muito da cultura europeia. Debussy desde cedo estudou música, foi enviado para o conservatório muito jovem, permanecendo até se formar. Após os anos de estudo, viajou para Moscou, após ter ganho o Grande Prêmio de Roma, competição famoso por premiar autores famosos do romantismo e nacionalismo da música ocidental, como Hector Berlioz. Após conhecer a música russa, influenciado por Mussorgsky, retorna à Paris, com passagem em Roma, e entra em contato com vanguardas artísticas, que movimentavam a cultura e arte na França. Debussy sempre foi muito influenciado pelos compositores ao seu redor, absorveu muito da cultura de cada país e pode expressar um inovador impressionismo (ainda que, impressionismo trate de um movimento da arte da pintura), pela sua forma de expressar sua música, sendo ela, para criar atmosferas e sentimentos, mas sem catalogar quais seriam, sua música é expressa em sensações. Prélude à l’asprés-midi d’um Faune é um poema sinfônico escrito entre 1892 e 1894, baseado em um poema de Stéphane Mallarmé, estreado em Paris, na Sociedade Nacional de Música. A apresentação, marca, para muito críticos, o início da música moderna. A obra retrata uma obra impressionista, estilo qual Debussy incorporou sua música, que conta a história sensual de um fauno, que no meio de seu habitat, se excita com a passagem de ninfas por sua volta. O fauno é levado pela vontade de uma aproximação com as ninfas, porém, sem sucesso, acaba, depois de longas horas de tentativa, adormecendo. Em seus sonhos, o fauno consegue alcançar objetivos que em sua vida real não tinha alcançado. O criador quis que sua obra fosse um retrato das ilustrações do poema, impressionante e expressivo. Debussy morreu devido à ofensiva alemã no ano de 1918, que causou um bombardeio na cidade em que estava.

Gabriel Fauré, Pavane Compositor francês, nascido em Pamiers, Ariége, no dia 12 de maio de 1845. Um dos mais famosos músicos franceses do período romântico e nacionalista, influenciou diversos outros no século XX.

Fauré veio de família culta, porém, sem relações com a música. Aos 9 anos de idade foi enviado para a escola de música em Paris, onde aprende composição e se especializou em órgão. Trabalhou, após graduar-se na escola, como professor e também como organista. Como suas profissões exigiam bastante tempo, no início teve pouco tempo para compor suas obras, sendo até convidado para ser diretor do conservatório de Paris. Gabriel gostava de tirar um tempo para compor, afastado da cidade, no campo, onde se sentia mais à vontade para fazer as ideias fluírem. Suas composições são conhecidas pela tradição da música francesa, que encarna qualidades aristocráticas. As obras continham melodia lírica, em sua maioria, não adotando o virtuosismo, afinal, o autor não era tal, porém, com base forte e linguagem viva e plástica, tanto na melodia quanto harmonia. Pavane, Op . 50, é uma obra para orquestra, escrita em na década de 1880. Foi inicialmente escrita somente para a orquestra, porém, mais tarde, Gabriel teria se convencido de adicionar um coral à composição. O ritmo da obra, que seria o ponto forte, é marcado e pausado, estruturando uma dança, a pavana, exibida com frequência na corte espanhola, assim como, a harmonia e melodia, sutil e elegante. Foi dedicada à Elisabeth Greffulhe, celebridade parisiense, retrato da condessa, a obra expressa toda a beleza e elegância da mulher. Gabriel encerrou suas atividades como professor de música no conservatório aos 75 anos de idade, em 1920, devido à surdez que teria desenvolvido. Faleceu em decorrência de uma pneumonia, aos seus 79 anos, em 1924. Música Programática A música programática, é a música que tem por objetivo, descrever, evocar ou causar sentimentos ou sensações abstratas à relação sonora do instrumentista ao ouvinte, representando uma forma, cena, imagem ou estado de espírito. Esse termo foi aplicado a partir do romantismo, apesar de haverem obras com essa relação não absoluta, de apreciar música pelo que ela causa, em outros períodos, como o barroco. O termo é exclusivamente ocidental, afinal trata apenas de compositores e obras atreladas à artistas quase que exclusivamente europeus. Existem diversos tipos de música programática, e várias formas de se idealizar uma música de programa, um deles é a música incidental, que trata de uma música que tem como objetivo evocar uma atmosfera específica, afim de criar uma cena, muito utilizada em obras que acompanham teatro. Outro tipo, é a poema sinfônico, muito famoso entre compositores românticos, criado por Franz Liszt, esse tipo de obra, é escrita em um só movimento, com sentido descritivo, a obra adquire um tema inicial, que é apresentado durante toda a composição, mas com diferentes nuances em sua harmonia, afim de experimentar diversas atmosferas com aquele tema. A sinfonia descritiva, que também é um tipo de música de programa, bebe em uma fonte de obras literárias ou visuais, afim de criar uma atmosfera semelhante, ou espelhada à aquela base artística. Outro tipo, é a abertura de concerto, que, como o nome explicita, é uma abertura que não se assemelha em nada ao concerto que será apresentado, com objetivo de descrever um significado, sentido ou mensagem para além da obra em si, diferente das aberturas de óperas que davam continuidade à obra. Esse tipo de música nos acompanha até hoje, na contemporaneidade, em diversos estilos musicais que tem por objetivo desprender sentimentos, sensações ou estados de espírito inéditos nas pessoas.

Bibliografia: -Grout & Palisca – História da Música Ocidental -O Livro da Música Clássica – Globo Livros -Wikipedia -Caderno da Música – Rádio EBC -Uma Breve História da Música – Roy Bennett...