Discriminação e Generalização PDF

Title Discriminação e Generalização
Author Mariana Aymoré
Course Psicologia Comportamental II
Institution Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Pages 4
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Summary

Resumo sobre discriminação e generalização, matéria dada em Psicologia Comportamental II no curso de Psicologia da PUC-SP. (a matéria foi dada pelo prof. Amilcar)...


Description

Discriminação e Generalização: Comportamento Humano Complexo -na descrição do comportamento operante, duas relações resposta-ambiente devem ser consideradas: a relação entre a resposta e suas consequências e a relação entre a resposta e a situação presente quando da emissão da resposta -> é impossível falar de uma dessas relações isoladamente -para analisar (isto é, decompor, dividir) um episódio, o analista do comportamento procurará identificar as inter-relações entre situação antecedente-resposta-consequência que o compõe -Sidman apresenta de forma muito clara o que a ampliação da unidade de análise de dois termos (resposta-consequência) para três termos (situação antecedente-respostaconsequência) possibilitou. Sidman reconhece as imensas possibilidades abertas já pela unidade de dois termos, mas a unidade de três termos só veio confirmar a ampliar as possibilidades abertas pelo desenvolvimento conceitual da análise do comportamento -Percepção e atenção: falar em percepção significa falar de respostas operantes controladas por estímulos antecedentes. Como outra relação operante, a relação envolvida no que chamamos de percepção sofre a influência da história vivida pelo indivíduo que se comporta e de circunstâncias presentes no momento em que o indivíduo se comporta. -percepção como comportamento envolve ação em relação ao ambiente -o controle exercido por um estímulo discriminativo é tradicionalmente tratado sob o rótulo de atenção -atenção é uma relação de controle - a relação entre uma resposta e um estímulo discriminativo -enfatizamos o sujeito e supomos que ele é o iniciador autônomo de suas atividades, ou enfatizamos o ambiente e supomos que ele se impõe sobre o sujeito, visto, então, como receptáculo das estimulações ambientais. No primeiro caso, recorremos ao termo atenção; no segundo caso, ao termo percepção. -o experimento de Holland e Schroeder: os resultados mostram que as respostas comumente consideradas como respostas “naturais” de observação são respostas operantes, isto é, controladas por suas consequências -Conhecimento, formação de conceitos e abstração: dizemos que crianças possuem conhecimento e a evidência é que elas possuem comportamento -sempre que estamos falando em conhecimento estamos falando em comportamento -um sentido de “conhecer” é simplesmente estar em contato com, ser íntimo de. -conhecimento implica sempre a emissão de respostas -conhecer é agir -conceito: uma determinada espécie de comportamento -generalização intra classe e discriminação inter classes - isto é a essência dos conceitos -quando estamos falando em formação de conceitos estamos falando de um tipo especial de controle de estímulos que surge quando os processos de discriminação e generalização se relacionam de forma tal que é formada uma classe de estímulos que apresenta duas características básicas: mão fica fora da classe nenhum estímulo que deve pertencer a essa classe (generalização intraclasse); e não é incluído na classe nenhum estímulo que não pode pertencer a ela (discriminação interclasse) -quando falamos em formar conceitos, na verdade, estamos falando em formar classes de estímulos -o pensamento e a linguagem requerem, portanto, a capacidade de agrupar os estímulos

em classes. Estas classes, formadas a partir de alguma relação entre os estímulos, constituem a base do que chamamos genericamente de conceitos. Compreender a natureza das classes de estímulos e o processo de sua formação é, portanto, fundamental para a psicologia -abstração, também, não é uma forma de ação por parte do organismo. É simplesmente um estreitamento do controle exercido pelas propriedades dos estímulos __ anotações do caderno __ -propósito deve ser explicado, não tomado como explicação -determinadas contingências produzem determinados sentimentos -as causas do comportamento estão no presente e no passado, não no futuro -expectativa, na realidade, é um estímulo que antecede um estímulo de maior magnitude -atenção e percepção: comportamento discriminado (forma própria de olhar o mundo) -> precisa de treinos discriminativos -a percepção nunca é a mesma -atenção e percepção: comportamento controlado de forma discriminada -> emissão de uma resposta que te coloque em contato com um estímulo -> do ponto de vista comportamental, são a mesma coisa -a diferença é o contexto em que se apresentam -atenção: operante discriminado com base na história de reforçamento de responder a um S ou a propriedade de um S -percepção: quando algo incide sobre a gente -atenção: quando uma resposta prévia te coloca em contato com algo -resposta de observação: coloca em contato os estímulos discriminativos -> aumenta a probabilidade de reforçamento -> exemplo: sou diabética e me auto-observar aumenta a probabilidade de eu acertar a resposta se estou hiper ou hipoglicêmica -o 2o experimento relatado no capítulo do livro mostra que atenção e percepção podem ser controlados por esquemas de reforçamento; o nosso padrão depende do tipo de reforçamento atuante -> nossa capacidade de observar também está sob controle de reforçamento operante; a forma como você observa depende do tipo de esquema de reforçamento -S com mais de uma característica = S composto -conhecimento é uma forma de se comportar -conhecer é se comportar de modo discriminado a certas situações -conhecer significa que você sabe se comportar em determinadas situações -conhecer sobre (falar sobre o fenômeno) x conhecer sobre como fazer (executar um conjunto de ações) -formação de conceito não envolve apenas se comportar em relação ao objeto de conhecimento, envolve responder diferentemente diante de outros objetos (não só chamar cachorro de cachorro, mas não chamar cachorro de gato) -> responder de forma discriminada a elementos de uma situação -discriminação interclasses: diferenciar cachorro de gato de galo -generalização intraclasses: diferenciar poodle de pug de dálmata → base da formação de conceitos -abstração: -discriminação baseada em uma propriedade singular do S,independente de outras propriedades -também é formação de conceito, mas diz a um aspecto da relação -diz respeito à identificação de propriedades muito específicas

-só terá sucesso uma discriminação com base em abstração (por exemplo, um pombo aprender a cor vermelha) se o S for infinitamente variado (forma, tamanho, etc) para testar se a abstração do conceito desejado foi aprendida independente de suas propriedades DISCRIMINAÇÃO CONDICIONAL -processo de discriminação que envolve S condicionais -descrição do experimento do Vitor → parte do que Vitor realizou, com certeza, envolveu a relação de controle de S descrita pelo conceito de discriminação → as consequências diferenciais para o responder diante de determinado S dependiam da relação entre esse S (no caso, um dos objetos) e um outro S (no caso, o desenho apontado pelo pesquisador) → o valor do S antecedente (os objetos ou as letras de metal) dependia de um outro S (o desenho apontado ou as letras impressas) -a função do S antecedente de Sd ou de Sdelta depende da presença de um outro S -como contingências, as discriminações podem ser efetivas sob algumas condições, mas não sob outras. Tais discriminações, em que o papel de um S depende de outros que forneçam o contexto para ele, são denominadas discriminações condicionais -chamamos, então, de discriminação condicional a “discriminação em que o reforço do responder na presença de um S depende (é condicional a) outros S -matching to sample (emparelhamento com o modelo, MTS) se refere ao processo envolvido na discriminação condicional -a literatura mais recente passou a nomear o S condicional de S modelo ou amostra e os S discriminativos e delta de S comparação ou escolha -o matching to sample é, então, um dos tipos de procedimento de discriminação condicional. Esse procedimento, quando produzir o desempenho de emparelhamento generalizado, pode ser chamado de matching por identidade → MTS: tipo de emparelhamento no qual os critérios para o emparelhamento dos S se baseiam na similaridade entre suas propriedades físicas -procedimentos de emparelhamento por singularidade (oddity): o S modelo é apresentado e uma resposta a esse S produz os S comparação. O que distingue esse procedimento, sua característica básica, é que a resposta ao S comparação diferente do S modelo produz o S reforçador, e a resposta ao S comparação igual ao S modelo, não. Em outras palavras, no procedimento de emparelhamento por singularidade, o reforço é contingente à resposta ao S que é diferente do S modelo (o S singular). -o S modelo e a posição do S de comparação correto devem variar durante as tentativas que compõe o procedimento -emparelhamento arbitrário (arbitrary matching): tipo de MTS no qual os critérios para o emparelhamento dos S não se baseiam na similaridade entre suas propriedades físicas -reversibilidade: propriedade do comportamento simbólico; que o sujeito responda acuradamente diante da inversão proposta; por exemplo quando uma criança que aprendeu a apontar para a figura de um carro ao ver a palavra carro, pode apontar para a palavra ao ver a figura -formação de classes de estímulos equivalentes → assume-se que uma discriminação condicional bem estabelecida demonstra não apenas relações condicionais entre os S mas também relações de equivalência → reflexividade, simetria e transitividade

→ a reflexividade pode ser testada por um procedimento de emparelhamento por identidade; a prova da reflexividade é o emparelhamento de identidade generalizado -reflexividade: propriedade de equivalência que se refere ao pareamento de um modelo com ele mesmo -simetria: propriedade de equivalência que se refere a reversibilidade de uma relação -transitividade: propriedade de equivalência que se refere à transferência de uma relação a novas combinações através de membros de uma mesma classe -chamar uma relação condicional de emparelhamento com o modelo requer a prova de que a relação possui todas as três propriedades da relação de equivalência -teste de equivalência: o estabelecimento de duas discriminações condicionais relacionadas poderá gerar uma classe de S equivalentes se, entre os S, demonstrar-se a existência de relações emergentes de reflexividade, simetria e transitividade e equivalência -usualmente, o treino prossegue até que o sujeito obtenha 100% de acerto nas seis relações treinadas -tendo aprendido a emparelhar palavras faladas como modelo a palavras impressas de comparação, ele (o participante) foi então capaz, sem ensino adicional, de emparelhar figuras modelo a palavras impressas e comparação e de emparelhar palavras impressas modelo a figuras de comparação e de nomear palavras impressas. Dada a habilidade inicial do sujeito de emparelhar palavras faladas a figuras e de nomear as figuras, ensiná-lo a segunda equivalência auditivo-visual, palavras faladas a palavras impressas, foi suficiente para a emergência de compreensão de leitura puramente visual e de leitura oral -fornece um método para definir “compreensão”: quando se pode mostrar que a relação entre palavras (escritas ou faladas) e coisas é uma relação de equivalência, então podemos dizer que as palavras são compreendidas -com a noção de equivalência de S, podemos ampliar nossa compreensão do comportamento humano, já que temos, com tal noção, elementos para responder à questão de se é possível que S interoceptivos e exteroceptivos participem de uma mesma classe de S...


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