Title | Farmacocinética e farmacodinâmica |
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Author | Letícia Teixeira Guimarães |
Course | Farmacologia |
Institution | Universidade Estadual de Montes Claros |
Pages | 2 |
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Resumo da disciplina de Farmacologia....
FARMACOCINÉTICA
“O que o corpo faz com a droga.” Destino da droga após sua administração. Passagem das drogas através das barreiras da membrana: difusão passiva, difusão facilitada ou transporte ativo. Determina a dosagem da droga considerando idade, sexo, peso, função hepática e renal. Características básicas da farmacocinética: ADME (absorção, distribuição, metabolismo e eliminação).
Absorção
Transporte de uma droga do sítio de aplicação até a circulação. BIODISPONIBILIDADE: fração da droga que atinge o sítio de ação. Vias de administração: oral, liberação controlada, intravenosa, transdérmica, sublingual, subcutânea, intradérmica, intramuscular, retal, pulmonar, intraóssea, ocular tópica, intratecal. BIOEQUIVALÊNCIA: Mesmo ingrediente ativo, concentração, forma de dosagem e via de administração. Igualdade de índice e extensão da biodisponibilidade entres dois produtos. SIMILAR: não tem atestada a bioequivalência ao medicamento de referência. GENÉRICO: tem bioequivalência ao medicamento de referência. Lei dos genéricos: 90% do princípio ativo de referência.
Distribuição
Distribuição pelos diversos tecidos para o efeito farmacológico. Fatores relacionados: baixa lipossolubilidade (mais difícil de penetrar nas MP); alta ligação a proteínas plasmáticas e baixa ligação aos tecidos (diminui ligação ao sítio de ação); alta ligação aos tecidos (acúmulo nos tecidos). Redistribuição (droga se acumula nos tecidos e depois volta à circulação); transferência placentária.
Metabolismo
Ocorre principalmente no fígado. Influenciado por dois mecanismos independentes: atividade das enzimas metabolizadoras e fluxo sanguíneo hepático. Enzimas microssomais: citocromo P450 (CYP). Indutores do CYP450 (diminuem concentração da droga que compete pela enzima): tabaco, etanol, fenitoína, rifampicina, isoniazida, fenobarbital, carbamazepina, barbitúricos, corticoides. Inibidores do CYP450 (aumentam concentração da droga que compete pela enzima): mexiletina, lidocaína, verapamil, amiodarona, propafenona, quinidina, diltiazem, nifedipina, nitrendipina, cimetidina, omeprazol. Fluconazol, metronidazol, sulfametoxazol, cetoconazol, paroxetina, fluoxetina, claritromicina.
Eliminação
25-30% dos fármacos ou seus metabólitos são eliminados predominantemente pelos rins. A taxa de excreção renal depende da filtração glomerular, da reabsorção e da secreção tubulares. Além da excreção renal, as drogas também podem sofrer eliminação fecal, pulmonar, na bile e no leite materno.
Farmacocinética clínica
Efeito da droga e concentração da droga em um determinado local. Efeito terapêutico ou tóxico. Parâmetros mais importantes: biodisponibilidade, volume de distribuição, clearance e meia-vida de eliminação. MEIA-VIDA: tempo necessário para que o total da droga no organismo (concentração plasmática) seja reduzida pela metade.
Geralmente 3-5 meias-vidas são necessárias para se obter um estado de equilíbrio (steady-state) → intervalo posológico. Cálculo de dosagem: volume de distribuição, clearance, meia-vida terminal, estado de equilíbrio.
FARMACODINÂMICA
“O que a droga faz com o corpo.” Define o mecanismo de ação da droga, incluindo a interação com o local de ação e a resposta induzida. Fatores envolvidos na relação dose-efeito: Dose prescrita (erros de prescrição, não entendimento do paciente); Dose administrada (total e extensão da absorção, tamanho do corpo e composição, distribuição nos fluidos do corpo, ligação a proteínas plasmáticas e tecidos, taxas de metabolismo e excreção); Concentração no sítio de ação (variáveis fisiológicas, fatores patológicos, fatores genéticos, interação com outras drogas, desenvolvimento de tolerância); Efeito da droga (interação da droga com o receptor, estado funcional, seletividade da droga, efeito placebo, resistência)....