Fichamento: Pedagogia da Autonomia PDF

Title Fichamento: Pedagogia da Autonomia
Author Lucas Grando
Course Profissão Docente
Institution Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Summary

Fichamento do livro Pedagogia da Autonomia....


Description

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

NOME

O QUE SIGNIFICA A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA PARA PAULO FREIRE

São Leopoldo 2018

1 Capitulo 1 Não há docência sem discência O interesse central do livro é apresentar saberes indispensáveis à pratica docente de educadores críticos, progressistas, porém alguns saberes dizem respeito à prática educativa em si, sendo assim, são igualmente necessários a educadores conservadores. Ensinar é dar forma, estilo ou até mesmo alma para um aluno indeciso, quem ensina aprende ensinando, e quem aprende ensina aprendendo. Não existe ensinar sem antes aprender, foi aprendendo socialmente que homens e mulheres descobriram que era possível trabalhar maneiras, caminhos e métodos de ensinar. 1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica Um educador democrático não pode deixar de reforçar a capacidade crítica, a criatividade e a insubmissão do aluno. Para fazer com que o aluno tenha um aprendizado crítico é necessário um educador criativo, investigador, inquieto, curioso, humilde e persistente. O educador que já teve ou continua tendo experiência na produção de saberes sabe que esses saberes não podem simplesmente serem transferidos a seus alunos, pelo contrário, os alunos vão se tornando construtores e reconstrutores desses saberes ensinados. Assim, o saber ensinado é apreendido e aprendido pelos alunos. Assim percebemos a importância do papel do professor, ele não apenas ensina os conteúdos, mas ensina a aprender a pensar certo, tornando-se assim um professor crítico e não um simples memorizador e repetidor de frases e ideias. Um memorizador pode dedicar horas a fio a ler um determinado livro, repete as frases prontas, porém não ensaia nada pessoal, não percebe relação nenhuma com o que leu e com o que vem ocorrendo no seu país. Apenas quem pensa certo, pode ensinar a pensar certo, uma condição necessária para pensar certo é nunca estar sempre certo de todas as suas certezas. O professor que pensa certo ensina aos alunos conhecer e intervir no mundo. 1.2 Ensinar exige pesquisa Não existe ensino sem pesquisa, um educador que pensa certo, enquanto ensina continua buscando, indagando, e indagando a si próprio. A pesquisa tem o intuito de conhecer o que ainda não se conhece e anunciar a novidade, para que o conhecimento se espalhe. O que caracteriza o senso comum é a curiosidade ingênua, um professor que pensa certo respeita o senso comum e incentiva e estimula a capacidade criativa do aluno. 1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos

2 Um professor que pensa certo não apenas respeita os saberes com que os alunos chegam na sala de aula, saberes esses construídos na prática comunitária, principalmente pelos alunos de classes populares, mas também discute esses saberes relacionando-os com os conteúdos das aulas. Aproveitando a experiência que os alunos, que vivem em áreas descuidadas pelo governo, para debater com eles assuntos como poluição e riscos que os lixões a céu aberto apresentam para a sociedade. 1.4 Ensinar exige criticidade Não há diferença entre ingenuidade e criticidade, entre o saber que resulta da experiência e o que resulta de processos rigorosos, ou seja, uma superação. A superação se dá quando se criticiza a curiosidade ingênua, ao criticizar torna-se uma curiosidade epistemológica. Não haveria criatividade sem a curiosidade; a curiosidade humana vem sendo, ao decorrer dos anos, socialmente construída e reconstruída e um dos deveres do educador progressista é despertar o desenvolvimento da curiosidade crítica. 1.5 Ensinar exige estética e ética A necessária transformação da ingenuidade à criticidade deve ser realizada com uma formação ética, sempre ao lado da estética. A prática educativa precisa ser uma demonstração de decência e de pureza, mesmo que as vezes sejamos tentados a deixar as dificuldades que os caminhos verdadeiros nos mostram. Nós, como seres humanos, somos capazes de comparar, valorar, intervir, escolher, decidir romper e por isso somos seres éticos, somos por que estamos sendo, é por isso que transformar a experiência em treinamento técnico é ignorar o seu caráter, que é algo essencial no exercício educativo. Pensar certo exige profundidade na compreensão e interpretação dos fatos, reconhece-se não apenas a possibilidade e o direito de mudar de opinião, mas também de fazê-la, assumindo os riscos da mudança; pois do ponto de vista de pensar certo não há como mudar de opinião e fazer de conta que não mudou. 1.6 Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo O professor que pensa certo e ensinar certo não acredita na expressão “faça o que eu mando e não o que eu faço”, pois, pensar certo anda junto com o fazer certo, quem pensa certo sabe que faltando corporeidade nas palavras elas pouco valem. O educador que pensa certo, e busca argumentos para sustentar suas afirmações com segurança, não tem motivos para nutrir raiva ao discordar de outra pessoa, ou impedir que essa outra pessoa fale ou argumente, não é assim que se pensa certo ou se age certo, a generosidade faz parte do pensar certo.

3 1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação O educador que pensa acerto, entente a disponibilidade ao risco, aceita o que é novo e não pode ser negado, assim como se recusa ao velho não apenas por ser velho, algo velho, porém com validade preservada continua novo. Faz parte do pensar certo não aceitar qualquer forma de discriminação, seja ela racial, de classe, gênero, ou qualquer outra que ofenda algum ser humano, isso seria negar a democracia. Nos vemos longe da democracia ao nos deparar com a impunidade dos que matam meninos nas favelas, daqueles que matam os camponeses protestado a favor de seus direitos, daqueles que queimam igrejas que pregam religiões diferentes das suas. O pensar certo exige humildade, bom senso, para que se possa evitar exageros que levam ao ridículo, a insensatez e a arrogância do pensar errado. O pensar certo é diálogo, pois a tarefa coerente do professor que pensar certo não é transferir conceitos, é se fazer compreender, desafiar o aluno com quem se comunica, a produzir sua própria compreensão do que vem sendo ensinado. 1.8 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática A prática docente implica em pensar certo, envolve o fazer e o pensar sobre o que fazer. O aluno da prática docente precisa entender que o pensar certo precisa ser produzido por ele mesmo, juntamente com o professor; é necessário que a curiosidade do aluno vá se tornando crítica. Por isso, na formação de professor, é fundamental refletir criticamente sobre a prática, é pensando criticamente a prática de ontem que melhoramos a de amanhã. Ou seja, quanto mais percebo as razões de ser assim hoje, mais me torno capaz de promover a curiosidade ingênua em curiosidade epistemológica. O emocional é um elemento fundamental para assumir a responsabilidade pelos males, além de conhecer que determinada atitude faz mal, há agora a responsabilidade e a raiva pela atitude depois há a alegria por ter sentido aquela raiva. É na raiva que se protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, exploração, desamor; a raiva só não pode ultrapassar os limites e tornar-se odiosidade. 1.9 Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural Uma das tarefas mais importantes para o professor, na prática educativo-crítica, é ajudar nas relações dos alunos uns com os outros e todos com o professor, assim os alunos ensaiam a experiência de assumir-se como um ser social, um ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos.

4 A aprendizagem da assunção não condiz com elitismo autoritário dos que pensam serem donos da razão e do saber, pois isso o respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista. Um simples gesto do professor pode significar a força formadora, a assunção de si mesmo do aluno, as vezes o professor não sabe a importância que um pequeno gesto pode fazer na vida dos educandos, um gesto pode significar mais do que a própria nota, pode trazer confiança para que o aluno saiba que é possível trabalhar e produzir, de que é possível que o aluno confie em si mesmo. Esses gestos dos educadores precisam ser tratados com mais importância, é algo que deveria ser refletido com mais frequência. As experiências informais nas escolas deveriam ser levadas mais a sério, mas infelizmente fala-se apenas dos conteúdos, lamentavelmente entendidos como transferência do saber. Se estivesse claro que foi aprendendo que se descobriu que poderia ensinar, teria se entendido a importância das experiências informais na escola, nos intervalos, na sala, nas ruas. O que mais importa na formação docente, não é a repetição mecânica dos gestos, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança, do medo que ao ser ducado vai gerando coragem. Capítulo 2 Ensinar não é transferir conhecimento

Pensar certo é saber que ensinar é criar possibilidades para a produção do conhecimento, ao adentrar a sala de aula o professor precisa estar aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos. 2.1 Ensinar exige consciência do inacabamento Um professor crítico é um professor que aceita o diferente, nada do que se experimenta na docência deve ser repetido, deve-se estar ciente de que se é um ser cultural, histórico, inacabado e consciente do inacabamento. O inacabamento do ser humano é próprio das experiências da vida, onde se tem vida há inacabamento. A invenção da existência a partir dos materiais que a vida oferecia levou as pessoas a promover o suporte em que os outros animais continuam, em mundo. O suporte foi criando o mundo e a vida na proporção que o corpo humano vira corpo consciente, captador, apreendedor, transformador, criador da beleza e não um espaço vazio a ser preenchido com conteúdos. No momento em que os seres humanos interviram no suporta já não é mais possível viver sem tensão radical e profunda entre o bem e mal, entre

5 a dignidade e a indignidade, entre a decência e o despudor, entre a boniteza e a feiura do mundo 2.2 Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado A diferença entre ser condicionado e ser determinado é ter a consciência de que se é um ser inacabado e que pode ir além dele. A posição no mundo é de quem luta para ser um sujeito na história e não apenas um objeto. Mulheres e homens se tornaram seres, de quem a curiosidade que ultrapassa os limites peculiares, se torna um produtor do conhecimento, a curiosidade por si só já é um conhecimento. O ser que se compreende como inacabado automaticamente se insere num permanente movimento de busca, por isso que estar no mundo significa estar com o mundo e com os outros. Estar no mundo sem fazer história, sem cantar, sem cuidar da terra, sem filosofar, sem ciência, sempre aprender, sem ensinar, sem politizar não é possível 2.3 Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando Outro saber necessário à pratica educativa é o que fala do respeito à autonomia do ser do educando, seja ele criança, jovem ou adulto. O respeito à autonomia e dignidade de cada um é essencial e ético e não um favor que podemos ou não conceder. O professor que desrespeita a curiosidade do aluno, seus gostos, sua linguagem, que diminui o aluno, tanto quando o professor que foge ao seu dever de ensinar, infringe os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência. 2.4 Ensinar exige bom senso É o bom senso que adverte que exercer a autoridade de professor na sala de aula, tomando decisões, orientando, estabelecendo e cobrando tarefas tanto individuais como produções coletivas não é sinal de autoritarismo. Autoritarismo não deve ser confundindo com autoridade. Quanto mais pomos em prática a nossa capacidade de indagar, de comparar, de duvidar, quanto mais somos curiosos, mais crítico se faz o nosso bom senso. A prática docente, especialmente humana, é profundamente formadora, por isso, exige ética. 2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores A luta em favor do respeito aos educadores e à educação inclui que a briga por salários menos imorais é um dever irrecusável e não apenas um direito. O combate em favor da dignidade da prática docente deve ser entendido como um momento importante na prática docente, enquanto prática ética. É imprescindível que o professor seja uma pessoa humilde e tolerante, que saiba entender o diferente, pois só assim vai respeitar a curiosidade e a timidez do aluno.

6 2.6 Ensinar exige apreensão da realidade Como professor é essencial se mover com clareza na prática, pois assim é possível conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática. A capacidade de aprender, que surge a de ensinar, implica a nossa habilidade de apreender a absorção do objeto aprendido, apreender vai além da simples memorização. Reconstruir um mal aprendizado vem da habilidade de apreender a absorção do objeto. Aprender é uma aventura criadora, por isso mesmo muito mais rico do que simplesmente repetir uma lição dada, aprender é construir, reconstruir, constatar para mudar. A posição do professor tem que ser a de respeito perante aos alunos, tanto àquele que quer mudar, como aquele que não quer, não se pode negar ao aluno o direito de rejeitar a posição política do professor, porém o professor, em nome do respeito aos alunos, não pode omitir ou tentar esconder sua posição política. A omissão aos alunos é a pior forma de desrespeita-los. 2.7 Ensinar exige alegria e esperança É importante que o professor sempre cumpra a prática com a alegria, mesmo que nem sempre possa gera-la nos alunos. Existe uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança de que professor e alunos juntos, podem aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria. A esperança faz parte da vida do ser humano, como professor é importante questionarmos com podemos mudar o cotidiano de pessoas de classes mais baixas, que vivem em faveladas à lixões abertos, que buscam em latas de lixo o sustento da família. 2.8 Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível O mundo não é, o mundo está sendo e o papel do professor não é apenas o de quem constata o que ocorre, mas também o de que quem intervém perante a desigualdade e injustiças. Todos nós temos perguntas que devem serem feitas, insistentemente, perguntas essas que nos fazem ver a impossibilidade de estudar apenas por estudar, como se o mundo a nossa volta nada tivesse a ver com nós. Uma questão a ser lidadas pelo professor é a de transformar a rebeldia em posturas revolucionárias, que se engajam no projeto de melhorar o mundo, de mudar, por mais difícil que pareça, sempre é possível. É esse saber de que mudar é possível que gera a esperança. 2.9 Ensinar exige curiosidade

7 O professor com atitudes autoritárias, com uma prática de negação acaba inibindo a curiosidade do aluno e a à sua própria. Sem a curiosidade que move, que inquieta, que insere e busca o professor não aprende e, consequentemente, não ensina. A construção ou a produção do conhecimento de determinado objeto, sua capacidade de comparar, perguntar, implica o exercício da curiosidade; e o professor deve estimular a pergunta e a reflexão crítica sobre a pergunta. A prática da curiosidade a faz mais criticamente curiosa, convoca a imaginação, intuição, emoções, a capacidade de comparar. Satisfeita a curiosidade, a capacidade de inquietar-se continua existindo. Um saber fundamental é advertir a necessária promoção de curiosidade espontânea à curiosidade epistemológica. Capítulo 3 Ensinar é uma especificidade humana Uma qualidade essencial que a autoridade docente democrática deve demonstrar a seus alunos é a segurança em si mesma. Segura de si, a autoridade não necessita, a cada instante, fazer o discurso sobre si mesma, querendo que o aluno “se coloque no seu lugar”, segura de si ela exerce sua função com sabedoria. 3.1 Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade A competência do professor decorre da sua segurança e da sua generosidade em sala de aula, um professor que não estuda, é mesquinho, que julga os alunos e que minimiza a liberdade é alguém que não leva a sério a profissão docente. O papel do professor democrático não é marcar as lições que devem ser ensinadas, mas mesmo tendo um calendário a seguir sabe que o fundamental no aprendizado do conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume. 3.2 Ensinar exige comprometimento Não é possível exercer a profissão docente como se nada ocorresse conosco, não se pode ser professor sem se colocar diante dos alunos, sem revelar com facilidade sua maneira de ser, de pensar politicamente. Como o aluno percebe o professor tem total importância para o desempenho do profissional. 3.3 Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo Um saber que não deve ser ignorado é que, como experiência especificamente humana, à educação é uma forma de intervenção no mundo. A educação jamais foi e jamais

8 poderá ser neutra ou indiferente a reprodução da ideologia dominante, ideologia essa, que quer que a educação seja uma prática imobilizadora e ocultadora de verdades. 3.4 Ensinar exige liberdade e autoridade O grande problema dos educadores democráticos é trabalhar no sentido de fazer possível que a necessidade do limite seja assumida eticamente pela liberdade. Quanto mais a liberdade se torna crítica e assuma o limite tanto mais autoridade tem nela, de uma forma ética, para continuar lutando em seu nome. A liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus diretos em face a autoridades dos pais, do professor, do Estado, claro que nem sempre o adolescente faz a escolha certa de liberdade, porém os pais precisam assumir que o futuro é dos seus filhos e não seus próprios, o filho sempre deve ter o direto de provar a maluquice que é sua ideia. O que é preciso é que o filho assuma, de uma forma ética e responsável sua decisão, assim a autonomia vai se constituindo. 3.5 Ensinar exige tomada consciente de decisões A educação tem a vocação de criar sonhos, ideias, utopias e objetivos, por isso é impossível uma neutralidade na. Na educação se luta para um respeito com os educadores, por parte da administração pública ou privada das escolas, nesse caso uma neutralidade seria apenas uma maneira cômoda e hipócrita de esconder a opção política do educador e o medo de acusar uma injustiça. 3.6 Ensinar exige saber escutar O educador que escuta aprende a difícil lição de transformar o seu discurso necessário em uma fala com o educando, é escutando pacientemente e criticamente que se aprende a falar. Quem tem o que dizer deve assumir a responsabilidade de motivas, desafiar quem escuta, no sentido de quem escuta interaja falando, respondendo, dando sua visão do mundo sobre determinada fala. É intolerável que o educador se dê o próprio direito de ser o dono da verdade, um educador democrático aprende a falar escutando, onde os alunos se calam para escutarem, silenciosos, o professor, diferente de um professor autoritário onde os alunos ficam silenciados. 3.7 Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica A ideologia tem a ver diretamente com a ocultação da verdade, com o uso de linguagem para mascarar a realidade ao mesmo tempo em que nos torna “míopes”, precisamos aceitar que o que vemos e ouvimos é a realidade, e não uma realidade distorcida, criada pela mente. A capacidade de mascarar a realidade que tem a ideologia faz com que aceitemos determinadas ações do governo, ditadas pelos interesses de quem têm

9 o poder, por que não há como evitar ou não há como mudar isso. O professor precisa estar ciente da existência do discurso ideológico, começando pelo que proclama a morte das ideologias. 3.8 Ensinar exige disponibilidades para o diálogo Um professor precisa se sentir seguro ao falar sobre determinado assunto para seus alunos, não seguro por que já sabe de mais, mas seguro por que não há razão para ter vergonha por desconhecer algo. Seria impossível saber-se inacabado e não se abrir para o mundo à procura de novas explicações, novas descobertas. É preciso abrir-se a realidade dos alunos, somar o conteúdo das aulas com a reali...


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