Fichamento – Texto Lopez, Luiz Roberto. A Revolução Mexicana. In . História da América Latina. 4. ed. Porto Alegre Mercado Aberto Ltda. p. 132-143 PDF

Title Fichamento – Texto Lopez, Luiz Roberto. A Revolução Mexicana. In . História da América Latina. 4. ed. Porto Alegre Mercado Aberto Ltda. p. 132-143
Author Anna Teixa
Course História das Américas II
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Resumo do texto - Lopez, Luiz Roberto. A Revolução Mexicana. In . História da América Latina....


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Fichamento – LOPEZ, Luiz Roberto. A Revolução Mexicana. In: ___. História da América Latina. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto Ltda. p. 132-143.

1. REFERÊNCIAS DO TEXTO LOPEZ, Luiz Roberto. A Revolução Mexicana. In: ___. História da América Latina. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto Ltda. p. 132-143. 2. RESUMO INTERPRETATIVO DO TEXTO Lopez dedica 11 páginas de sua produção História da América Latina à explicação do que foi a Revolução Mexicana do início do século XX. Em uma primeira parte, analisa as condições históricas pré-revolução da sociedade mexicana, isto é, o contexto político e econômico de fins do século XIX, no qual a nação se encontrava sob o domínio ditatorial de Porfírio Diaz. Este abarcara um amplo projeto de modernização “para fora” do México, estendendo a malha ferroviária e a entrada de investimentos ingleses e estado-unidenses. Em contrapartida, fez-se valer um amplo processo de concentração fundiária e aumento da pobreza, sendo um dos fatores a Lei dos Baldios, que tornava a terra indígena comunal em terra passível de comercialização. Tanto no norte como no sul do país, verificar-se-á o grande peso da questão agrária nas agitações sociais. O autor deixa a entender que o proletariado de alguns poucos centros urbanos irá também se mostrar anti-establishment, mas logo serão silenciados ou cooptados pelas elites. Outro grande fator da revolução foi a contestação às influências estrangeiras, sobretudo a estado-unidense, na soberania econômica do México. A partir de 1905, Diaz, talvez em uma tentativa de alívio social, tomou ações favorecendo o capital inglês, o que desagradou aos EUA. No início do século XX, o Porfiriato oligárquico e excludente mostrava-se cada vez mais insustentável para com a modernidade econômica e política do próprio México e de outras partes do mundo. A queda do ditador Diaz em 1911 representou também uma mudança nos símbolos nacionais e o que eles significavam na construção do sentimento pátrio. Figuras antes saudadas, como Cortez, agora seriam substituídas por personagens indígenas, como Montezuma. Alguns setores da elite, aliados às classes médias e populares, sentindo-se alheios

ao processo político do país, criaram um novo discurso cultural para, justamente, controlar e cooptar essas massas, preferindo os reformismos e a aversão ao estrangeiro. Francisco Madero, oposição a Diaz e defensor de reforma agrária e democracia representativa, assumiu o poder quando da fuga do ditador, acuado pelo início de guerrilhas rurais por todo o país. Dever-se-á destaque a Emiliano Zapata e Pancho Villa, líderes populares e revolucionários, que irão fazer frente também ao governo centrista-liberal de Madero. Instável, o governo foi logo derrubado pelo exército sob o comando do general Huerta – além do apoio do governo dos EUA -, com o assassinato de Madero. O governo do general se mostrara muito semelhante ao autoritarismo e ao reacionarismo de Diaz, o que levou a uma série de líderes, incluindo Pancho Villa e Venustiano Carranza, a assinar o Pacto de Torréon, que visava a promulgação de uma Constituição. Apesar do apoio estado-unidense na derrubada de Madero, os ianques não declararam suporte ao governo de Huerta, possivelmente pela preferência deste pelos investidores ingleses. Contudo, uma aliança econômica entre EUA e Reino Unido pôs o governo mexicano em desespero, tendo que procurar outros capitais, citados no texto o alemão e o japonês. O “calote” da dívida externa, a prisão de marinheiros e oficiais estado-unidenses em Tampico e o bloqueio naval dos EUA a Vera Cruz, porto mexicano que receberia armamento alemão, também contribuíram para a desestabilização do país. Por meio de uma reunião diplomática em Niagara Falls, foi estabelecido que o general deveria renunciar; ele se recusou e em 1914 Carranza tomou o poder pelas armas, aglutinando os interesses elitistas frente a um crescente radicalismo popular. Villa e Zapata romperam com o constitucionalismo reformista de Carranza e continuaram seus movimentos de guerrilha, sendo aquele localizado no norte e próximo à fronteira dos EUA, levou a uma intervenção estado-unidense no México de quase um ano. A Constituição de 1917 indicou uma série de reformas estruturais: o paternalismotrabalhismo, o reconhecimento dos ejidos indígenas e a nacionalização da terra e recursos mexicanos. As derrotas militares de Villa e Zapata sinalizaram o que o autor chamou de “involução” da revolução. A agitação social fora canalizada para a formação de um Estado intervencionista e fornecedor de serviços e/ou direitos sociais. Contudo, o que se viu na realidade foi uma reestruturação do Estado para atender aos interesses da burguesia que estava mais uma vez voltada para o mercado e o investimento externo. Somente em 1929, com a crise mundial do capitalismo, o fervor da Revolução Mexicana irá ser retomado pela sociedade, sendo o processo liderado por Cárdenas que, apesar de reformista, levará a cabo os projetos lançados pela Constituição de 1917. Inclusive, adotará

medidas diferentes do varguismo no Brasil de mesma época, como a não-intervenção em greves de operários e camponeses. 3. IDEIA CENTRAL DO TEXTO Pode-se afirmar que Lopez defende em seu trecho sobre a Revolução Mexicana a diacronia do processo, enquanto perpassa por momentos revolucionários e outros involucionários/reformistas. Utiliza-se da história factual bem como da discussão historiográfica para analisar os fatores internos e externos que desencadearam as revoluções/involuções. Para além disso, possui uma teoria da História bastante marxista, o que caracteriza sua constante argumentação de luta de classes. Contudo, essa luta de classes, ao seu ver, parece ter sido em parte freada pela burguesia ou cooptada aos seus interesses. Para o autor, a falta de coesão de um movimento único entre operários e camponeses e o financiamento e até intervenção estrangeira em favor do status quo não possibilitaram a concretização de um verdadeiro “abalar” das estruturas políticoeconômicas, que desejavam Villa e Zapata. Assim, como o próprio Lopes finaliza seu capítulo, o Estado mexicano passou a ser o grande mediador e solucionador dos conflitos intra e inter-classes, colocando um grande poder nas mãos do chefe do Executivo, o presidente....


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