Historia - Apontamentos 1,2 PDF

Title Historia - Apontamentos 1,2
Author Valeria Pereira
Course Educação Inclusiva e Diversidade
Institution Universidade Nilton Lins
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Summary

A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e lugares...


Description

RELATÓRIO FINAL DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA

A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e lugares O que somos hoje é o reflexo do que ocorreu no passado. Nossos antepassados enfrentaram problemas, produziram mudanças lentas e progressivas e nos deixaram como heranças suas culturas e seus costumes. O presente não seria nada se não existisse o passado é através dele que estabelecemos mudanças para o nosso presente e também para o futuro. Somos resultado de um movimento incessante, por isso não é possível uma natureza humana com características universais e eternas. Pois não há ser humano universal que sirva de modelo em todos os tempos. E o motivo para não nos compreendermos fora da nossa pratica social, é que a mesma se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Fazemos da mesma maneira com a história da educação, construindo interpretações das maneiras que os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que os orientam. Por isso o educador consciente e crítico deve ser capaz de compreender sua atuação com relação aos seus antecessores, agindo de maneira intencional e não intuitiva e ao acaso. Cada povo tem um modo de relatar sua história. Nas civilizações antigas esses relatos eram baseados em suas mitologias. À medida que o tempo ia passando, o homem passou a questionar sua existência tentando compreende-la, com isso ele passou a acreditar que o mundo era imóvel e eterno. Entretanto alguns historiadores começaram a registrar o tempo, as mudanças. Mesmo assim, essas investigações não eram vistas como ciência, por serem influenciadas da imaginação de quem relatava. Conforme o homem evoluía e lutava por mudanças, igualmente seu modo de pensar o mundo e o questionamento sobre sua existência eram influenciados. O homem deixou de acreditar que as mudanças ocorriam por intermédio de deuses, e passou a acreditar que só através de suas atitudes, do seu querer é que se concretizavam as mudanças. Hoje em dia, existem vários métodos de se investigar a historia e muitos deles ainda são questionados. Por isso, é importante saber como os historiadores estudam, pois orientações metodológicas e filosofias da historia estão inseridos no processo de interpretação dos fatos. A memória histórica deve ser preservada, ela é a herança de uma geração para outra. Sem a história como saberíamos quem foi nossos antecessores, como viviam, quais eram suas necessidades.

A história existe por causa do tempo e das pessoas que a vivencia, sem isso não a temos. A cultura, a origem, a sociedade também influenciam a memória histórica. Com isso surgem as mudanças, e a história é o tempo todo reescrita. A cada dia surge um fato novo para acrescentarmos na história, por isso que ela nunca é idêntica em todos os tempos e nem em todos os lugares. A história da educação foi por muito tempo ignorado e considerada pouco nobre para alguns pesquisadores. Partir da reestruturação do campo disciplinar da historia da educação do rompimento com o seu modelo fundador abriu-se então os olhos dos pesquisadores, para uma multiplicidade de novos objetos e temas de pesquisa com novas e diversas possibilidades e interpretação de leituras. A história da educação é importante para cultivar uma duvida saudável e a promover pessoas criticas. Vivemos com pessoas de diferentes religiões e culturas, por isso a história precisa cumprir o papel de ajudar as comunidades e as pessoas a dar um sentido ao seu trabalho educativo. Percebemos hoje que a educação no Brasil precisa mudar radicalmente, e como os educadores tem sentido a necessidade de ver, ouvir e falar de uma escola que realmente ensine forme os ditos cidadãos críticos. Pessoas capazes de não serem manipuladas, ou condicionadas por um sistema de alienação, que a cada dia prende-nos e impossibilita-nos de sermos pessoas e de pensarem livremente e de sermos autônomos em nossos próprios desejos e vontades, pois cada um de nós é capaz de fazer e cria. Ninguém esta contente com a escola. Os pais estão preocupados e insatisfeitos com a aprendizagem dos seus filhos. Os professores se sentem casados e frustrados por vários motivos. Um deles é que o professor brasileiro ganha tão pouco, apesar de manter a força e a coragem de viver e de conquistar os seus sonhos. Até os próprios alunos também sentem que a escola não foi feita para eles, invés de incentivar a criatividade e o prazer, a escola mostra ao aluno que ele realmente não deveria estar ali, pois desconsidera a sua liberdade, seu estado social e emocional, mostrá-lo que tudo que ele faz esta puramente errada, mas parece que o erro é a coisa mais importante na escola. A memória histórica deve ser preservada, ela é a herança de uma geração para outra. Sem a história como saberíamos quem foi nossos antecessores, como eles viviam, quais eram suas necessidades. A história existe por causa do tempo e das pessoas que a vivencia, sem isso não a temos. A cultura, a origem, a sociedade também influenciam a memória histórica. A cada dia surge um fato novo para acrescentarmos na história, por isso que ela nunca é idêntica em todos os tempos e nem em todos os lugares. O ser humano é um ser social e o que somos hoje é conseqüência do que ocorreu no passado. Nossos antepassados enfrentaram problemas, produziram mudanças lentas e progressivas e nos deixaram como heranças suas culturas, costumes e feitos. O que nos leva a compreender que

temos raízes, embora o que vivemos e fazemos hoje seja tão diferente dos nossos antepassados. O presente não significa nada sem o passado e é através dele que estabelecemos mudanças para o nosso dia e também para o futuro. Portanto que em cada fato histórico, em cada mudança ao longo do tempo fez com que continuássemos mudando.

ETAPA 2 – A origem da Educação Escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do nascimento da contra-reforma católica O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Destacam-se como causas dessas reformas os abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e foi convocado as desmentir as suas 95 teses pelo imperador Carlos em 1521. Defendeu suas teses mostrando a necessidade da reforma da Igreja Católica. Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. Ficou definido, entre outras metas a catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas. O espanhol Inácio de Loyola criou, em 1534, a Companhia de Jesus, uma nova ordem religiosa com o objetivo de servir e de lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana. Portanto, os jesuítas - soldados de Cristo - através da catequese e da educação, serviriam à ação da ContraReforma, compensando as perdas do catolicismo na Europa com a conversão das populações nativas do Novo Mundo. Os primeiros jesuítas vieram com o primeiro governador-geral, Tome de Sousa. Foram comandados por Manuel de Nóbrega. Padre Anchieta foi o mais destacado no Brasil, veio com o segundo governador-geral, Duarte da Costa. Bahia e São Vicente foram o início das praticas jesuíticas no Brasil. Em seus primórdios, os colégios jesuítas dedicavam-se ao estudo de gramática, humanidades e retórica, por um período de seis anos. Mais três anos de estudo de filosofia, com ênfase para as concepções aristotélica e tomista. A manifestação do senso critico não era o seu ponto forte. A educação era, obviamente, conservadora e tradicionalista. As praticas jesuíticas com os indígenas consistia em ganhar-lhes a confiança, para aos poucos destruir-lhes a

instituições. Sem possuírem o monopólio oficial, os jesuítas, na pratica monopolizavam a educação e a catequese dos nativos, apesar de presença de outras ordens religiosas tais como carmelitas e franciscanos. A História da Educação Brasileira é basicamente de rupturas, Quando os jesuítas chegaram aqui, não trouxeram somente a moral e os costumes religiosos, mas também modelos pedagógicos, os quais funcionaram absolutos por 210 anos. O período em que os jesuítas estiveram no Brasil (1549-1759), teve grande importância, não somente por seu projeto missionário, mas também por sua empreitada educacional. A educação jesuítica no Brasil deve ser entendida dentro de um projeto maior: o da colonização do Brasil. No entanto, é uma fonte interessante para o estudo da história da educação no período colonial brasileiro uma vez que amplia e diversifica a discussão sobre o que se ensinava em termos de conteúdo nos colégios jesuíticos, campo ainda pouco investigado mesmo no interior dos grupos de estudos sobre o período. No século XVIII a Companhia de Jesus já dispunha de oficinas, onde os indígenas aprendiam artes e ofícios mecânicos, os tornando suficientes para as missões. Porém, ensino jesuítico, após duzentos anos de ação pedagógica, foi criticado por filósofos e pelo marquês de Pombal, ministro de Portugal, no século XIX. Para eles, os Jesuítas não estavam transmitindo aos alunos as inovações do seu tempo, não davam importância à história, geografia, e matemática. A próxima ruptura na história da educação do Brasil se deu quando Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, transformando assim a educação em um caos. Várias tentativas foram feitas para acabar com esse caos, tais como: aulas régias, o subsídio literário, mas o caos continuou até que, com a vinda da família real permitiu-se uma nova ruptura. Para preparar a estadia da família real, D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real e o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante foi a Imprensa Régia. Mesmo assim, a educação continuou a ter importância secundária. Por todo império pouco se fez pela educação brasileira e muito se reclamava da sua qualidade. Com a Proclamação da República, tentaram-se várias reformas, mas a educação não sofreu nenhum processo que pudesse ser considerado significativo em termos de modelo. Era preciso desenvolver um espírito mais crítico à maneira de analisar os textos. O ideal de “saber por saber” deixava de ter sentido numa época em que a revolução nas ciências e nas técnicas precisava de um indivíduo prático e transformador. Surgiram então novos críticos, pensadores e novos conceitos quanto à forma de ensino. Os anos subseqüentes foram marcados por grandes mudanças no cenário educacional. Com o desenvolvimento sócio-econômico, movimentos de educação popular tiveram ampla repercussão e enfatizaram a educação geral, enquanto outros se preocupavam com a educação de base. Enfim, mesmo com as críticas ao modo de ensino dos jesuítas, não se pode negar que os mesmos foram de grande importância na descoberta e

implantação da educação aos nossos ancestrais. Ao considerarmos a história como um processo em constante evolução, não se pode considerar esse trabalho como terminado. Novas rupturas estão acontecendo para melhorar a educação e muito se tem a fazer....


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