Manovacuometria e Ventilometria PDF

Title Manovacuometria e Ventilometria
Author mateus Cardoso
Course Clínica Fisioterapêutica Respiratória
Institution Universidade Estadual do Piauí
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Summary

Análise de forma sucinta e objetiva dos principais pontos da fisioterapia respiratoria assim como a insuficiencia espiratória de forma objetiva destacando se tecnicas como manovacuometria e ventilometria e como o profissional fisioterapeutica pode fazer usufruto de tais ferramentas ...


Description

Manovacuometria e Ventilometria

Pressões Respiratórias máximas

maior pressão capaz de ser gerada durante esforços de inspiração (PImáx) ou expiração (PEmáx) contra uma via aérea completamente ocluída .

É considerada como índice de força dos músculos respiratórios

Manovacuometria

• Método simples , reprodutível e não invasivo • Influenciado pelo: – Sexo – Idade – Volume pulmonar – Posição do indivíduo – Cooperação do indivíduo – Variação da técnica empregada

Técnica convencional

• Para avaliação da PEmáx – Inspirar até a Capacidade Pulmonar Total (CPT) – Realizar um esforço expiratório sustentado – Até o Volume Residual (VR)

• Para avaliação da PImáx – Expirar até o VR – Realizar um breve e poderoso esforço inspiratório – Até a CPT

Principais indicações

• Avaliar – Sobrecarga dos músculos respiratórios – Desmame da ventilação mecânica • Quantificar – A progressão da doença • Estabelecer carga para treinamento Oximetria e Capnometria

Princípios Oximetria

• Espectofotometria (SpO2 )

– Leitura das luzes vermelha (660nm) e infravermelha (940nm) – Oxihemoglobina absorve mais a luz infravermelha – Desoxihemoglobina absorve mais luz vermelha • Fotoplestimografia (pulso) – Uma luz monocromática é aplicada sobre o tecido

sanguíneo e mede-se a intensidade de luz refletida por ele

Vários tipos e modelos

Sensores Oximetria

• Diodos emissores de luz vermelha e infravermelha • Fotorreceptor • Pode ser posicionado nos dedos das mãos, dos pés ou lóbulo da orelha

Sensores

Indicações clínicas

• Qualquer paciente que tenha risco de apresentar hipoxemia – Anestesia – Distúrbios respiratórios – Distúrbios neurológicos – Distúrbios cardíacos – Distúrbios do sono

Limitações da técnica

• Interferências ópticas – Carboxihemoglobina e a oxihemoglobina apresentar absorções similares

• Bilirrubina – Pode superestimar o valor da Saturação de O2 • Movimentação – Pode confundir com a pulsação • Luz – Lâmpadas cirúrgicas, fluorescentes e de aquecimento – Utilizar um protetor de material escuro ao redor do sensor

Limitações da técnica

• Corantes intravenosos – Azul de metileno pode causar erroneamente a baixa Saturação de O2

• Esmalte de unha – Pode resultar no decréscimo de 3 – 5% na Saturação de O2 • Baixa perfusão – Baixo débito cardíaco, vasoconstrição, hipotermia, hipovolemia

Limitações da técnica

• Pigmentação da pele – Pele negra pode causar erro na leitura • Anemia – Pode diminuir a Saturação de O2 na presença de hipóxia

Valores de referência

• SpO2 = 95% ± 4% • SaO2 > 95%

CAPNOMETRIA

• A capnometria é a medida da pressão parcial de CO2 na mistura gasosa expirada (PETCO2 )

• Leitura é realizada pela absorção de luz infravermelha • O paciente deve estar com a Cânula orotraqueal • Presença de vapor d Jagua e secreções podem alterar as medidas

Capnografia

• É o gráfico que representa a concentração de CO2 • Fase I – Espaço morto anatômico • Fase II – EM + ar alveolar • Fase III – Ar alveolar

Indicações

• Hipercapnia (↑ CO2 ): – Hipoventilação – Obstrução vias aéreas – Febre • Hipocapnia (↓ CO2 ): – Diminuição débito cardíaco – Hipotensão – Hipovolemia – TEP (Tromboembolismo pulmonar) Prova de Função Pulmonar

Espirometria

Latim:

Spirare = respirar Metrum = medida

É a medida do ar que entra e sai dos pulmões

Objetivos

• Quantificar as alterações pulmonares

• Avaliar evolução clínica do paciente • Avaliar eficácia terapêutica • Detectar riscos pré-operatório • Quantificar ganhos em protocolos

CVF

VEF1 VEF1

/CVF FEF 25-75% PFE ou Peak Flow Espirômetro computadorizado

(fluxo)

Espirômetro Portátil

/CVF FEF 25-75% PFE ou Peak Flow

• Instruções ao paciente: – Sem infecção respiratória nas últimas 3 semanas – Broncodilatadores suspensos por 4 horas

– Jejum não é necessário – Café e chá não devem ser ingeridos nas últimas 6 horas – Cigarro é proibido por 2 horas antes do exame

Realização do exame

• Instruções ao paciente: – Álcool não deve ser ingerido nas últimas 4 horas – Refeições volumosas devem ser evitadas 1 hora antes do exame – O paciente deve repousar 5 a 10 minutos antes dos testes

Realização do exame

• O procedimento deve ser descrito ao paciente: – Evitar vazamento em torno da peça bucal – Necessidade de inspiração máxima – Seguida de expiração rápida e sustentada até a ordem do fisioterapeuta • Deve-se demostrar o procedimento • Dentaduras devem se mantidas, a menos que estejam mal ajustadas • Ambiente calmo e privado

• Evitar roupas apertadas • Posição sentada – CVF em pé > 1% - 2% – CVF deitada < 7% - 8%

• Cabeça posição neutra • Uso clipe nasal • A inspiração até a CPT não deve ser muito rápida • Pausa inspiratória não deve exceder 3 seg • Insere-se o tubo na boca do paciente (sistema aberto)

Realização do exame

• O bucal deve estar sobre a língua, entre os dentes e os lábios cerrados, sem vazamentos • A expiração deve ser rápida, explosiva no início da manobra • A expiração deve ser mantida por no mínimo 6 seg ou até 15 seg, tempo necessário para expirar todo o ar

Realização do exame

• Número de tentativas: – 3 curvas aceitáveis (tempo > 6 seg)

– 2 reprodutíveis (os dois maiores valores de VEF1 e CVF não devem ser > 0,15L) – Não mais que 8 vezes Interpretação Valores “preditos” esperados Sexo idade peso altura

EX: CVF

5 L valor predito obteve 4,5 L (90%) ≥ 80% do predito considera-se normal

Capacidade Vital Forçada

Máxima quantidade de ar que pode ser espirada

Estará reduzida em Processos Restritivos Pós operatório, fibrose pulmonar, Processos traumáticos, dor, drenos, fraturas

SÓ CVF < 80% CARACTERIZA PROCESSO RESTRITIVO

VEF1

Volume expiratório forçado no primeiro segundo. Normalmente = 80% da

CVF

Principal variável para diagnóstico e prognóstico Sua redução pode indicar processos obstrutivos

VEF1

/CVF

Indíce de Tifenneau ou %VEF1 = 0,8 EX: CVF= 5,0 L VEF1= 4,0 L

VEF1

/CVF= 4/5 = 0,8

Abaixo de 0,8 indica obstrução EX: CVF =5,0 L VEF1 = 2,0 (40%)

VEF1

/CVF

Índice de Tifenneau ou %VEF1 = 0,8 EX: CVF= 5,0 L VEF1= 4,0 L

VEF1

/CVF= 4/5 = 0,8

Abaixo de 0,8 indica obstrução

EX: CVF =5,0 L VEF1 = 2,0 (40%) = obstrução?

VEF1

/CVF= 2,0/5,0 = 0,4 Sim, tem obstrução

VEF1

/CVF

Abaixo de 0,8 indica obstrução

EX: CVF = 2,5 (50%) VEF1 = 2,0 (40%) = obstrução?

VEF1

/CVF

Abaixo de 0,8 indica obstrução

EX: CVF = 2,5 (50%) VEF1 = 2,0 (40%) = obstrução?

VEF1

/CVF= 2,0 / 2,5 = 0,8

Não tem obstrução, apresenta um processo restritivo que diminuiu o VEF1

Classificação - gravidade

ATS

• Leve -VEF1> 49% pred • Moderada – VEF1 35-49% • Grave – VEF1 < 35%

Consenso Brasileiro • Estágio I – VEF1 > 60% • Estagio II – VEF1 40% • Estágio III

– VEF1 < 40% • Estágio IV – VEF1< 40% com dispneia hipercapnia

Análise dos Fluxos

FEF 25-75%

Mede o fluxo médio das vias aéreas de pequeno e médio calibre. Sua redução indica doença de pequenas vias aéreas. Primeira variável que altera no tabagismo

Peak Flow ou Pico de fluxo expiratório

PFE

• Reflete o calibre das vias aéreas proximais •  Processos obstrutivos (asma e DPOC) • Medidas seriadas • Dispositivos portáteis • Fornecem informações importantes sobre frequência e intensidade dos sintomas

Peak Flow

Ventilometria

• Capacidade Vital • Volume Minuto • Volume corrente • Ventilação Voluntária máxima VVM

Ventilação Voluntária Máxima

VVM

É o maior volume de ar que o indivíduo pode mobilizar em um minuto com esforço máximo • Capacidade de reserva máxima do pulmão • Geralmente acima de 100 l/min • Teste é feito em 15s X 4 = 1 minuto • Complicações: alcalose respiratória tonturas • Indicado para realização do teste cardiopulmonar Tosse

Ventilação

• Processo cíclico responsável pela renovação do gás alveolar

• VA = (VT – VD) f • Alterações leva ao prejuízo da lavagem do gás carbônico e aporte de oxigênio

Troca gasosa

Difusão

• Capacidade de difusão: quantidade de gás transferida através da membrana alvéolo-capilar • O fluxo de oxigênio é dirigido pela maior pressão alveolar para o sangue capilar • Depende: – Espessura da membrana alvéolo-capilar (fibrose pulmonar) – Extensão da superfície de difusão (enfisema) – Gradientes de pressão dos gases – Solubilidade dos gases – Propriedades de difusibilidade do meio

Fibrose Pulmonar

Difusão

• Capacidade de difusão: quantidade de gás transferida através da membrana alvéolo-capilar

• O fluxo de oxigênio é dirigido pela maior pressão alveolar para o sangue capilar • Depende: – Espessura da membrana alvéolo-capilar (fibrose pulmonar) – Extensão da superfície de difusão (enfisema) – Solubilidade dos gases – Propriedades de difusibilidade do meio – Gradientes de pressão dos gases

Enfisema pulmonar

Difusão

• Capacidade de difusão: quantidade de gás transferida através da membrana alvéolo-capilar • O fluxo de oxigênio é dirigido pela maior pressão alveolar para o sangue capilar • Depende: – Espessura da membrana alvéolo-capilar (fibrose pulmonar) – Extensão da superfície de difusão (enfisema) – Solubilidade dos gases – Propriedades de difusibilidade do meio – Gradientes de pressão dos gases

Perfusão

• Pequenos vasos e capilares são os responsáveis • Sistema hidráulico de baixa pressão, complacente e baixa resistência

Embolia pulmonar

Relação V/Q

• Interação final entre a ventilação alveolar e o fluxo sanguíneo • Não é uniforme em todo o pulmão • Relação V/Q > nos ápices • Espaço morto = alvéolos ventilados e não perfundidos • Shunt = alvéolos não ventilados, mas perfundidos

Quadro clínico

• Dispnéia • Sinais de desconforto respiratório: – Batimento asas de nariz – Tiragens intercostais, subdiafragmática, supraesternal – Uso musculatura acessória • Aumento da freqüência respiratória e cardíaca

• Cianose (> 5g/dl de hemoglobina reduzida) • Alterações neurológicas – Sonolência – Coma

Diagnóstico

• História clínica atual e pregressa • Exame físico do tórax, ausculta, percussão, padrão respiratório • Oximetria de pulso com SpO2 < 90%, de forma rápida • Exames complementares para confirmação: análise dos gases sanguíneos • Radiografia de tórax Condensação em LSE

Pneumotórax

.

1732 pctes cirúrgicos e clínicos 889 pctes s/IRA 141 (16%) evoluíram para IRA Fatores de risco: idade > 64 anos, longo tempo de internação, gravidade da doença

Tratamento

• Deve ser individualizado, mas alguns princípios gerais podem ser aplicados: • Manutenção da via aérea – Posicionamento – Guedel – Aspiração – Tubo endotraqueal – Traqueostomia s/n

Oxigenoterapia

• Corrigir hipoxemia • Reduzir sintomas • Reduzir carga de trabalho ao sistema cardiovascular • Administração: – Sistemas de baixo fluxo (catéter nasal) – Sistemas com reservatório (máscaras simples ou com bolsas) – Sistemas de alto fluxo (Máscaras de Venturi, nebulizadores)

• Cuidado com a toxicidade do O2 e com pacientes DPOC retentores e neuromusculares

Máscara com reservatório Máscara de Venturi

Monitorização da oxigenação

• Análise da PaO2 e SaO2 • Relação PaO2

/FiO2 – > 400 mmHg – normal – 300 e 400 mmHg – déficit oxigenação – 200 - 300 mmHg – insuficiência respiratória – < 200 mmHg – Insuficiência respiratória grave

Suporte ventilatório

• Em IR tipo I, quando a PaO2 < 60 mmHg mesmo com uso de altas FiO2 • Ventilação não invasiva – CPAP = melhora oxigenação – Binível = Pressão inspiratória e expiratória (tipo II) • Ventilação mecânica invasiva

• 82% VNI – 30% VM – 9% Tráqueo •

Máscara total face

Ventilação Mecânica

• Novas ferramentas técnicas: – Tomografia por bioimpedância elétrica –– Ventilação com alta frequência oscilatória

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