Morfologia av 3 PDF

Title Morfologia av 3
Author Gabrielle Belo de Lima
Course Morfologia
Institution Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Summary

O trabalho era para ser feito sobre 5 questões de uma prova sobre formação de palavras...


Description

Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Letras Morfologia do Português – 3ª avaliação Professor: Carlos Alexandre Gonçalves Aluna: Gabrielle Belo de Lima

Questão 1: As motivações servem para explicar o processo de criação de novas palavras. A função semântica, também conhecida como rotulação, é a função mais utilizada para explicar a formação de novas palavras. Novas palavras se formam quando as palavras existentes não são suficientes para explicar um novo fenômeno, conceito ou objeto. Podemos criar também, palavras a partir de outras já efetivas na língua, como é o caso dos empréstimos bullying e nerd (não adaptados); clicar e shippar (adaptados). Pode ser também pelo caso de neologismos, para denominar a criação de palavras por mecanismos da língua. O neologismo é explicado por um esquema geral de formação com o uso de metonímia, como o exemplo maria-gasolina que seria Maria_x (Maria uma forma genérica, simbolizando a mulher que interessada em x), ou também dogueiro, formado pelo sufixo –eiro para nomear quem faz cachorro quente. A função sintática, é também conhecida como adequação categorial e se trata da mudança de classe ao criar uma nova palavra, criando um novo significado. Ela ajusta o significado de uma palavra de uma determinada classe no contexto sintático de outra. Muitos sufixos exercem esse papel. Os sufixos –oso e –ento mudam a classe do substantivo para um adjetivo, como nos exemplos ódio > odioso, nojo > nojento. Na função indexical o que está em evidência é a identificação do perfil sociolinguístico do falante, ela consiste não apenas nos processos morfológicos, como também na prosódica do falante. Ao falar que tal roupa é chiquérrima, o sufixo –érrima requer uma prosódica diferenciada para dar o sentido intensificador da palavra, assim como o sufixo –ésimo em elegantésimo. Por último a função atitudinal, que põe em vista o juízo de valor expresso pelo falante, põe em uso marcas morfológicas que expressam uma mensagem, podendo ser com valor de apreço, despreço, ironia ou dezprezo. O sufixo –eco por exemplo, geralmente expressa um sentido pejorativo (desprezo), como em timeco e livreco, já Nanda, um apelido para o nome Fernanda, expressa um carinho, um uso de formação hipocorística. Sendo assim, corpão se enquadra na função atitudinal, pois há um juízo de preferência da parte do falante. Espinhenta e enrugada demonstram uma expressão sintática, mudando a classe da base, de substantivo para adjetivo e de verbo para adjetivo, respectivamente. Já o vocábulo perua apresenta uma função semântica, pois pela metáfora nomeia uma mulher extravagante.

Questão 2: Existem algumas diferenças evidentes que distinguem a prefixação da sufixação. Uma das mais nítidas se dá no processo de mudança de classe, em que a sufixação tem um papel muito importante, podendo alterar do substantivo para o adjetivo com os sufixos –oso e –ento, como em estudante > estudioso e gosma> gosmento; pode mudar também de adjetivo para substantivo (-dade) como em belo > beldade. No entanto, a prefixação é um processo que não promove mudança de categoria, apenas atualiza o significado da base, como em pré-vestibular e pós-graduação, em que atualiza para algo que ocorre antes e depois das bases das palavras, respectivamente. A prefixação não carrega em si uma subjetividade do falante, ao contrário da prefixação, a sufixação pode revelar o ponto de vista do falante implicitamente ou explicitamente, como em fofoqueiro, que o falante deixa a sua impressão sobre aquele modo de costume que alguém tem. A sufixação atribui gênero, como o sufixo -ema, telefone > telefonema, ao passo que a prefixação não se presta a esse serviço.

Questão 3 Um processo concatenativo é quando uma informação morfológica começa exatamente no ponto em que a outra termina, como na sufixação e na derivação, em que há perfeito encadeamento entre as partes da palavra complexa. É então um processo que pressupõe a junção ou aumento de palavras. Em oposição, os processos não concatenativos podem se manifestar de três formas, onde nunca há adição e as condições de isolabilidade das partes não são tão perfeitas. Não há encadeamento entre as unidades, pois pode ocorrer fusão (ligamento) onde as bases são sobrepostas; subtração (truncamento), ocorrendo a perda de massa fônica; ou cópia (reduplicação).

Questão 5 (a) Hapax legomenon significa “dito uma vez”. É uma expressão que faz referência a palavras das quais só se vê em uma ocorrência na língua. Gonçalves (2016), mostra que a linguagem literária é uma excelente fonte para o estudo dessa formação, em exemplo desta formação, há a palavra “chuvinhenta”, utilizada por Drummond em um de seus poemas e não mais utilizado. Não são elementos reconhecíveis estruturalmente seu grau de transparência semântica e seus sufixos. (b) Ex—nihilo originário do latim, significa “do nada”. São criações de raiz sem motivação aparente. Exemplos desse tipo de criação lexical, são os adjetivos depreciativos encontrados na música do Dj Malboro por Gonçalves, baranga, mocreia e catilanga. Em que os falantes reproduzem a finalidade da palavra sem saberem a sua motivação.

(c) Substituição sublexical, o falante cria um afixo pela sua capacidade imaginativa, em um jogo de linguagem. Como é o caso de “bebemorar”, uma palavra que teve força lexical e caiu em domínio público, derivada de comemorar, que perde seu sentido de celebração e é vista como originária de uma celebração com comida. (d) Formações analógicas são construídas morfologicamente a partir de uma palavra complexa já existente, por uma análise criada através da semelhança a outra, chacrete, que veio de um sufixo produtivo (-ete) que passou a significar auxiliar de palco, ou fã (tiete) de alguém. (e) Decomposições lexicais dizem respeito à capacidade imaginativa do falante, são um modo de analogia que envolvem a estruturação interna das palavras, na qual, o falante reconhece duas ou mais unidade lexicais em itens que simples. Exemplificando: pressupor, o falante cria “preço por”, dividindo a base indivisível.

Questão 7 As categorizações dos processos de composição passam inicialmente, por três seções: iniciada pela justaposição, que pressupõe a preservação dos dois acentos, e ortografias, mas deixam de significar o que eram antes de se sobreporem. Um exemplo de justaposição é o composto girassol, onde duas palavras são sobrepostas, mas mudam seus significados de antes, o vocábulo passa a dar o nome de uma flor ao invés de significar o “giro do sol”. Basílio chama essa categorização de metonímica. A segunda dessas é a aglutinação. Distinta da justaposição, na aglutinação a união das estruturas causa perda da integridade fonológica e resulta na realização de uma só palavra. Isso pode ser exemplificado por “aguardente”, que, depois da ocorrência de uma crase entre “água” e “ardente”, forma um só vocábulo. Outra dessas seções é a da locução, que se trata das formas dependentes que fazem parte do processo de composição, como em “leva-e-traz”, que faz uso do “e”, ligando assim as bases. A ação constante do caso “leva-e-traz”, causa uma repetição do ato levar e trazer informações aos lugares, sendo assim um caso metonímico. Basílio diz que na justaposição ocorre um processo endocêntrico, em que a interpretação se dá pelo núcleo, como em “peixepedra”, assim como no exemplo citado anteriormente. Já nos compostos exocêntricos, o contexto geral é necessário para a sua interpretação....


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