Pericorese e Hipóstases PDF

Title Pericorese e Hipóstases
Course História Da Cultura E Dos Registros Do
Institution Universidade Federal de Rondônia
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Pericorese é o conceito grego, religioso que se dá para a perfeita comunhão/interpenetração que existe na Santíssima Trindade, tal termo era utilizado na Grécia Antiga (prósopon), como Pai, Filho e Espírito Santo. Nessa trindade, os três são retratados como (diferentes, concretos e objetivos), os ac...


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PERICORESE e HIPÓSTASES Pericorese é o conceito grego, religioso que se dá para a perfeita comunhão/interpenetração que existe na Santíssima Trindade, tal termo era utilizado na Grécia Antiga (prósopon), como Pai, Filho e Espírito Santo. Nessa trindade, os três são retratados como (diferentes, concretos e objetivos), os acrescendo de individualidade. SILVA (2016). Para a Teologia cristã, o significado desse conceito é importante, pois, apresenta como a trindade se relacionam, o relacionamento ocorre de forma circular, onde não há espaço para a hierarquia. Nesse sentido, o termo hipóstases para a teologia cristã, vem para indicar que existe as três partes da trindade, que apesar de diferentes em substância, advém de uma mesma essência. Para os gregos, hipóstase (hypóstasis), significava uma substância individual dotada de racionalidade, se tentarmos alinhar a pericorese com a hipóstase, chega-se a conclusão de que pai, filho e espírito santo, são dotados de substancias individuais e de racionalidade, mas que, apesar disso, re relacionam de maneira coordenada, perfeita e alinhada. A consubstancialidade que em grego é (ὁμοούσιος), como o conceito que indica a individualidade das partes da Santíssima Trindade, foi utilizada para exprimir a essencia divina de cristo face ao pai, que foi contestada pelos hereges á epoca. Para indicar a relação entre o pai e o espírito santo, o termo utilizado foi homoousios. Não obstante, apesar das discussões que circundam os conceitos a qual se nomeiam a relação entre pai, filho e espírito santo, na contemporaneidade, teólogos se debruçaram sobre a simbologia da Santíssima Trindade, assim como seu significado contemporâneo. Paul Tillich (1886-1965), foi um dos teólogos mais influentes do século XX, desenvolveu um método de “correlação”, onde abordou o tema do essencialismo e do existencialismo na teologia, para ele, a correlação entre os símbolos necessita da fé para que seja real, e afirma que, a tentativa de alguns teólogos em interpretar as palavras divinas através dos símbolos, é para que se enfraqueça a seriedade do que foi escrito. Importante também destacar a categoria símbolo como fundamental no esforço hermenêutico tillichiano. Tillich (2005) entende a

linguagem religiosa como essencialmente simbólica. Ele reconhece que muitos movimentos teológicos interpretaram simbolicamente a linguagem religiosa para “anular seu sentido realista e enfraquecer sua seriedade, seu poder e seu impacto espiritual”. No entanto, Tillich (2005) assume o risco afirmando que o símbolo “amplia, e não diminui, a realidade e o poder da linguagem religiosa”. (SANTO, 2016, pág 543).

Wolfhart Pannenberg (1928-20140, por sua vez, criou uma epistemologia em que distingue verdade analógica de verdade doxológica, sendo a verdade analógica a história criada pelos homens, e a doxológica como a história a partir da história cristã. Ou seja, parte de um pressuposto escatológico, onde a revelação (ressurreição) de cristo é o início, trazendo a discussão para o campo da simbologia, Pannenberg assentou que Cristo é a chave para a história religiosa, Jesus, como um homem histórico verticalizou a relação religiosa e a fé. Sendo assim, a exaltação e a adoração, é o que cria uma ponte ao pai, para ela a oração está para além de uma simbologia, contrapondo as ideias de Paul Tillich. Alva Bee Langston (1878), criou o conceito de teologia bíblica sistemática, fazendo contraponto as ideias sobre simbologia dos teólogos supracitados, para ele, os fatos realizados (símbolos), após descobertos, deveriam ser organizados e analisados a partir da experiência religiosa. Sistematizar as revelações e símbolos religiosos é a chave para se chegar ao pai. O fim, portanto, da teologia sistemática não é criar fatos, mas descobri-los e organizá-los num sistema. Queremos, estudando a teologia, apreender os pensamentos de Deus, aprender das experiências espirituais dos melhores homens que sempre existiram. Neste e tudo somos como arquitetos ocupados na construção dum grande edifício. Mas, ao invés de trabalharmos com pedra, cal e tijolos, utilizamo-nos de tudo quanto Deus tem revelado, e de tudo quanto o homem tem experimentado das coisas divinas e celestiais. Que belo edifício não nos é dado construir! Devemos exortar-nos a nós próprios com as palavras de Paulo a Timóteo: «Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade» (II Timóteo 2:15). (LANGSTON, 2020, pág 9).

Por fim, o teólogo Augustus Hopkins Strong (1836-1921), defendia a ideia do (inclusivismo), onde as demonstrações de fé e religiosidade de outras religiões não cristãs, mas que, professavam a único Deus, seriam correspondentes a uma fé implícita em cristo. O monoteísmo estaria assim, representando o marco do cristianismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LANGSTON, Alva Bee. Esboço de teologia sistemática. Convicção Editora, 2020. DA SILVA, Maria Freire. A pericórese trinitária no pensamento de João Damasceno. Revista de Teologia e Ciências da Religião da UNICAP (Descontinuada), v. 6, n. 2, p. 473-485, 2016. GOMES, Uene José. ENSAIO SOBRE A TRINDADE. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v. 26, n. 4, p. 744753, 2016. DO ESPIRITO SANTO, Eliseu Roque. O PARADOXO DA ORAÇÃO EM PAUL TILLICH. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v. 26, n. 4, p. 572-578, 2016....


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