Resenha ARGONAUTAS DO PACÍFICO OCIDENTAL PDF

Title Resenha ARGONAUTAS DO PACÍFICO OCIDENTAL
Author Robson José de Oliveira Brito
Course Antropologia
Institution Universidade Federal de Pernambuco
Pages 3
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Summary

ARGONAUTAS DO PACÍFICO OCIDENTAL: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia, do antropólogo Bronislaw Malinowski, aduz um parecer da cultura dos habitantes das ilhas do Pacífico Sul relacionando com o trabalho etnográfico....


Description

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Centro Acadêmico do Agreste – CAA Núcleo de Formação Docente – NFD Disciplina: F. Antropológicos na Educação Docente: Sandro Discente: Robson Brito Período: 2º

Resenha – Aula 03

ARGONAUTAS DO PACÍFICO OCIDENTAL: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia, do antropólogo Bronislaw Malinowski, aduz um parecer da cultura dos habitantes das ilhas do Pacífico Sul relacionando com o trabalho etnográfico. Na introdução, onde o autor acentua o tema, método e objetivo de sua pesquisa; é citado intencionalmente a localização e o comércio das tribos além da importância que esses fatores têm na vida dos nativos, evidenciando-se os Kula. Essa primeira parte do livro é subdividida em nove seções e cada uma delas vão abordar sucintamente alguns aspectos que se qualificam como centrais da pesquisa que foi realizada e que deu embasamento para construção dos textos. É importante observar como o autor descreve os métodos utilizados na coleta dos dados etnográficos. Nota-se que a Etnografia depende muito de uma clara e honesta observação, daí, a presença do relato durante esse processo, o que denota como uma ciência que se diferencia das outras justamente por essa necessidade de relatar os fenômenos.

A partir das observações realizadas durante as expedições no pacífico, Malinowiski começa a falar detalhadamente sobre o que ele sentiu e viveu ao entrar em contato com o povo dessa região. Os estudos começam a avançar mais notoriamente quando é estabelecido os princípios metodológicos empregados, os quais são: a posse de objetivos e de valores da etnografia moderna, a capacidade de assegurar boas condições de trabalho e a aplicação de métodos de coleta, manipulação e registro de evidências. Portanto, o pesquisador deve se afastar totalmente do ambiente ao qual está acostumado para poder compreender o seu objeto de estudo, ou seja, ao se desprender de sua própria cultura ele busca através desse método uma melhor compreensão de outras culturas, nesse caso, as tribos Kula. Não é o suficiente, todavia, apenas se envolver com o meio e esperar os fenômenos para a coleta de dados. Mais do que isso, o etnográfico deve, segundo Malinowski ‘’ser um caçador ativo e atento’’, respeitando-se as particularidades do que está sendo observado para não se tomar ideias preconcebidas quanto ao processo cultural envolvido em determinado local. Na pesquisa de campo, a etnografia tem o dever e a responsabilidade de estabelecer todas as leis e regularidades que regem a vida tribal, tudo o que é permanente e fixo, apresentar todas as tradições e descrever as relações sociais entre os membros da tribo e estes com outras tribos. Não se pode deixar de lado um fato importante no que diz respeito aos dados da pesquisa, que é a característica gradativa de mudança do que pode ser interpretado como problema nas diferentes culturas, e falando sobre os Kula, é mostrado claramente que se trata de uma instituição dotada de enorme variedade de aspetos e associada a sem-número de atividades.

Posteriormente, ainda na introdução, é abordado um dado particular no que se refere à qualidade de informações obtidas durante o processo de observação. Mesmo com cada fenômeno sendo estudado a partir de maior número possível de suas manifestações concretas, validando a metodologia científica, torna-se notório, nos estudos desse autor, que certos tipos de pesquisa científica, a qualidade está presente sob o ponto de vista metodológico e estrutural. Mas, à medida que compreendemos a estrutura sócio-cultural da tribo, também se mostra necessário para uma completa compreensão da mesma, que haja uma interação mais realística com o objeto de estudo dando mais qualidade quanto à sua fiel descrição, enfatizando-se uma característica puramente humana de atribuir vivacidade a objetos e ações que aconteçam a sua volta, além de dar sentido a um esboço de acontecimentos acrescidos de detalhes e o tom de certos comportamentos. Finalmente, encerrando a introdução, é informado que é necessário o registro do espírito da tribo, ou seja, o que os indivíduos têm a dizer sobre as suas vidas cotidiana, do que é e do que não é considerado como hábito. Resumindo, o etnográfico deve ouvir as opiniões do nativo num procedimento empático de detenção daquilo que eles sentem e pensam enquanto membros de uma dada comunidade. Com certeza é uma literatura muito interessante de se ler e é indicada às pessoas que se sentem mais a vontade com o descobrimento de novas culturas, assim como àqueles que gostam de aprofundar seus conhecimentos antropológicos....


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