Resenha do conto Resto do Carnaval de Clarice Lispector PDF

Title Resenha do conto Resto do Carnaval de Clarice Lispector
Course Literaturas De Língua Portuguesa II
Institution Universidade do Sagrado Coração
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Summary

Resenha do conto "Resto do Carnaval" de Clarice Lispector, apontando algumas passagens importantes da obra, como as e um ponto de vista do final da obra....


Description

Restos do Carnaval O conto de Clarice Lispector nos leva de volta a sua infância, na época do carnaval, quando ela ainda tinha 8 anos de idade. O conto possui uma carga emocional muito grande por se tratar dos sentimentos de uma criança em meio a melancolia vivida em casa e a felicidade das pessoas alheias. Sua mãe estava muito doente, por isso era difícil para que a garota participasse dos festejos. Aos oito anos, ela se viu tendo um carnaval diferente quando a mãe de sua amiga fez uma fantasia de rosa para ela com os restos de papel crepom que ela havia usado para a fantasia da filha. A expectativa do momento de vestir tal fantasia conseguiu superar o orgulho ferido dela por ter ganho uma fantasia de sobras. A autora, porém, revela a dor e ressentimento que ela sente pela situação que viria a seguir. Justamente no dia em que ela sairia com a fantasia e se sentiria “outra que não ela mesma”, o estado de sua mãe se agravou e ela foi mandada até a farmácia para comprar o remédio dela. Ela vai correndo, mas com o sentimento de revolta e indignação pela tragédia que impede sua própria felicidade. Sentimentos que perduram por toda sua vida adulta, como a própria autora revela por meio deste conto. (“Muitas coisas que me aconteceram tão piores que esta, eu já perdoei. No entanto esta não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino irracional? É impiedoso”) Quando volta, sua excitação desaparece, pois como ela poderia se divertir com sua mãe doente e piorando? Ao pintar-se e preparar-se para sair, ela se descreve: Não era mais uma Rosa, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Porém, um “final feliz” é colocado quando, mesmo melancólica, ela consegue sorrir pois um jovem rapaz (um garoto de 12 anos) joga confetes em seu cabelo e sorri para ela, fazendo com que ela se sinta, por um instante, uma “mulherzinha”. Desabrochada como uma rosa....


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