Resumos Português - Secundário PDF

Title Resumos Português - Secundário
Author B_A
Course Português 11 ano
Institution Universidade de Lisboa
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RESUMO DE PORTUGUÊS – GRAMÁTICAFUNÇÕES SINTÁTICASFunções sintáticas ao nível da frase: Sujeito – elemento que controla a concordância, em pessoa e em número, relativamente ao núcleo. Pode ser: a. Simples – constituído apenas por um grupo nominal ou por uma frase. b. Composto – constituído por duas o...


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RESUMO DE PORTUGUÊS – GRAMÁTICA

FUNÇÕES SINTÁTICAS Funções sintáticas ao nível da frase: 1. Sujeito – elemento que controla a concordância, em pessoa e em número, relativamente ao núcleo. Pode ser: a. Simples – constituído apenas por um grupo nominal ou por uma frase. b. Composto – constituído por duas ou mais expressões nominais ou por duas ou mais frases. c. Nulo – não está realizado lexicalmente, sendo possível classificá-lo em: i. Subentendido – quando é possível identificar no contexto o referente para o qual remete o sufixo flexional. EX: «[Tu] Querias crescer depressa, aí tens.» ii. Indeterminado – quando o verbo se encontra na 3ª pessoa do plural ou do singular, acompanhado, neste último caso, do pronome pessoal se com valor impessoal, não sendo possível identificar o referente do sujeito nulo indeterminado, uma vez que não é definido nem específico. EX: «Disseram-me que ia chover.»; «Via-se bem que alguns deles faziam logo as contas.» iii. Expletivo – ocorre apenas com verbos impessoais. EX: « Havia já algumas pessoas à sombra dos toldos ou estendidos ao sol.»

2. Predicado – função sintática desempenhada pelo grupo verbal.

3. Modificador da frase – grupo preposicional (1) ou adverbial (2) que, ao contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo verbo, modificam-no, acrescentando informação suplementar. Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer em várias posições da frase. EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.» (2) «O conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.»

4. Vocativo – constituinte (não obrigatório) que identifica o interlocutor, ocorrendo em frases imperativas (1), exclamativas (2) e interrogativas (3). EX: (1) «Fecha a porta, Pedro.» (2) «Dói-me muito o peito, mãe!» (3) «Quando tenho alta, senhor doutor?»

Funções sintáticas internas ao grupo verbal: 1. Complementos – constituintes da frase selecionados pelo verbo: a. Complemento direto – grupo nominal (1) ou oração substantiva completiva (2) que pode ser substituído respetivamente pelo pronome pessoal de 3ª pessoa (o/a, os/as) e pelo pronome demonstrativo átono o. EX: (1) «Dois homens seguravam o porco.» → «Dois homens seguravam-no» (2) «Hão de jurar que não me conhecem.» → «Hão de jurá-lo.» b. Complemento indireto – grupo preposicional (geralmente introduzido pela preposição a) que pode ser substituído por um pronome pessoal de 3ª pessoa (lhe/lhes). EX: «Perguntem aí ao Gouveia.» → «Perguntem-lhe aí.» c. Complemento oblíquo – grupo adverbial (1) ou preposicional (2) que, ao contrário do complemento indireto, não pode ser substituído por um pronome pessoal (lhe/lhes). EX: (1) «Faz bem à alma.» →/ «Faz-lhe à alma.» (2) «Também me lembro do sopro do maçarico.» →/ «Também me lembro-lhe.»

Exemplos de verbos que pedem complemento oblíquo: a) ir a, vir de, estar em, partir de (nome ou pronome precedido de preposição; advérbio); b) comunicar com, concordar com, discordar de, precisar de, necessitar de, troçar de, casar-se com, divorciar-se de, dispor-se a, arrepender-se de, interessar-se por (nome ou pronome precedido de preposição). d. Complemento agente da passiva – grupo preposicional (geralmente introduzido pela preposição por) que, na frase ativa correspondente, passa a grupo nominal com função de sujeito. EX: «Uma Câmara não é eleita pelo povo, é nomeada pelo Governo.» → «O povo não elege uma Câmara, o Governo nomeia-a.» 2. Predicativos: a. Predicativo do sujeito – grupo nominal (1), adjetival (2), adverbial (3) ou proposicional (4) ou oração (5) selecionado por um verbo copulativo (estar, ficar, continuar, parecer, permanecer, revelar-se, ser, tornar-se…) que atribui uma propriedade ou uma localização (espacial ou temporal) ao sujeito. EX: (1) «A mãe era uma criatura desagradável e azeda.» (2) «Garcia ficou aturdido.» (3) «Olhe que isto é preciso é que todos fiquem bem.» (4) «Caeiro era de estatura média.» (5) «Pensar é estar doente dos olhos.» b. Predicativo do complemento direto – grupo nominal (1), adjetival (2) ou preposicional (3), selecionado por um verbo transitivo predicativo (achar, chamar, considerar, eleger, julgar, nomear, tratar,…) que atribui uma propriedade ou uma localização (espacial ou temporal) ao complemento direto. EX: (1) «[…] se o ministro fizer esse ladrão recebedor de comarca.» (2) «Todos a achavam simpática.» (3) «Todos o tinham por tolo.» 3. Modificador do grupo verbal – grupo preposicional (1), adverbial (2) ou oração subordinada (3) que, ao contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo verbo, modificam-no, acrescentando informação suplementar. Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer em várias posições da frase. EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.» (2) «O conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.» (3) «Não te posso dar minha filha, porque já não tenho filha.»

Funções sintáticas internas ao grupo nominal: 1.

Complemento do nome – grupo preposicional [oracional (1) ou não oracional (2)] ou, menos frequentemente, adjetival (3) que integra o grupo nominal, ocorrendo sempre à direita do nome que completa e sendo sempre de preenchimento opcional. EX: (1) «Tem curiosidade de saber como é esta pobre máquina por dentro […].» (2) «Ter pena dele seria como ter pena dum plátano […].» (3) «A procura turística tem aumentado.»

2.

Modificador do nome – função sintática que integra o grupo nominal, modificando-o através de informações suplementares. a. Restritivo – grupo preposicional (1), grupo adjetival (2) ou oração relativa restritiva (3) que modifica o nome, restringindo a sua referência. EX: (1) «Fechou a porta da cela atrás de si […].» (2) «De repente, a rapariga loira viu uma criança sair a correr.» (3) «Há palavras que fazem bater mais depressa o coração […].»

b. Apositivo – grupo nominal (1), adjetival (2) ou preposicional (3) ou oração relativa explicativa (4) que, ao modificarem o nome, não limitam a sua referência. Na escrita, está sempre separado por vírgulas do nome que modifica e ocorre normalmente à direita do mesmo. EX: (1) «Alguma vez a sua Loló, magra e frenética criatura de olhos verdes, brincara nos jardins dos palacetes […]?» (2) «Que doença estranha, lenta mas tenaz, matava o Rei?» (3) «A velha tinha-se dado preparatoriamente um choro, de grande efeito em corações de viajante.» (4) «O rapaz, que chegou pelo lado de trás, abriu a cancela de madeira.»

Funções sintáticas internas ao grupo adjetival: c. Complemento do adjetivo – grupo preposicional [não oracional (1) ou oracional (2)] que integra o grupo adjetival, ocorrendo sempre à sua direita. Não é de preenchimento obrigatório. EX: (1) «E será o pai feliz com o meu sacrifício?» (2) «Sou fácil de definir.» d. Modificador do adjetivo – grupo adverbial que integra o grupo adjetival, correspondendo a um advérbio colocado à esquerda do adjetivo. EX: «verão como o elefante se enfrenta com os mais furiosos ventos contrários.» Notas: 1. Complemento direto: pode ser substituído pelo pronome pessoal o, a, os, as. Se for uma oração, pode substituirse pelo pronome demonstrativo isso. Surge na resposta à questão: O sujeito + verbo + o quê? ou + quem? 2. Complemento indireto: pode ser substituído pelo pronome pessoal lhe, lhes. Surge na resposta à questão: O sujeito + verbo (+ complemento direto) + a quem? 3. Complemento agente da passiva: na frase ativa, desempenharia a função de sujeito. 4. Complemento oblíquo: não pode ser substituído pelos pronomes pessoais o e lhe.

FRASE SIMPLES E FRASE COMPLEXA Frase simples → frase em que existe um único verbo principal ou copulativo. Frase complexa → frase em que existe mais do que um verbo principal ou copulativo, que contêm mais do que uma oração. Numa frase complexa, podemos ter orações coordenadas e/ou subordinantes e subordinadas.

COORDENAÇÃO A coordenação é a relação sintática estabelecida entre elementos que pertencem à mesma categoria gramatical e que desempenham a mesma função sintática. As orações coordenadas podem-se classificar em: 1. Copulativa – estabelece uma relação de adição com a(s) oração(ões) com que se combina. EX: «Estou cansado e vou descansar.» 2. Adversativa – transmite uma ideia de contraste, de oposição, relativamente à ideia expressa na frase ou oração com que se combina. EX: «Estou cansado, mas vou continuar.» 3. Disjuntiva – exprime um valor de alternativa face ao que é expresso pela oração com que se combina. EX: «Ou descanso ou não posso continuar.» 4. Conclusiva – transmite uma ideia de conclusão decorrente da ideia expressa na frase ou oração com que se combina. EX: «Estou cansado, logo não posso continuar.» 5. Explicativa – apresenta uma justificação ou explicação relativa à frase ou oração com que se combina. EX: «Estou cansado porque andei muito.»

SUBORDINAÇÃO A subordinação é a relação sintática estabelecida entre orações em que uma (subordinada) está sintaticamente dependente de outra (subordinante). As orações subordinadas podem-se classificar em:  Substantiva – desempenha a função sintática de sujeito ou de complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser facilmente substituída por um pronome como isso e subdividindo-se em: 1. Completiva, que completa a ideia da oração anterior e pode ser introduzida pelas conjunções subordinativas «que», «se» e «para». EX: «Eu bem sei que tu não voltas». 2. Relativa, que é introduzida por quantificadores e pronomes relativos sem antecedente, como quem, o que, onde, quanto, que, o qual, os quais, a qual, as quais. EX: «Quem espera sempre alcança.»

 Adjetivas – exerce a mesma função que um adjetivo e subdivide-se em: 1. Relativa restritiva, que tem como função restringir a informação dada sobre o antecedente; a sua omissão acarreta uma alteração do sentido da oração subordinante, pois apresenta informação relevante para a definição do antecedente. EX: «O poeta português que escreveu Os Lusíadas foi grandioso.» 2. Relativa explicativa, que apresenta informação adicional sobre o antecedente; a sua omissão não altera o sentido da oração subordinante, uma vez que o antecedente já se encontra suficientemente definido. EX: «A literatura, que é imortal, encanta os leitores.»  Adverbiais – desempenha a função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal e, modificando o sentido de outras orações, subdivide-se em: 1. Causal, que indica a causa ou o motivo daquilo que é expresso na subordinante. EX: «Não compro este carro porque consome muito.» 2. Final, que enuncia o objetivo da realização da situação descrita na subordinante. EX: «Leva dinheiro para pagares as compras.» 3. Temporal, que estabelece a referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada. EX: «Estavas ao telefone, quando entrei.» 4. Concessiva, que admite algo contrário ao que é apresentado na subordinante mas incapaz de impedi-lo. EX: «Iremos à piscina, embora não seja do meu agrado.» 5. Condicional, que indica uma hipótese ou condição em relação ao que é expresso na subordinante. EX: «Se ele fosse rico, teria muitos criados.» 6. Comparativa, que contém o segundo elemento de uma comparação que estabelece em relação a uma situação apresentada na subordinante. EX: «Ele trata-me como se eu fosse sua inimiga.» 7. Consecutiva, que apresenta uma consequência da situação expressa na subordinante. EX: «Comi tanto que fiquei indisposta.»

CLASSES DE PALAVRAS 1. Nome: a. Comum – não se aplica a uma entidade única, podendo designar objetos, seres, fatos e conceitos de forma não individualizada. EX: «Quero aquele pão.» b. Próprio – designa uma única entidade num determinado contexto comunicativo. EX: « Basílio tomoulhe as mãos.» c. Contável – designa entidades ou seres singulares, passíveis de serem divididos em partes distintas e enumerados. EX: caderno, cadeira, lápis, etc. d. Não-contável – designa algo que é concebido como um todo contínuo, não podendo ser dividido em partes singulares nem contado. Ex: farinha, açúcar, água, etc. e. Concreto – designa objetos ou entidades físicas que podem ser localizadas no tempo e no espaço. EX: janela, porta, árvore, gato, etc. f. Abstrato – refere-se a entidades não tangíveis, imateriais, como sentimentos ou conceitos. EX: felicidade, beleza, perigo, medo, verdade, etc. 2. Adjetivo: a. Qualificativo – modifica um grupo nominal, atribuindo-lhe uma qualidade. b. Numeral – modifica o nome, atribuindo-lhe uma determinada ordem dentro de uma série. Corresponde a uma palavra tradicionalmente classificada como numeral ordinal. EX: primeiro, segundo, vigésimo lugar, etc. c. Relacional – palavra que se distingue dos restantes adjetivos por apresentar características próprias: completa, geralmente, o sentido do nome, atribuindo-lhe informações de natureza classificatória, deriva de nomes [comércio → comercial], não admite variação em grau [uma manifestação operária →/ uma manifestação muito operária], ocorre sempre em posição pós-nominal e não tem antónimo. d. Normal – expressa simplesmente a qualidade. e. Comparativo – compara uma qualidade entre duas entidades, distinguindo-se três modalidades: I. De superioridade – EX: «Londres é mais cosmopolita do que Lisboa.» II. De inferioridade – EX: «Lisboa é menos agitada do que Londres.» III. De igualdade – EX: «Londres é tão movimentada como Paris.» f. Superlativo: Relativo – apresenta uma qualidade atribuída a uma entidade que é comparada a um conjunto de entidades. De superioridade – EX: «O Everest é a mais alta montanha do mundo.» De inferioridade – EX: «Os países da África subsariana são os menos desenvolvidos.» Absoluto – indica uma qualidade que supera a noção que normalmente se tem dessa mesma qualidade, não se relacionando com nenhum conjunto de entidades. Sintético – EX: «Este problema é facílimo. Analítico – EX: «Aquele ator é bastante célebre.» 3. Pronome: a. Pessoal – b. Demonstrativo – c. Possessivo – d. Indefinido – e. Relativo – f. Interrogativo – 4. Determinante: a. Artigo definido – b. Artigo indefinido – c. Demonstrativo – d. Possessivo – e. Indefinido – f. Relativo – g. Interrogativo –

5. Quantificador: a. Universal – b. Existencial – c. Numeral – d. Relativo – e. Interrogativo – 6. Verbo: a. Principal – b. Copulativo – c. Auxiliar –

7. Advérbio: a. De negação – b. De afirmação – c. De quantidade e grau – d. De inclusão e exclusão – e. Relativo – f. Interrogativo – g. De predicado – h. De frase – i. Conetivo – 8. Conjunção/locução conjuncional: a. Coordenativa – b. Subordinativa – 9. Preposição/locução prepositiva –

10. Interjeição –

FIGURAS DE ESTILO: 

A nível fónico: 1. Aliteração – repetição de sons consonânticos em sílabas próximas. (O vento vago voltou); 2. Assonância – repetição intencional dos mesmos sons vocálicos (À tona de águas paradas);



A nível sintático: 1. Anáfora – repetição de uma ou mais palavras no início de uma frase, de um membro de frase ou de um verbo (nem rei nem lei, nem paz nem guerra); 2. Anástrofe – alteração da ordem direta da frase devido à anteposição de um complemento ou à deslocação de uma palavra (Às horas em que um frio vento passa); 3. Assíndeto – supressão da partícula de ligação (Grécia, Roma, cristandade, Europa); 4. Enumeração – acumulação ou inventariação de elementos da mesma natureza (Mas o melhor do são as crianças/flores, música, o luar e o sol); 5. Hipérbato – transposição da ordem normal das palavras de uma oração, donde resulta a separação dos elementos constituintes de um sintagma (Súbdita a frase o busca); 6. Paralelismo de construção – repetição da estrutura frásica para memorizar ou destacar ideias (Três vezes do leme as mãos ergueu,/Três vezes ao leme as reprendeu); 7. Polissíndeto – repetição do elemento de ligação entre frases ou palavras (E com as mãos e os pés/ E com o nariz e a boca).



A nível interpretativo: 1. Antítese – apresentação de dois conceitos opostos (Julguei que isto era o fim e afinal é o princípio); 2. Antonomásia – substituição de um nome próprio por uma palavra ou expressão que o designem de modo inconfundível (Cessem do sábio grego e do Troiano); 3. Apóstrofe/invocação – interpelação, chamamento de alguém ou de algo personificado (Ó céu! Ó campo! Ó canção!); 4. Comparação – relação de semelhança entre duas ideias usando uma partícula comparativa ou verbos como «parecer», «assemelhar-se» (O meu olhar é nítido como um girassol); 5. Disfemismo – apresentação, de forma violenta, de uma ideia que pode ser expressa de forma suave (Cheiro que não ofende estes narizes, habituados, que estão ao churrasco do auto de fé); 6. Eufemismo – expressão, de uma ideia chocante, de uma forma suave (quando a fogueira se apagar tens de te ir embora [= morrer]); 7. Gradação – encadeamento, disposição de palavras/ideias segundo uma ordem crescente ou decrescente (Sagaz consumidora conhecida/de fazendas, de Reinos e de Impérios); 8. Hipérbole – exagero da realidade (corre um rio sem fim); 9. Hipálage – transferência de uma impressão causada por um ser para outro ser, ao qual logicamente

não pertence, mas que se encontra relacionado com o primeiro. (No plaino abandonado.) 10. Interrogação – pergunta retórica que não pretende obter resposta, mas enfatizar a questão (Quem vem viver a verdade/Que morrer D. Sebastião?); 11. Ironia – afirmação que pretende sugerir ou insinuar o contrário; 12. Metáfora – comparação de dois conceitos sem utilização da partícula comparativa (Numa onda de alegria); 13. Metonímia – utilização de um vocábulo em vez de outro, com o qual tem uma relação de contiguidade (o continente pelo conteúdo; o autor pela obra, por exemplo: Estou a estudar Camões); 14. Oximoro – expressão que inclui contradição (São coisas vestindo nadas); 15. Perífrase – utilização de muitas palavras para dizer o que pode ser expresso por poucas (Pelo neto gentil do velho Atlante [= Mercúrio]); 16. Personificação – atribuição de qualidades ou de comportamentos humanos a seres inanimados ou a animais (Quando uma nuvem passa a mão por cima da luz); 17. Pleonasmo – repetição da mesma ideia (Vi, claramente visto , o lume vivo); 18. Sinédoque – expressão do todo pela parte ou da parte pelo todo, do singular pelo plural, do plural pelo singular, do género pelo indivíduo (Vós, ó novo temor da maura lança [= exército mouro]); 19. Sinestesia – expressão simultânea de sensações diferentes (Brancura quente da calçada).

NOÇÕES DE VERSIFICAÇÃO VERSO 



Ritmo – efeito sonoro produzido intencionalmente pela alternância entre sílabas tónicas (acentuadas) e sílabas átonas (não acentuadas). Ao conjunto das sílabas acentuadas presentes num verso atribui-se a designação de acento rítmico. Metro/métrica – medida poética que corresponde ao número de sílabas métricas de um verso. A contagem do número de sílabas métricas: o É efetuada apenas até à sílaba tónica (sílaba acentuada) da última palavra do verso; o Procede-se normalmente à junção/elisão das vogais átonas finais quando a palavra seguinte é iniciada por vogal. EX: «Mu/dam/-se os/tem/pos/, mu/dam/-se as/von/ta/des.» 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (ùltima sílaba métrica) (elisão) (elisão) Classificação dos versos quando à métrica: o Monossílabo – uma sílaba o Dissílabo – duas sílabas o Trissílabo – três sílabas o Tetrassílabo – quatro sílabas o Pentassílabo/redondilha menor – cinco sílabas o o o o o o o

Hexassílabo – seis sílabas Heptassílabo/redondilha maior – sete sílabas Octossílabo – oito sílabas Eneassílabo – nove sílabas Decassílabo – dez sílabas Hendecassílabo – onze sílabas Dodecassílabo – doze sílabas

RIMA Classificação da rima:  Em função da correspondência de sons: o Rima consoante/perfeita – correspondência total de sons (consoantes e vogais) a partir da última sílaba tónica. o Rima toante/imperfeita – existe apenas uma correspondência de sons vocálicos a partir da última sílaba tónica.  Em função da natureza gramatical das palavras que rimam: o Rima rica – incide em unidades pertencentes a classes de palavras diferentes. o Rima pobre – incide em unidades pertencentes à mesma classe de palavras.  Em função do esquema rimático (combinações de rima): o Rima cruzada – a b a b o Rima empa...


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