Sobre a Civilização grega PDF

Title Sobre a Civilização grega
Course História Geral
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Sobre a Civilização grega...


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Civilizaçã greg

Os gregos (ou helenos) viveram na extremidade meridional da península balcânica e sua cultura se desenvolveu a partir da mistura das diversas populações que lá se estabeleceram nos últimos 8000 anos, no entanto, as mais antigas características culturais que se pode chamar de "gregas"apareceram somente depois de 2000 a.C. A Grécia Antiga abrangia os povos que habitavam a bacia do mar Egeu e as ilhas ao redor, e durou desde o surgimento da civilização minoana, na Idade do Bronze, até a sua tomada pelos romanos, em 146 a.C. A partir de 500 a.C. a cultura grega influenciou de tal forma o mundo mediterrâneo que, sem exagero, acabou por constituir um dos mais sólidos fundamentos de toda a Civilização Ocidental. As primeiras populações que falavam grego ocuparam, por volta de 2000 a.C., várias regiões da península balcânica, território de topografia irregular localizado no sudeste da Europa. Posteriormente, em sucessivas fases de expansão marítima, os gregos se estabeleceram em outros locais, notadamente nas ilhas do Egeu e nas margens do Mar Mediterrâneo e do Mar Negro. Na Antigüidade, as mais importantes comunidades gregas se concentravam na própria península balcânica, nas ilhas do Mar Egeu, na costa ocidental da península anatólica (Ásia Menor), no sul da península italiana e nas grandes ilhas da Sicília, a oeste, e de Creta, ao sul. Os gregos antigos constituíram a primeira civilização duradoura da Europa, que foi a base da cultura ocidental de tempos posteriores. Deram importantes contribuições nos campos das artes, literatura, filosofia e ciência, apesar de nunca terem conseguido a unificação política.Enfim, as mais vastas experiências sociais ocorreram na Grécia, berço de filósofos, sábios e literatos famosos.

Como Surgiram

A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a navegação e a agricultura, invadiram o território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi novamente invadida, desta vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que destruíram a civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura. Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram o Império de Creta, assimilaram sua cultura e estabeleceram seu reino no Peloponeso, construíram as cidades de Micenas Tirino. Depois vieram os eólios que se fixaram em Tessália, Etólia e parte do Peloponeso. A cidade mais importante criada por esse povo foi Tebas. Mais tarde vieram os dórios, que atravessaram o istmo de Corinto, conquistaram, obrigando os aqueus a procurarem refugio na Ásia Menor. Posteriormente conquistaram a cidade de Esparta que mais tarde se distinguiria como potencia militar. Os jônios, que vieram junto com os dórios, estabeleceram-se na região da Ática, fundaram Atenas, criando uma forte civilização que iria influir fortemente nos destinos dos homens.

Gradativamente, o povo grego começou a absorver a língua e a religião dóricas, e tornou-se comum a todos os povos da região cultuar um conjunto de deuses antropomórficos,(que pela forma se assemelhavam aos homens), chamados Olímpicos, pois habitavam o topo do monte Olimpo. Em homenagem a esses deuses, eram realizados festivais e competições atléticas, dentre as quais as mais famosas foram os Jogos Olímpicos, em homenagem a Zeus e a Hera, que se iniciaram no ano 776 a.C. Esta foi a primeira data registrada na história da Grécia Antiga, e o calendário grego foi feito a partir dela.

Período Arcaico

séc. VIII a.C. a VI a.C.

Durante esse período, o território grego se expandiu de maneira surpreendente, principalmente devido ao aumento desenfreado da população das cidades-estados já existentes e do surgimento da propriedade privada o que estimulou muitas pessoas a migrarem em buscas de novas terras. Das mais de cem cidades-estados gregas, várias se mantiveram oligárquicas, e muitas outras desfrutaram de uma democracia. Na história Grega este período foi o mais longo e é dividido em três partes. A primeira fase se tem notícia através dos poemas de Homero, a Ilíada e a Odisséia. É conhecida como Tempos Heróicos ou Tempos Homéricos. Foi a fase anterior a ao século VIII a.C. A segunda fase é mais conhecida, começou a partir deste século. Nela se deram as grandes invasões gregas e foram criadas colônias na Ásia Menor e na Magna Grécia (sul da Itália e a Sicília). Esparta, Atenas, Corinto e outras cidades tiveram seu maior desenvolvimento. Numa terceira fase que teve início no século VI a.C., a Pérsia conquista as colônias gregas da Ásia menor, originando vários conflitos entre esses dois povos (guerras médicas do século V a.C.). Nesta fase, Esparta torna-se poderosa e Atenas cria suas obras artísticas e literárias. Também neste período, surgiu a cunhagem de moedas, aprendida pelos jônios com o povo lídio, um de seus vizinhos. Surgiram na mesma época a literatura, a filosofia e o alfabeto gregos, também frutos de cidades jônicas.

Período Clássico 480 a 323 a.C. Este período foi divididos em duas partes.

A primeira fase, durante os séculos V e IV a.C., foi marcada pelos seguintes acontecimentos: ü

Rivalidade

entre

as

cidades

gregas,

levando-as

a

guerra,

enfraquecendo-as; ü Dario I, rei dos persas e depois Xerxes, contando com o enfraquecimento das cidades, tenta dominar a Grécia; ü Os persas foram vencidos pelos gregos, nas batalhas de Maratona, Salamina e Platéia; ü Esparta, invejando o progresso de Atenas, depois das guerras medicas, aliada com outras cidades gregas, vence sua rival (431 a 404 a.C.); ü Em 338 a.C. Filipe da Macedônia invade a Grécia.

Durante essa fase, mesmo com tantas guerras, os gregos conseguiram realizar suas mais importantes obras de arte e literárias. A segunda fase, século III a II a.C., deu-se então: ü A conquista dos persas, por Alexandre da Macedônia, que fundou um novo e grande império, incluindo o da Índia, o Egito, e a Grécia; ü Um maior contato dos gregos com outros povos transformou a sua cultura; ü O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de Roma, no século II a.C., ficando a Grécia submissa aos romanos. Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, os atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto e Tucídides e um sistema político original, a democracia (literalmente, "o poder do povo"), talvez a maior de todas as contribuições.

Organização Política

As cidades evoluíram de acordo com os agrupamentos dos grupos abaixo citados: ü Os genos, agrupamentos de famílias chefiadas por um patriarca; ü As fatrias, conjunto de genos; ü Os demos, reunião de fatrias e, por último, ü A polis ou cidade¸ resultado da união de vários demos.

A autoridade era exercida somente pelos nobres. Posteriormente o rei (nobre) foi substituído por um chefe que, em Atenas, recebeu o nome de Arconde. O povo reagia contra a nobreza e alguns indivíduos tomavam o poder: os Tiranos (pessoas que tomavam o poder de forma irregular). Como o povo queria continuar mandando, substituíam os tiranos por Magistrados. Essa organização não era a mesma em todas as cidades.

Cidades-Estado As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes. As principais cidades-estados foram: ü Esparta e Corinto, no Peloponeso; ü Atenas, na Ática; ü Tebas, na Beócia; ü Delfos, no Monte Parnaso; ü Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor. Durante o século V a.C. o poder político se polarizou entre atenienses e espartanos. Atenas agregou diversas póleis a uma poderosa aliança política e econômica conhecida por Liga de

Delos; os espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do Peloponeso.

Esparta

Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi conquistada pelos aqueus, mas progrediu mesmo com a chegada dos dórios. Sua organização social era dividida em três classes: ü Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante; ü Periecos: formada por camponeses que apoiaram a dominação dórica, tinham alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como estrangeiros. ü Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios, não podiam se afastar das terras em que produziam.

Organização em Esparta

Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto o outro ficava na cidade. Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais: ü Gerúsia: câmara formada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.

ü Apela: Assembléia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles aprovavam ou não as leis da Gerúsia. ü Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto aos militares e administrar justiça.

Educação em Esparta Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, crianças que nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam com os pais até os sete anos, a partir daí o Estado tratava de educá-los. As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos. Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde saiam aos sessenta. Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção.

Atenas

A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos. Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para ciências e artes. Tinha sua população dividida em três classes:

ü Cidadãos: eram os filhos de atenienses. ü Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados. ü Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam conquistar a liberdade.

Organização em Atenas

No inicio Atena era governada por aristocratas que mais tarde escolheram governantes que receberam o nome de Arcondes, eram magistrados, sendo uns vitalícios, outros não. Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um ano. Escolheram também membros da assembléia chamada Aerópago, semelhante a Gerúsia de Esparta. Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria comerciantes e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social. Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo antigo, quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza.Foi desta cidade que saíram grandes legisladores, filósofos e poetas.

As Leis

Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando o Código atribuído a Drácon. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas

Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os direitos de todos: 1º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente, escravizados. 2º. Deu garantia a liberdade individual. 3º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao filho. 4º.

Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou o Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses.

Pisístrato

As reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupatridas se viram prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos. Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem endinheirado que, apoiado no partido popular, apoderou-se do governo. Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os que se elevavam ao poder por meios irregulares. Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de Sólon e procurando melhorar as condições dos menos favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a compilação das obras de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias. No entanto, estes não foram

felizes:Hiparco foi assassinado numa rebelião e Hípias fugiu perseguido pelos nobres de Atenas. (510 a.C.). Educação em Atenas

Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa até os seis anos, e depois os meninos iam à escola para aprender leitura, cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica. Cultivavam o amor a pátria, às letras e às artes. Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito. Freqüentavam o liceu ou a academia. Tornavam-se cidadãos. As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer, fiar, e bordar. Só poderiam freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à mesa na presença de pessoas estranhas.

As Guerras As Gueras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas

A primeira guerra começou quando Dario I mandou emissários render as cidades gregas pacificamente. Várias cidades gregas cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os emissários persas. Dario então preparou um grande exército e desembarcou na planície de Maratona, próximo a Atenas. Os Atenienses, com um exército bem menor, tiveram de lutar sozinhos, pois os espartanos só poriam seus exércitos em marcha sob lua cheia, e na época era quarto crescente. venceram em 490 a.C.

Mesmo assim os gregos lutaram com garra e

Na segunda guerra, com a morte de Dario I, os persas passaram a serem governados por Xerxes, Prepararam um poderoso exército que iria por terra. Uma esquadra saiu costeando pelo mar Egeu, acompanhando a marcha dos soldados Invadiram a Grécia pelo norte, renderam Tessália, que aliou-se a eles. Algumas cidades uniram-se a Atenas. Quando eles conseguiram passar pelo desfiladeiro das Termópilas, entraram em Atenas, saquearam, incendiaram a cidade. Mas os grego haviam construído uma esquadra, que embora em menor numero era mais veloz e equipada que as embarcações persas. Os gregos vencem mais uma vez, agora na Baía de Salamina. Mandam Xerxes de volta para a Ásia. Mas os persas continuavam querendo a Grécia. Eles estavam no Mar Egeu. Xantipo comanda os gregos e vence a esquadra persa na batalha naval de Miracle. Finalmente as guerras médicas chegaram ao fim quando Címon destrói a última esquadra persa em Eurimedonte. Com essas vitórias, Atenas consegue grande prestígio, provocando a inveja de Esparta.

Guerras Internas

Os interesses dos dois grupos, Atenas e Esparta, logo entraram em choque, e os aliados de Esparta e os aliados de Atenas enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra, conhecida por Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.). Péricles agora governava Atenas, uniu várias cidades gregas formando a Confederação de Delos, buscando manter a paz. Esparta não participou desta confederação, e unida a outras cidades, atacou a Ática, levando seus habitantes a refugiarem-se em Atenas. Atenas mandou uma esquadra para devastar o Peloponeso, mas a peste atacou esta cidade com mais força que seus navios, matando inclusive Péricles.

As duas cidades, já fracas de lutarem assinaram uma trégua que deveria durar 50 anos. Porém isso não ocorreu pois Alcebíades aconselhou o governo a conquistar a Silícia (rica em trigo), mas para isso os Atenienses teriam que atacar Siracusa, aliada de Esparta. A campanha foi um desastre, já que por um incidente Alcebíase traiu Atenas e revelou suas intenções à Esparta. O fim das guerras finalmente chegou quando Lisandro venceu a esquadra ateniense, que por sua vez, obrigou-se a assinar sua rendição a Liga do Peloponeso, ficando submissa a Esparta, o que não durou muito, já que um ateniense,Trasíbulo, que havia se refugiado em Tebas libertou Atenas. E ainda, dois tebanos , Pelópidas e Epaminondas, investiram contra Esparta e venceram-na. Com a disputa, finalmente vencida pelos espartanos, os atenienses perderam quase todo o poderio político e financeiro adquirido nos anos anteriores. Com todas essas guerras entre as cidades, a Grécia ficou enfraquecida, sendo invadida e dominada pela Macedônia, monarquia semi-bárbara, existente ao norte. O século IV a.C. começou com um curto período de hegemonia espartana, concomitante a um hesitante renascimento ateniense, a que se seguiu um período igualmente curto de hegemonia tebana. Atenas, porém, manteve sua importância cultural: esse foi o século de Platão, Aristóteles e Demóstenes. Quando as póleis se deram conta, a partir de 350 a.C., da progressiva intromissão do rei Felipe II da Macedônia nos assuntos gregos, era tarde demais: em 338 a.C. o exército macedônico pôs fim à autonomia das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano depois, seu filho Alexandre III ("O Grande") tomou o Egito, o Oriente Médio e o Império Persa em menos de quinze anos, com um exército de macedônios.

Período Helenístico 323 a 30 a.C.

Os povos Macedônicos (Felipe II e Alexandre) conquistaram o povo grego e misturaram sua cultura com a cultura dos povos do Oriente, sendo que Alexandre, amante da cultura grega, queria formar um Império Universal onde a cultura grega fosse o ponto unificador dos povos conquistados, formando assim uma nova cultura, o Helenismo. Do ponto de vista político o continente grego afastou-se do centro dos acontecimentos. Com o estabelecimento do Império Romano em 27 a.C., a Macedônia e os territórios da Grécia Continental tornaram-se simples províncias romanas. As antigas póleis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas instituições políticas tradicionais conservaram os nomes e a influência local. Atenas manteve o status de cidade universitária A cultura grega foi adotada pela elite romana e a cidade de Roma se tornou o mais novo e mais importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos); escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos liam, falavam e escreviam fluentemente em grego. Mas o Império Romano, no fim do século III, começou a se desagregar. em 395 d.C. os bárbaros visigodos conseguiram saquear Atenas, Corinto e outras importantes cidades gregas. Nesse mesmo ano, o imperador Teodósio I dividiu formalmente o Império em dois, e a Grécia foi incorporada ao Império do Oriente. A sede era a cidade de Constantinopla, fundada em 330 d.C. pelo imperador Constantino ao lado da antiga cidade grega de Bizâncio No Ocidente, a península italiana e as províncias romanas caíram gradualmente nas mãos dos bárbaros. No Oriente, a cultura grega sobreviveria ainda durante muitos séculos (até 1453 d.C.); sua influência seria explícita a partir de 610 a 641 d.C., quando o grego se tornou a língua oficial do Império Bizantino, embora a oposição dos cristãos, agora dominantes, contra qualquer forma de paganismo. A Igreja Cristã absorveu muitas coisas da antiga cultura grega; apesar disso, fez muita pressão para acabar com o paganismo. O ano de 529 d.C. marcou, o fim do vigor criativo da antiga cultura grega.

Ciência Grega Considerando o povo grego em conjunto, notav...


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