Economia - afroempreendedorismo PDF

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Texto econômico sobre afroempreendedorismo e microeconomia. ...

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O afroempreendedorismo: uma estratégia microeconômica de alcançar a ascensão financeira preta

A microeconomia, como visto nas últimas aulas da disciplina, é uma linha de análise econômica que possui o enfoque nas menores esferas sociais, e estuda em primeira ponto, a relação de oferta e demanda existente dentro dessas esferas, como citado por Vasconcellos, 2014. O afroempreendedorismo, conceito recente que trata o empreendedorismo voltado a população negra, surgiu e pauta-se dentro da esfera microeconômica. Isso ocorre, primeiramente, pelo fato de ser uma iniciativa de apoio e prioridade a micro empreendedores negros. A matéria “Afroempreendedores revolucionam o ambiente de negócios brasileiro “ (Janeiro, 2019) de Roberta Mello, publicada no Jornal do Commercio, traz esse conceito de modo exemplificado e ilustra de modo transparente a importância da esfera microeconômica dentro desse contexto. Fazendo um jogo com a expressão “Grana Preta”, MELLO (2019) fala sobre a importância de incentivar a ascensão econômica da população negra no Brasil, e mostra por meio do contexto histórico do país as razões que esse incentivo deve ocorrer. “Trazida ao Brasil para servir de mão de obra escrava, essa enorme parcela da população viveu séculos sem o direito a uma remuneração justa pelo seu trabalho. Contudo, mesmo na adversidade, muitas pessoas optam por abrir seu próprio negócio e, assim, garantir ganhos melhores com mais respeito e liberdade.” (MELLO, 2019) Um dos principais pontos mostrados por Mello em seu texto, é priorizar empreendedores pretos nas compras cotidianas, seja priorizando o comércio local chefiado por algum negro ou negro, comprando presentes com artistas pretos ou priorizando os seus serviços. (VASCONCELLOS,, 2014) analisa esse fator dentro da esfera microeconômica em sua obra, quando trata os impactos da oferta e da demanda. Nestes casos, a oferta vem dos microempreendedores e empreendedores negros que possibilitam seus produtos e serviços, e a demanda parte dos consumidores que escolhem como primeira opção comprar dessas pessoas. Um exemplo palpável disso é a “Feira Preta”, também discorrida por Mello em seu texto.

A Feira Preta é o maior evento de negócios de afroempreendedorismo da América Latina, além da venda de produtos, o evento busca valorizar o pensamento e as expressões artísticas através de painéis nacionais e internacionais e de shows. Na sua última edição, a feira ocupou 10 lugares da cidade de São Paulo, incentivando a rotação financeira entre pretos em ambos os pontos: oferta e demanda. A presidente da RPN, Rede de Profissionais Negros também ratifica o que foi anteriormente citada: “São dois princípios. Se não me vejo, não compro. E compro de afroempreendedores para fortalecer os seus negócios". Analisar as estruturas de mercado, é outro ponto indispensável para compreender a relação macroeconômica com o afroempreendedorismo, como proposto por VASCONCELLOS, 2014, às estruturas se pautam em 4 eixos, sendo: concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio, entre tais eixos, destacamos a concorrência perfeita e imperfeita. Todos os serviços oferecidos e produtos que estão a venda dentro do eixo afro, também estão disponíveis por outros comerciantes, o que estrutura a concorrência econômica de um modo amplo, a escolha nesse aspecto é o que diferencia o que está sendo montado dentro do conceito de afroempreendedor. De modo que, os consumidores ligados a esse novo modelo específico de economia escolhem os empreendedores negros, alteram a estrutura de concorrência e promovem a ascensão econômica preta....