Title | Farmacologia - Uterolíticos e Uterotônicos |
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Course | Farmacologia Geral |
Institution | Centro Universitário Cesmac |
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Resumo sobre farmacologia de Uterolíticos e Uterotônicos....
TERAPÊUTICA II Uterolíticos e uterotônicos – CESMAC – Medicina Prof. Luciano Pimentel – por Igor Buarque _______________________________________________________________________ Uterolíticos 1. Agonistas Beta Adrenérgicos Salbutamol Ritodrina – miodrina (injetável); Terbutalina – bricanyl (oral, injetável e inalação);
Provocam:
Relaxamento do musculo liso; Especialmente usado para doenças respiratórias – asma em especial. Ocasionalmente usado em obstetrícia; Efeitos colaterais:
Palpitações; Tremores; Hiperglicemia – Pode ser prejudicial em pacientes diabéticas; Ao usar em paciente diabética, cardiopata e gestante, pode ser causada uma situação de pior gravidade. Aplicação clínica: Asma;
Trabalho de parto prematuro.
2. Anti-Inflamatório Não Hormonais (AINE) Indometacina (oral e supositório); Inibe as prostaglandinas – São as responsáveis pela inflamação na menstruação. Teoricamente podem diminuir dores pélvicas e sangramento; Não se aplicam clinicamente como úterolítico. É melhor passar um anti-inflamatório para cólica menstrual do que um anticoncepcional, já que a paciente não precisa evitar filho. Não se aplica AINE como uterolítico: não só pelo efeito fraco que ele tem sobre o útero, mas, por complicações que ele pode vir a causar no feto. Essas complicações são: Diminuição do líquido amniótico; Persistência do ducto arterial do coração, fica aberto após o nascimento (o normal seria se fechar ao nascer).
3. Sulfato de Magnésio Tratamento de hipertensão; Relaxante muscular; Apenas V.I.;
Serve para prevenir eclampsia (contração aumentada no cérebro). Os pediatras usam esse fármaco em gestantes para a proteção neurológica do bebê prematuro (antes de 36 semanas); Dose de ataque - Sulfato de Magnésio a 50% 1 ampola em 50 ml de soro glicosado e deixa “aberto”; Dose de manutenção - Sulfato de Magnésio a 50% - 1 ampola em 500 ml de soro (glicosado ou ringer) de 6 em 6 horas durante 24 horas (ou seja, 4 ampolas); Antídoto: Gluconato de Cálcio; Sempre que for prescrito o sulfato de magnésio, é necessário sondar a paciente e fazer monitoração rigorosa da mesma; Oxímetro de pulso também. Além de parada cardíaca, a intoxicação por sulfato de magnésio pode causar diminuição do reflexo e/ou oligúria. Conduta: suspender a medicação e iniciar Gluconato de Cálcio.
4. Antagonista do receptor de ocitocina Atosiban Usada para inibir trabalho de parto prematuro; Inibe a união da ocitocina com o seu receptor na célula do miométrio – ao usar, a paciente para de ter contração; Melhor ação tocolítica, isto é, quando o paciente está em trabalho de parto prematuro com 30 semanas, por exemplo. Toco = útero, lítica = destruição, ou seja, destruir a implantação no útero.
5. Bloqueadores do canal de cálcio Nifedipina; Nifedipino ou nifadipina é um fármaco bloqueador dos canais de cálcio utilizado como hipotensor, vasodilatador e tocolítico. É indicado na hipertensão arterial sistêmica e pulmonar, angina de peito estável e na prevenção de parto prematuro Se uma paciente chega em trabalho de parto prematuro e é hipertensa, não deve usar ele. A Nifedipina pode ser usada de 10 ou de 20g; tem a dose de ataque 30 mg e depois a dose de manutenção 20 mg usada de 6/6 hs.
Tratamento usado por tempo limitado, só deve ser usado em hospital. Não pode suspender em uma paciente hipertensa. Mesmo sendo hipotensor, não usar em paciente de parto prematuro que tem hipertensão. Geralmente está paciente está usando Metildopa ou Pindolol, que é uma medicação mais fraca. Se acrescentar muita Nifedipina, a pressão da paciente baixa muito e com o bebê morre.
6. Medicações que podem ser utilizadas como uterolíticos Cloridrato de isoxsuprina – inibina - efeito colateral desse medicamento é uma vasoconstricção muito grande. Não se usa mais. Risco de IAM; Hioscina–buscopam; Piperodolato–dactil: uso ocasional; Etanol.
Uterotônicos 1. Ocitocina O principal hormônio é a ocitocina, que é justamente aquele hormônio que a gente coloca no soro para o bebê nascer, estimulam os receptores de ocitocina provocando a contração uterina. Só se deve usar Ocitocina depois de 3cm de dilatação; Em excesso, causa: Estresse celular; Desfiguração da célula miometrial; Risco de necrose se for feita aplicação direta – uso em grande quantidade de soro para que faça o efeito. Efeitos colaterais da Ocitocina: Rotura Uterina - não se deve usar ocitocina em pacientes em trabalho de parto se a paciente tiver sido submetida à cesárea anteriormente. A não ser que haja muita experiência; Potente vasopressor; Pode levar a necrose se injetada diretamente; Geralmente pode ser usada após 3 anos de césarea anterior. Falha de Indução - estresse celular e consequente desfiguração da célula miometrial.
2. Outros Uterotônicos: Prostaglandinas:
Dinoprostona; Carboprost;
Misoprostol - funciona com colo fechado. A ocitocina só funciona com 3cm de dilatação, o misoprostol funciona com o colo fechado. Aborto: É até 20 a 22 semanas de gestação e até 500 gramas; Morte Fetal: É após 20 ou 22 semanas de gestação, é intra-útero; Indução ao aborto - quando o feto/embrião já está morto e tem menos de 20 semanas ou 22 semanas; Indução ao trabalho de parto - gravidez de 24 ou 42 semanas com um feto morto.
3. Situações Especiais Ameaça de aborto:
Dactil; Progesterona. Gestação de até 20 semanas ou 22 semanas com sangramento: Dactil ou progesterona.
Trabalho de parto prematuro:
22 a 35 semanas; 01 a 02 contrações em 10 minutos; Ao fazer o toque - colo maior que 3 cm. Conduta:
Atosiban injetável (ambiente hospitalar) Nifedipina (ataque e manutenção) Inibina – fármaco desatualizado, em desuso Inibir o trabalho de parto para que dê tempo para a mãe tomar o corticoide – ele é usado por 48h. Proteger por 1 semana o feto que está dentro da barriga, entre 22 a 35 semanas – então se ele não nascer, melhora muito pois já usou corticoides. Administrase o uterolítico e o corticoide.
Indução ao trabalho de parto - Ocitocina:
Contrações fracas; Mais de 03 cm de dilatação; Ocitocina diluída em 500 ml de soro – Se a paciente tiver tido vários filhos com parto normal e estiver totalmente dilatada, pode haver chance de não nascer, depende e cada caso. Indução ao trabalho de parto com colo menor que 03 cm, idade gestacional de 28 a 42 semanas
Misoprostol 25mg (6/6 hs); Uso com feto vivo ou morto;
Limite de uso - PCTE em uso de misoprospotol há 3 dias, com feto vivo, quanto tempo mais se deve usar? Não existe um limite de uso, mas se o bebê não nascer em 48 horas, não faz sentido continuar utilizando.
Uso em situações especiais Indução ao aborto de 13 a 17 semanas (pode ser iniciado em idade gestacional menor)
Misoprostol de 200mg; 4 comprimidos; Via vaginal; 8 em 8 horas; Geralmente só são necessárias as duas primeiras aplicações. Quando uma paciente chega com um aborto retido, entre 13 e 17 semanas podemos colocar 4 comprimidos, via vaginal e em 6 horas a curetagem será realizada.
Indução ao parto entre 18 a 26 semanas
Misoprostol de 100mg; 4 comprimidos; Via vaginal; 12 em 12 horas; Geralmente são necessárias duas aplicações.
Atonia uterina
Ocorre quando o útero não sofre a contração no pós-parto; Misoprostol de 200mg; 8 comprimidos; Via retal; Ocitocina Se não for resolvido, a paciente deve ser encaminhada para histerectomia. Pode ser percebida quando o útero da paciente está elevado; Quando está descendo pela vagina ou também pode ser decorrente de um grande sangramento durante a cesárea; Acontece muito por falha do obstetra, por não ter administrado a ocitocina no pós-parto....