HidrataÇÃo Venosa - resumo PDF

Title HidrataÇÃo Venosa - resumo
Author THAYS FREIRE
Course Prescrição
Institution Universidade Federal do Ceará
Pages 3
File Size 289.9 KB
File Type PDF
Total Downloads 56
Total Views 133

Summary

resumo...


Description

HIDRATAÇÃO VENOSA Primeiramente, avaliar qual o objetivo dessa hidratação, que pode ser basicamente:   

EXPANSÃO REPOSIÇÃO MANUTENÇÃO

EXPANSÃO - objetiva restabelecer a euvolemia; presume-se que o paciente esteja hipovolêmico; - avaliar números como PVC ou Pai e paramêtros clínicos (como sede, turgor de pele, enchimento capilar lentificado, diminuição de débito urinário (não somente no paciente sondado), alteração do sensório e sinais vitais); - ERRO COMUM: expandir volemia com aumento de hidratação de manutenção; Gráfico abaixo - Diferença entre "expandir" com aumento de manutenção e expandir com expansão propriamente dita

Eventualmente, mesmo com aumento de hidratação de manutenção (linha pontilhada), o paciente pode chegar a euvolemia, mas perde-se um tempo que pode ser valioso em que o paciente permanece hipoperfundido em seus órgãos e tecidos, quando comparado à expansão. Outro problema, é que se não reavaliada regularmente, tal conduta pode ainda levar para o outro extremo da hipervolemia iatrogênica, levando à prescrição em cascata de diuréticos. - expandir com cristalóides ou colóides, mas preferencialmente os primeiros (SF 0,9%, RL); - expansão se faz de forma rápida (não somente "abrir o soro"). Em geral, 500 ml devem ser infundidos em 10-15 minutos, podendo ser necessário que se troque ou pegue outro acesso venoso e ainda que se "esprema" o soro manualmente ou sob pressão. DICA: utilizar o manguito do tensiômetro para isso, se não for disponível material próprio; - pacientes cardíacos e que tenham restrição a volume, se hipovolêmicos, devem ter sua expansão feita de forma igualmente rápida, porém em menores alíquotas (50-250 ml); - quando se deseja verificar resposta a volume, sem entretanto infundir volume, e, especialmente quando presentes arritmias ou ventilação mecânica espontânea, pode-se recorrer a manobra de passive leg raising. REPOSIÇÃO - o objetivo é repor o que se perde. Exemplos são diarreia, vômitos, sudorese profusa, derrames, sondas com altos débitos - A tabela retirada do Current Medical Diagnosis and Treatment demonstra que tipo de solução repor de acordo com o que se perde

MANUTENÇÃO - O objetivo é a manutenção da homeostase sendo composta pelo menos por água, sódio, potássio e glicose. Deve-se entender, especialmente no caso de um paciente que esteja em dieta zero, que ela deve compor as necessidades diária; - Independentemente dos níveis séricos, esses componentes devem ser "mantidos". Ou seja, no exemplo de um paciente com TGI obstruído que esteja de dieta zero, não precisamos esperar que o potássio caia para adicioná-lo na manutenção (nesse caso, seria reposição); - A glicose também deve ser sempre adicionada para evitar o catabolismo protéico; - Não guiar necessidade de glicose por glicemias capilares. Caso a glicemia esteja alta, adicionar a glicose necessária e conjuntamente a insulina necessária para controle glicêmico (Esquema móvel de insulina: piora prognóstico). - Magnésio e Cálcio devem ser mantidos após uma semana de dieta zero; - caso a perspectiva seja de que essa situação se continue, não devemos postergar NPT (nutrição parenteral total). - Várias são as fórmulas para esta estimativa que podem ser utilizadas e uma que pode ajudar é a de Holliday-Segar.

ANEXO – ESCOLHA DA SOLUÇÃO

Considerações importantes: - A solução salina apresenta uma razão sódio/cloro de 1:1. No plasma, esta relação está em torno de 1,251,45:1 há, portanto, um excesso de cloro na solução salina 0,9%; - A reposição excessiva de cloro provoca acidose hiperclorêmica, que está ligada à vasoconstrição renal, redução na taxa de filtração glomerular e diminuição do fluxo sangüíneo e da motilidade gástricos; - Recomenda-se, portanto, que a solução salina 0,9% seja utilizada preferencialmente em desequilíbrios hidroeletrolíticos propriamente ditos, quando sua aplicação é inquestionável, como na desidratação com choque hipovolêmico ou na hiponatremia grave, seguindo protocolos já estabelecidos. Na condição de hidratação de manutenção, nos pacientes impedidos de realizarem hidratação oral e livres de distúrbios hidroeletrolíticos, deve ser evitada; - Há recomendações, por outro lado, de que idosos hemodinamicamente estáveis com necessidade de reposição de água livre sejam hidratados com volumes adequados de solução glicosada a 5%; - Deve-se evitar a infusão de soluções hipotônicas apenas se a concentração de sódio for inferior a 138 mEq/L. Em outras circunstâncias soluções hipotônicas, em volume aproximado a 1.000 mL, podem ser infundidas com segurança, sem a necessidade de controles rígidos ou diários dos níveis de sódio sérico;...


Similar Free PDFs