João 8 PDF

Title João 8
Course Cristologia Biblica
Institution Universidade Luterana do Brasil
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João 8.28-29 - O que este texto nos ensina?...


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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Disciplina: Cristologia do Novo Testamento Professor: Dr. Gerson Linden Aluno: Jean Junior Hartmann Data: 02/05/2018 João 8.28-29 - O que este texto nos ensina sobre a Obra e Pessoa de Jesus Cristo?

João 8.28-29 Versículo 28: No versículo 28, Jesus em seu ofício profético prediz, “quando levantardes o filho do homem”, essa é uma referência a Nm 21.9, quando Moisés hasteia a serpente de bronze, indica a exaltação de Cristo na cruz e também sua exaltação celeste. Em seguida ele diz, ἐγώ εἰμι, um pronome pessoal nominativo singular seguido de um verbo indicativo presente ativo, uma referência ao Antigo Testamento, ou seja, afirmando ser o verdadeiro “EU SOU”, nome atribuído ao Deus pessoal de Israel, aparecendo pela primeira vez em Êxodo 3.14. Um destaque também a palavra “faço”, no grego ποιw~,~ refere-se a Cristo fazendo o que fala e falando o que faz. Disse-lhes, pois, Jesus: Aqui Jesus está repreendendo a ignorância, ele fala com autoridade, reafirmando as suas reivindicações. Ao contrário de todos os outros, ele sabe de onde vem e para onde vai. E conhecia o futuro. Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; Champlim escreve que levantardes o Filho do homem é uma referência obvia a morte na cruz, porquanto esse fato é ilustrado pelo ato de Moisés, que levantou a serpente de metal no alto de um poste, a fim de que todos os israelitas que a vissem, pudessem ser curados das mortais mordeduras das serpentes. Além disso, Jesus identificou-se como o grande “EU SOU” do Antigo Testamento e isso é uma virtual reivindicação de divindade. Mateos afirma, Jesus é “o homem”, ou seja, o homem acabado, Filho de Deus, o modelo de homem, que os judeus não aceitam. Viertel diz que em escárnio e condenação, o filho do Homem seria levantado na cruz, mas o Pai o elevaria, através da ressurreição e ascensão, a um lugar de glória e vitória. Embora os judeus fossem rejeitar Jesus e condená-lo na cruz, saberiam, através de sua ressurreição, que a crucificação não era o fim, mas que Jesus é aquele que existe – o “EU SOU”.

Para Bruce o Filho do homem ser levantado na cruz é a revelação completa da glória divina manifesta no filho. Jesus veio ao mundo para revelar o Pai, e a maneira mais completa de fazê-lo foi morrer na cruz. Só há um lugar onde as escamas caem dos olhos e é obrigatório reconhecer: “eis que este é nosso Deus, em quem esperávamos... na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Is 25.9). É verdade que nem cruz e ressurreição convenceriam todos de que aquele homem na cruz estava revelando o Pai, mas se isso não os convencia nada poderia fazê-lo. Mas falo como o Pai me ensinou. Aqui Jesus fala usando a autoridade do Pai, ou seja, de modo imediato e com autoridade própria, diferente dos profetas do AT que falavam, “assim diz o senhor”. Ele fala das revelações presentes, por causa de sua posição de poder e de seu arbítrio, fundamentada em sua perfeita união com o Pai. Para Bruce o fato de ele ser levantado confirma sua afirmação, então ficaria manifesto que ele falara e agira baseado na autoridade do Pai. “Falo como o Pai me ensinou”. Ele tinha a garantia de que o Pai estava com ele aprovando-o em todo o que ele fazia. Mateos diz que Cristo aprendeu de Deus sua oposição à injustiça, e a sua morte é prova definitiva de sua missão divina. Versículo 29: No versículo 29, no grego καὶ ὁ πέμψας με μετ᾽, Jesus se refere ao Pai, ele se utiliza de uma perífrase, que consiste na substituição de um termo ou expressão curta por uma expressão mais longa que serve para transmitir a mesma ideia, sendo assim, ele disse “aquele que me enviou” ao invés de dizer “meu Pai”. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. O pai não apenas envia Jesus, como também acompanha seu filho em sua obra. Mateos, diz que diante da oposição que sofre e do risco que corre, Jesus não se acovarda, por que não está só. O pai o acompanha e o apoia. Champlim explica que Cristo aprendeu a obediência através do que sofreu, pelo que foi pioneiro do caminho, além de ser o próprio caminho.

Ambos os versículos são uma obra passada, pois faz alusão a tudo o que já acorreu, com a morte de Cristo na cruz. Quando Cristo foi levantado como ele havia previsto, para concluir a obra da salvação, ele se glorificou e dessa forma pode se saber que ele era verdadeiro Deus. E como ele mesmo disse, Deus permaneceu com ele, pois ele fez tudo que o agradava.

Referências: Bíblia de Estudo Almeida. Segunda edição. Sociedade Bíblica do Brasil – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. Bíblia de Estudo Nova Tradução da Linguagem de Hoje. Sociedade Bíblica do Brasil – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012. BRUCE, F.F. João Introdução e Comentário. Primeira edição. São Paulo, SP: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1987. CHAMPLIN, Russell N. O Novo Testamento Interpretado: Lucas e João. São Paulo, SP: São Paulo Industria Gráfica e Editora S/A. MANUAL BÍBLICO SBB. tradução de Lailah de Noronha. Barueri, SP: sociedade Bíblica do Brasil, 2008. MATEOS, Juan; BARRETO, Juan. O Evangelho de São João. São Paulo, SP: Edições Paulinas, 1989. VIERTEL, Weldon E. O Evangelho e as Epístolas de João. Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1987....


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