Resumo e análise do conto O Defunto - Joelma M S Barbosa PDF PDF

Title Resumo e análise do conto O Defunto - Joelma M S Barbosa PDF
Author Joelma Barbosa
Course Literatura Portuguesa Contemporânea
Institution Universidade Federal do Pará
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Resumo e análise do Conto o Defunto ...


Description

Aluna: Joelma Mendes Soares Barbosa Mat: 20153080010 Resumo do conto: O defunto O conto explora uma trama na qual o fidalgo D. Alonso de Lara, casado com D. Leonor de Lara, movido por incontidos ciúmes arquiteta o assassinato do sobrinho do cônego, D. Rui de Cárdenas recém-chegado à cidade de Segóvia. A história se inicia quando o cavaleiro D. Rui de Cárdenas foi para a dita cidade e, frequentando diariamente a igreja da Senhora do Pilar se apaixona por D. Leonor, esposa do fidalgo D. Alonso de Lara, um homem extremamente ciumento, que somente permitia que sua esposa saísse para a missa aos domingos. Apesar de ser constantemente observada por D. Rui, D. Leonor não se apercebia do cavaleiro, então logo este decidiu esquecê-la. No entanto, uma aia que constantemente acompanhava D. Leonor levantou certa desconfiança de haver romance entre sua ama e o cavaleiro, comunicando tal desconfiança para o seu senhor D. Alonso de Lara que, movido por ciúmes, arquiteta um plano para matar o cavaleiro. D. Alonso então manda D. Leonor escrever uma carta para D. Rui, convidando-o a visita-la na ausência de seu marido, repassando-lhe alguns detalhes de como ele deveria proceder para o encontro amoroso. D. Rui partiu a cavalo para Cabril a fim de encontrar D. Leonor, porém se deteve no Cerro dos Enforcados, onde estavam dependurados quatro enforcados em pilares de granito. Um dos enforcados aborda D. Rui e lhe pede para leva-lo à Cabril. Ao chegarem no local de destino, o enforcado toma o lugar do cavaleiro D. Rui e acaba sofrendo o traiçoeiro ataque de D. Alonso, que o golpeia com uma adaga, caindo no jardim. Rapidamente, ao perceber a emboscada, D. Rui foge em disparada com o enforcado, levando-o de volta ao Cerro dos Enforcados e revolvendo seu corpo à posição original no pilar onde fora enforcado. Antes de ir, ao tomar par da dimensão da situação, D. Rui faz uma breve oração pelo enforcado que o salvou, partindo para Segóvia em seguida. D. Alonso busca sem sucesso o cadáver do cavaleiro e se depara com o enforcado com sua adaga encravada no peito. Numa madrugada de São João fora encontrado morto por uma de suas servas.

A senhora D. Leonor, herdeira de toda a fortuna de seu marido D. Alonso, se recolhe no seu palácio em Segóvia, e toma conhecimento do miraculoso escape de D. Rui. Ao fim, visitando a igreja de Senhora de Pilar, entra em contato com o cavaleiro e, posteriormente casa-se com ele em 1475.

Análise: O conto em questão é uma narrativa fantástica, e dentre suas características podemos destacar a hesitação, a dúvida que o leitor tem ao ver D. Rui conversar com um defunto. O racionalismo, ou seja, o uso da inteligência como único meio para a compreensão da realidade objetiva é uma das características que é deixada de lado por Eça de Queirós nesse conto, especificamente ao enredar no fantástico. As descrições minuciosas, que é uma

característica

da

escola

Realista/Naturalista,

ocorre

no

conto,

principalmente no que tange a descrição do ambiente, o que criará um ar sombrio de mistério, vejamos o exemplo: “[...], rodeando o Calvário, galopou pela outra estrada mais larga, até avistar, [...], os pilares negros, os madeiros negros do Cerro dos Enforcados. Então estacou direito nos estribos. Num cômoro alto, seco, sem erva ou urze, ligados por um muro baixo, todo esbrechado, lá se erguiam, negros, enormes, sob a amarelidão do luar, os quatro pilares de granito semelhantes aos quatro cunhais de uma casa desfeita. Sobre os pilares pousavam quatro grossas traves. Das traves pendiam quatro enforcados negros e rígidos, no ar parado e mudo. Tudo em torno era morto como eles.” Encontramos também uma característica que é marca do próprio autor: a crítica ao cristianismo. No conto “O defunto” os personagens principais são devotados ao cristianismo e até mesmo pedem bênçãos aos seus santos quando estão prestes a cometer um pecado (adultério). Quando D. Rui está a caminho de Cabril, lembra-se que não pediu a benção de sua madrinha (Santa Pilar) e, ao recorda-se disso, imediatamente pede a ela que abençoe sua viagem e seu destino que são os braços de sua amada....


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