TCC Corrigido - trabalho de conclusão de curso PDF

Title TCC Corrigido - trabalho de conclusão de curso
Author sabrina de souza
Course trabalho de diplomação em arquitetura
Institution Centro Universitário de Várzea Grande
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trabalho de conclusão de curso...


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Inoculação de Azospirillum brasilense no tratamento de sementes e via foliar na cultura do milho Kamila Gonçalves¹ Leonardo Pereira Scolari¹ Matheus de Freitas Leon Bordest¹ Debora Curado Jardini² Resumo A tecnologia de inoculação das bactérias diazotróficas Azospirillum brasilense na cultura milho vem sendo utilizada como uma alternativa para a redução do consumo de fertilizantes nitrogenados, pois essas possuem a capacidade de fixar nitrogênio N atmosférico no solo. No entanto, poucos são os trabalhos estabelecendo qual o melhor método e época de aplicação foliar da inoculação sobre o desempenho da cultura do milho. Diante disso, O objetivo do trabalho foi avaliar a inoculação de Azospirillum brasilense no tratamento de sementes e via foliar na cultura do milho. O trabalho foi realizado em condições de campo localizado próximo a cidade de Barra do Bugres, MT, no período de março a junho de 2019, utilizou-se o delineamento em blocos casualizados (DBC), com seis tratamentos e seis repetições, totalizando 36 parcelas. Sem inoculação (testemunha), inoculação via semente, inoculação via foliar nos estádios fenológicos V4, V6 e V8 e, inoculação via semente + via foliar no estádio fenológico V6. Levando em consideração para as comparações algumas características agronômicas como altura da planta, diâmetro do colmo, peso de matéria seca (MST), peso de matéria verde (MVT) e produtividade. Não obteve diferenças significativas na produtividade quando inoculado com Azospirillum brasilense em diferentes estádios da planta, tratamento de semente (TS) e no estádio V6 + tratamento de semente (TS). Concluindo que ainda são necessários mais estudos sobre a bactéria do gênero Azospirillum brasilense. Palavras-chave: Zea Mays, fixação biológica de nitrogênio, bactérias diazotróficas. Inserir título e resumo em inglês. Inserir rodapé.

Introdução O milho (Zea mays) está entre os principais cereais cultivados em todo o mundo, fornecendo produtos largamente utilizados para a alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria, principalmente em função da quantidade e qualidade das reservas acumuladas nos grãos (ALVES et al., 2015). Já para o Brasil, o Usda estima um significativo incremento na produção, tendo em vista que a safra 2017/18 foi marcada por problemas climáticos, sobretudo

para a 2ª safra, que reduziu bastante o volume de produção, sendo de 82181 milhões de toneladas produzidos. Porem houve um aumento na safra 18/19 são de 96000 milhões de toneladas de milho produzidas. (CONAB, 2019). Um dos elementos imprescindíveis para o metabolismo, desenvolvimento e produtividade do milho é o nitrogênio (N), por conter um grande número de moléculas essências as células presentes em sua estrutura, como aminoácidos, proteínas, enzimas, ácidos nucleicos, clorofila e entre outros (BULL; CANTARELLA, 1993).O N é requerido em grandes quantidades pelo milho, dando importância ao reconhecimento desse nutriente, por elevar a produtividade tem acarretado no aumento da demanda de fertilizantes nitrogenados (ESCOSTEGUY et al., 1997; FREIRE et al., 2001). Devido ao elevado custo dos fertilizantes nitrogenados e aliado ao aumento do consumo de alimentos, tem-se a necessidade de se incorporar à atividade agrícola, novas tecnologias que visem à racionalização do uso de fertilizantes nitrogenados. Uma alternativa é o uso de bactérias fixadoras de N atmosfério em culturas de grande interesse econômico, como o milho, visto que tais microrganismos são capazes de promover o crescimento vegetal e gerar incrementos no desenvolvimento e na produtividade das culturas (BALDANI et al., 1997). Entre as bactérias pertencentes ao gênero Azospirillum, a de maior potencial é a Azospirillum brasilense, havendo inoculantes comercializados no Brasil contendo essa bactéria. A bactéria pode gerar diversos estímulos para o crescimento das plantas, destacando-se a fixação biológica de N (FUKAMI et al., 2016). Tais bactérias quando presentes nas plantas em quantidades apropriadas estimulam a densidade e o comprimento de pelos radiculares, assim como a taxa de aparecimento de raízes laterais e a área de superfície de raiz (DIDONET et al., 1996). Este aumento da superfície de contato das raízes potencializa o aproveitamento e utilização de nutrientes minerais e água resultando em melhor desenvolvimento das plantas e maior produtividade das culturas (BALDANI et al., 1997). Em razão que o mundo está em um crescente busca por sustentabilidade nos sistemas agrícolas de produção, alguns autores demonstram como uma maneira alternativa para a economia de fertilizantes a base de nitrogênio, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) a qual pode suplementar ou, até mesmo, suprir o emprego desses fertilizantes (BALDANI, et al., 2005). Existe diversos experimentos envolvendo a utilização da tecnologia de inoculação das bactérias diazotróficas Azospirillum brasilense na cultura milho como fonte de nitrogênio, porém pouco se sabe a respeito da melhor época de inoculação. Com isso, o objetivo do trabalho foi avaliar a inoculação no tratamento de sementes e via foliar na cultura do milho.

Material e Métodos O experimento foi realizado durante março a junho de 2019, no município de Barra do Bugres, MT, com as seguintes coordenadas geográficas: 15°04’21” de latitude sul e a 57°10’52” de longitude oeste, com 171 metros de altitude. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizado (DBC), com seis tratamentos e seis repetições, totalizando 36 parcelas. Os tratamentos foram: sem inoculação (testemunha), inoculação via semente (TS), inoculação via foliar nos estádios fenológicos V4, V6 e V8 e, inoculação via semente + via foliar no estádio fenológico V6. Cada parcela tinha três metros de comprimento e dois de largura, totalizando seis metros quadrados. Antes da implantação do experimento foi realizada uma amostragem de solo, na coleta foi retirada cinco amostras simples de 0-20 cm de profundidade aleatoriamente na área para formar uma amostra composta, essa foi encaminhada ao laboratório para realização da análise química e física. Na Tabela 1 tem-se o resultado da análise química e física do solo. Além disso, foi realizado o preparo do solo com uma gradagem para a retirada da vegetação anterior e melhoria das condições físicas do solo. Tabela 1. Resultado da analise química e física de solo. Prof. pH

P mg/dm³

0-20

6,1

6,1

K

Ca

Mg

Al

H

cmolc/dm³ 56,6 1,65

0,66

MO

área Argila

g/dm³ 0

1,85

10,2

silte

g/kg 740

201

59

Para a semeadura utilizou-se o hibrido DKB 290 PRO3, de ciclo precoce, no espaçamento de 0,5 metros, profundidade de 5 cm, totalizando 5 sementes/m. Em todas as parcelas foram realizadas adubação nitrogenada aplicando-se 60 kg/ha de uréia a lanço no pré-plantio. Para a inoculação via semente e foliar de Azospirillum brasilense utilizou-se o produto comercial Azokop® na dose de 100 ml para cada 25 kg de semente e, 300 ml/ha nos estádios fenológicos V4, V6 e V8, respectivamente. Para a aplicação via foliar foi utilizado um pulverizador costal pressurizado com CO2 com pressão de trabalho de 6 bar, barra de dois metros de comprimento e com quatro bicos jacto tipo leque com espaçamento de 0,5 metros entre os bicos. A calda foi preparada em uma garrafa pet de dois litros, onde foi utilizado 12 ml do inoculante Azokop® em dois litros de água. A vazão de aplicação foi de 100 litros por hectare. Quando as plantas se encontravam no estádio de florescimento realizou-se as seguintes avaliações: altura de planta (metros), diâmetro do colmo (cm), massa verde (MVPA) e seca da parte aérea (MSPA) (g/planta). Para as avaliações de

altura de planta e diâmetro do colmo foram avaliadas 10 plantas ao acaso por parcelas, apenas das duas linhas centrais. Na avaliação de altura de planta foi utilizando uma fita métrica, e eram mensuradas a partir do nível do solo até o princípio do pendão. O diâmetro do colmo foi mensurado no primeiro entre nó a partir do nível do solo utilizando uma fita métrica. Para a determinação da massa verde da parte aérea foram coletadas cinco plantas inteiras de cada parcela e pesadas na balança analítica. Essas mesmas plantas foram colocadas em papel Kraft e levadas a estufa de circulação forçada de ar à uma temperatura de 60°C por 72 horas e, em seguida, pesadas em balança analítica para obtenção da massa seca da parte aérea. Quando a planta encontrava-se no estádio de maturação fisiológica foi realizada a avaliação da produtividade. Para isso, foram coletadas as espigas de 10 plantas de cada parcela, debulhadas e pesadas para obtenção da massa de grãos. Em seguida, foi determinada a umidade dos grãos para posterior correção da mesma para 13% e, extrapolação dos dados para kg/ha. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e ao teste F ao nível de 5% de probabilidade de erro. Quando constatados efeitos significativos dos tratamentos, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando-se o programa estatístico R.

Resultados e Discussão A altura de plantas, diâmetro do colmo, massa verde e seca da parte aérea das plantas não foram influenciadas pelos tratamentos, ou seja, não houve significativo para as essas variáveis em função da aplicação de Azospirillum Brasilense via sementes e via foliar na cultura do milho (Tabela 2). Tabela 2. Altura de plantas, diâmetro do colmo, massa verde e seca da parte aérea das plantas em função da aplicaçãode Azospirillum brasilense via semente e foliar. Altura de Diâmetro do MVPA MSPA Tratamentos plantas colmo (m) (cm) (g/planta) Testemunha 2.26 5.56 453.30 312.66 TS 2.20 5.51 507.20 351.16 Via Foliar V4 2.25 5.46 556.40 393.16 Via Foliar V6 2.30 5.70 470.06 291.83 Via Foliar V8 2.27 5.71 544.66 415.16 TS+Via Foliar V6 2.25 5.51 461.50 333.50 CV% 10.54 13.41 32.17 32.56

Tabela 3. Produtividade do milho (kg/ha) em função da aplicaçãode Azospirillum brasilense via semente e foliar Tratamentos Testemunha TS Foliar V4 Foliar V6 Foliar V8 TS+Foliar V6 CV%

Produtividade (kg/ha) 5.741,41 6.357,56 5.854,22 5.768,99 5.624,23 5.632,86 14.79

Os resultados do trabalho podem ser observados na tabela 2 e na tabela 3, onde constatou-se que nenhuma variável analisada apresentou diferença significativa para os diferentes tratamentos testados. A ocorrência e a atividade destas bactérias no solo e na planta são fortemente influenciadas por estresses físicos (baixa umidade e alta temperatura), químicos (acidez e baixos teores de nutrientes e carbono) e biológicos (espécie vegetal não-hospedeira). Baldani et al. (1999) Portanto, pode-se inferir que a inoculação com A. brasilense via foliar nas diferentes épocas de desenvolvimento da cultura, não foi eficiente na fixação de N2 e produção de fitohormônios que estimulam o crescimento das raízes nestas condições edafoclimáticas, a ponto de incrementar de forma significativa a nutrição, crescimento e produtividade desta cultura. Bashan et al. (2004). No caso o milho foi plantado no final do mês de maio, no fim da época chuvosa, então a falta de umidade influenciou negativamente na produtividade do milho. Sabendo que a variedade DKB 290 PRO3 é exigente quanto a necessidade de água.

Conclusão A aplicação via sementes e via foliar com Azospirillum brasiliense na cultura do milho, em condições onde foi realizado o trabalho, não se observaram diferenças significativas quanto à altura da planta, diâmetro do colmo, massa verde, massa seca e produtividade....


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