Abdome Agudo Hemorrágico, Gravidez ectópica PDF

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RESUMO SIMPLES E DIDÁTICO...

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TUTORIA 8: “Sangramento embaixo” Clínica Cirúrgica

REFERÊNCIAS: Courtney M. Towsend. Sabiston Tratado de Cirurgia. 18ed, Elsevier, 2010. SEÇÃO 13, CAP 75. Medicina de Emergência (Emergências Clínicas) - Martins; Brandão Neto; Velasco - 11 ed., 2016, Cap. 9: Choque; http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u2a7.html- Abdome agudo hemorrágico. http://medicplus.com.br/abdome-agudo/ - Abdome agudo; Medcurso 2017, Cadernos de Obstetrícia volume 3 Cap. 1. – Gravidez ectópica

OBJETIVOS: 1) Compreender Abdome agudo Hemorrágico; 2) Compreender choque hipovolêmico e conduta emergencial; 3) Compreender Gravidez ectópica, sabendo diferenciá-la de aborto e conhecendo as técnicas cirúrgicas e a irrigação da região.

1) Abdome Agudo Hemorrágico: É a hemorragia intra-abdominal, se evidenciando por sangue livre na cavidade abdominal, onde o sangue derramado gera irritação peritoneal além de hipovolemia. Não tem origem traumática. Etiologia: São variadas, como: gravidez ectópica rota (principal); rotura de aneurismas; endometriose; rotura de cisto ovariano; pancreatite necro-hemorrágica; rotura espontânea de órgãos, como baço... Quadro clínico: a dor é intensa, com rigidez e dor à descompressão; há sinais de hipovolemia, tais como hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese, alteração do estado mental; A dor pode ter início leve, indicando hemorragia inicial confinada a certo segmento, com evolução de intensidade, ou já se iniciar intensa. A localização da dor serve apenas como uma orientação para o diagnóstico. As descrições típicas ocorrem em dois terços dos casos. Também pode apresentar dor referida, por irritação do nervo frênico: Sinal de Lafond (dor no ombro direito); Sinal de Kehr (dor na região infraescapular direita). Anamnese: Importante observar: - Informações sobre a dor: em geral é localizada, progredindo para difusa à medida que o sangue irrita o peritônio; geralmente dor em facada; intensa; pode se associar a náuseas e vômitos. - Antecedentes pessoais: verificar se está em idade fértil, caso seja mulher; questionar sobre atraso menstrual, HAS, onde arteriosclerose é fator para aneurisma, uso de anticoagulantes ou alguma coagulopatia, trauma prévio. Exame físico: - Sopros arteriais e/ou massas pulsáteis: Aneurisma de aorta abdominal; - Visceromegalias; - Sinal da descompressão brusca presente: irritação peritoneal; - Sinal de Grey-Turner (equimose nos flancos): indicativo de pancreatite necro-hemorrágica;

- Sinal de Cullen (equimose periumbilical): sugestivo de gravidez ectópica rota ou pancreatite necrohemorrágica; Conduta: A conduta geral em casos de abdome agudo é uma rotina de exames, que são: - Raio X de tórax e abdome (em pé e deitado); - Hemograma: De início pode se avaliar a hemoglobina, que estará reduzida, os leucócitos, que caso haja peritonite estarão elevados e as plaquetas, que em casos de coagulopatia podem estar reduzidos. - EAS (urina I); - Amilase; - β-HCG: Se positivo e não houver relato de gravidez pela paciente, pode ser indicativo de gravidez ectópica; Caso a paciente apresente algum grau de choque, iniciar a conduta emergencial de choque hemorrágico.

2) Compreender choque hipovolêmico e conduta emergencial: O choque ocorre por mal perfusão que gera hipóxia tecidual. Nos casos de hemorragia, a baixa volemia presente dentro dos vasos é quem gera a hipoperfusão. Manifestações clínicas: Pulso fraco e rápido; Pele fria e úmida (pegajosa); Cianose ou palidez; Pupilas dilatadas com reação lenta à luz; Queda da pressão arterial; Paciente ansioso, inquieto e com sede; Náusea e vômito; Hemorragia e Choque Respiração rápida e profunda; redução do nível de consciência e parada respiratória. A avaliação da gravidade do choque é feito pela tabele de graus de choque, que ajuda a identificar também a melhor conduta:

Conduta: - Garantir permeabilidade das vias aéreas, provendo ventilação para o paciente com máscara facial de O2 ou intubação em casos de Glasgow...