AULA AndrÉa - SÍndrome DO Dente Gretado PDF

Title AULA AndrÉa - SÍndrome DO Dente Gretado
Course Dentística Restauradora
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Dentística...


Description

16/12/2016

SÍNDROME DO DENTE GRETADO

“Quando se fala em síndrome do dente gretado, tem-se várias situações. O que é Síndrome do dente gretado? Calma, que já se chega lá. Paciente chegou com restauração e amálgama, o que se vê de diferente? Ô dente só está escuro, o que se tem de diferente nesse dente? Uma trinca, uma fratura. Em outro dente com restauração de amálgama, o que se vê de diferente nele ou não se vê nada de diferente? Duas trincas e está escuro. Outro dente com duas trincas na vestibular; o pré-molar com algo rosa na oclusal; em outro tem uma restauração de amálgama com um rio (trinca) indo de um lado a outro; nesse outro tem outra trinca e na restauração de resina tem uma fratura”.

CONCEITO 

Conjunto de sinais e sintomas (SÍNDROME) associados a presença de uma trinca no esmalte e na dentina;

“Às vezes, começa no esmalte, sendo uma trinca simples, e vai para dentina. Agora toda trica que se ver vai falar que é dente gretado, porque é bonito falar síndrome do dente gretado. Por que dar essa aula na graduação? Porque a incidência é alta e é negligenciado pela maioria dos profissionais. E isso é importante porque na hora do diagnóstico, só se enxerga o que se conhece e é muito simples que ao se olhar o paciente sente dor e se olha e não se vê nada só o amálgama, tira a radiografia e a polpa está a 1 km de distância da

16/12/2016 restauração, não tem lesão, aí se nota a trinca, mas não se dá atenção porque acha que é por causa do amálgama que expande e acaba deixando para lá e negligenciando o atendimento ao paciente”.

COMO DIAGNÓSTICAR SÍNDROME DO DENTE GRETADO Histórico 

1954 – Dor de Cúspide Fraturada (Gibbs);

“Ao se entender o princípio do que é síndrome do dente gretado, sabe-se que dor de fratura de cúspide já é fratura e não trinca, pode até ter começado como trinca que não foi tratada, evoluiu e fraturou”       

1957- Fratura Incompleta de Cúspide (Ritchey et al); 1961 – Linha de Fratura (Sutton); 1962 – Fratura em Galho Verde (Sutton)  nome de fratura utilizada na medicina para um fratura irregular; 1964 – Síndrome do Dente Gretado (Carmem); 1973 – Fratura Incompleta Corono-Radicular; 1976 – Síndrome da Raiz Rachada (Silvestre); 1984 – Coroa Rachada (Johnson);

“Não importa muito o nome dado a isso, o importante é se entender a essência disso, entender o que é o dente gretado e fazer uma anamnese bem criteriosa e qualquer alteração que se ver, mesmo não se sabendo o que é, mas se está vendo alguma coisa deve ser registrado na ficha, e ao se visualizar uma trinca se comenta com o paciente e diz que se vai observar/acompanhar pois pode ou não evoluir, como pode ou não ter sintomatologia dependendo da evolução da trinca”

Tipos de Fraturas Dentárias Completa   

Coroa; Raiz; Corono-radicular;

Incompletas  são os dentes trincados, gretados, dentes rachados  

Sem exposição pulpar; Com exposição pulpar;

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“Na primeira imagem se observa uma trinca que vai de mesial até distal, no outro dente há uma trinca, outra trinca... e assim precisa se ver a extensão da trinca, procurar no dente... então se o paciente chegar reclamando de dor ao mastigar já começa a colocar o dente gretado como uma hipótese de diagnóstico, podendo ser ou não, mas por já está sentindo dor ao mastigar o indicio é muito forte e se tiver a trinca e caso se consiga ver a trinca porque às vezes não se vê, por que é importante saber também qual o dente está gerando a dor, porque às vezes o paciente só sabe o lado que dói, mas não sabe qual dente dói, já que a dor é muito forte uma dor aguda e intensa. Para char o dente tem que se olhar um por um, fazendo o teste de vitalidade, procurar a trinca”

DENTES GRETADOS Apresentam fratura incompleta de esmalte e dentina; Difícil visualização de trinca; “A trinca, normalmente, é difícil de visualização: ou ela está ali e se está conseguindo ver porque o material mancho ou porque as bactérias cromogênitas que tem na boca pigmentaram a área de retenção, pigmentando a trinca ou então a trinca está por baixo da restauração e só removendo a restauração para se conseguir ver” Pode levar a fratura completa apenas da coroa e raiz do dente; “Por não manter a trinca unida e com o efeito de cunha d restauração faz com a trinca aumente e quebre o dente”

SINDORME DO DENTE GRETADO PREVALÊNCIA  

SEXO  Mesma proporção entre homens e mulheres; IDADE  30 a 50 anos;

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LOCALIZAÇÃO DOS DENTES  Molares inferiores; molares superiores e em poucos casos ocorre no pré-molares;

“Por que a prevalência é alta nos molares? Porque é o primeiro dente que erupciona, devido ao esforço mastigatório, por ele ficar muito tempo na cavidade bucal, a chance de cariar é maior (esse paradigma de processo de cárie está mudando, pois se está prevenindo para não restaurar) e os preparos antigamente eram muito extensos, então eram preparos qe se removia muito dente, ficando assim pouco remanescente e assim aumentava o esforço e trincava” 

Muito associado ao estresse e cada vez mais pacientes mais jovens estão apresentando isso;

POR QUE É ALTA A PREVALÊNCIA EM MOLARES?

16/12/2016 “Outro motivo para aumentar a prevalência de dente gretado em molares: amálgama. A mais um motivo para o amálgama não prestar. Não. O amálgama presta. Quais as características de um preparo par amálgama? Paredes circundantes convergentes para oclusal, ângulos arredondados, quando se negligencia essas características básicas fazendo um ângulo reto e/ou paredes circundantes perpendiculares, gera-se um estresse, ua concentração de forças muito grande na parede pulpar que é uma área de concentração de estresse muito grande e assim pode ser uma explicação da frequência ser alta, sem contar a expansão que o amálgama sofre, ajuda na formação de trincas” “Preparos extensos onde a quantidade de dente é muito pouca e com essa onda de trocar amálgama por resina também ajuda nessa fragilidade do dente” “Às vezes, tem-se uma quantidade de dente satisfatória e que acaba virando uma indireta, porque se vai rebaixar tentando ao máximo tirar a trinca e nada garanto que se conseguiu tirar a trinca toda e por isso se precisa fazer uma restauração onde se consiga manter a trinca unida e só se consegue manter a trinca unida quando se faz uma indireta e se abraça o dente podendo ser uma Onlay, overlay, coroa total dependendo da quantidade de dente remanescente”

SINTOMAS  

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Dor momentânea e forte durante a mastigação  Mastigou, mordeu, o paciente sente dor muito forte; Raramente dor a percussão  quando tem dor a percussão é porque está associado a outro tipo de lesão, o caso já avançou podendo ter uma lesão periodontal ou periapical; Limiar de dor; Sensibilidade a variação térmica, especialmente ao frio  por isso pode confundir com outras patologias, tendo que fazer diagnóstico diferencial; Sensibilidade a doces, alimentos ácidos e bebidas alcóolicas;

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“Como essa dor acontece? Qual a explicação? A explicação é que muitas vezes o alimento na hora que se mastiga ocorre uma movimentação microscópica, os dois fragmentos mexem para lados diferentes e com a movimentação do fluído no interior do túbulo dentinário, a sensibilidade ocorre: Teoria Hidrodinâmica” “Quando o alimento é triturado uma porção fraturada se movimenta independente da outra. A dor ocorre devido a movimentação dos fluídos dentinários”.

ETIOLOGIA DA SÍNDROME DO DENTE GRETADO   

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Hábito de mastigar gelo e outras substâncias duras; Hábitos parafuncionais (Bruxismo, Apertamento); Colocação de pinos intradentários  não usa mais, apesar de que o trabalho mais recente é de 2009 e eram pinos antigos que eram rosqueáveis que ao se colocar na dentina se fazia uma pressão tão forte e ia rodando, rodando até ficar preso e devido a isso dava essas microtrincas, hoje em dia esses micropinos vem com um click que na hora que se rosqueia na dentina ele clica e quebra no lugar que deve quebrar minimizando assim o risco de fratura  há controvérsias, já não é mais da realidade atual; Interferências oclusais; Mordida aberta  risco grande devido à sobrecarga dos dentes posteriores e a prevalência alta de dentes gretados está nos molares e a interferência fica toda nos molares, assim sendo OCLUSÃO É TUDO! Precisa-se ter o hábito de sempre verificar a oclusão do paciente; Refrigeração inadequada do spray “ar-água”  promove um aquecimento exagerado e caso o dente esteja enfraquecido ele pode gerar trincas e essa trinca pode evoluir para dentes gretados;

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Preparos cavitários extensos  devido ao excesso de remoção de tecido sadio e recarga na carga oclusal podendo ocorrer uma fratura; Alterações extremas e bruscas da temperatura; Restaurações em resina composta sem utilizar pequenos incrementos;

“Sempre acompanhar ver se a trinca irá aumentar ou se apresentará sintomatologia”

DIAGNÓSTICO DA DOR  

Exige do profissional conhecimento dos sinais e sintomas de Síndrome do Dente Gretado; História da dor;

“NUNCA ACHAR QUE A DOR DO PACIENTE É PSICOLÓGICA, NUNCA MENOSPREZAR A DOR DO PACIENTE, NUNCA SUBESTIMAR A DOR DO PACIENTE NEM DE NINGUÉM” 

Diagnóstico diferencial;

Diagnóstico diferencial da dor      

Sinusites; Cáries; Dores de cabeça e ouvido; Desordens têmporo-mandibulares; Processo inflamatório pulpar; Processo inflamatório periodontal;

“O que se pode confundir com o tipo de dor de dente gretado? Sinusite e processo inflamatório periodontal. Por que? Lesão de cárie vai se ver a cárie, vai ver a cárie seja radiograficamente, seja clinicamente, então dá para descartar; dor de cabeça e dor de ouvido também tem como descobrir, podendo está associado a uma disfunção têmporo-mandibulares como a outras coisas e se consegue dar uma diferenciada. Processo pulpar a radiografia vai mostrar o dente gretado em estágio inicial não aparece na radiografia. O processo inflamatório periodontal e a sinusite, sente dor ao mastigar, sente dor com sensibilidade e pode confundir com dente gretado tendo que fazer exames/testes complementares para achar a trinca, visualizar a trinca e poder descartar ou não dente gretado e o exame periodontal consegue fazer e ver pela sondagem”

DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DO DENTE GRETADO  

Visualização da trinca; Manchamento da linha de fratura;

“Se o dente tiver com uma restauração de amálgama, os produtos de corrosão do amálgama pigmentam a trinca

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Teste de mordida – cunha de madeira, borracha ou dispositivos plásticos; Utilização de corantes: iodo (não utilizado, mancha muito), azul de metileno, evidenciador de cárie; Transiluminação; Utilização de lupas, câmeras intraorais e microscópios;

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TRATAMENTO “A indicação do tratamento dependerá da localização e profundidade da trinca. Quanto mais próxima estiver da polpa, pior será o prognóstico para o dente”. 

Ajuste oclusal por desgaste e/ou por acréscimo;

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Recobrimento das cúspides por restaurações indiretas metálicas ou estéticas;

“Quase que obrigatoriamente o recobrimento ser por restauração indireta metálica porque se tem uma trinca e vai se tentar remover a trinca durante o preparo porem não se tem certeza se a trinca foi removida, a trinca é uma porta de entrada para as bactérias na polpa, por menor que seja é uma passagem mágica para as bactérias, então caso se faça uma restauração adesiva, uma cimentação adesiva, está se levando monômeros que são tóxicos podendo causar uma pulpite no paciente” “O metal de escolha seria o ouro porque tem melhor maleabilidade, melhor biocompatibilidade, mas nem sempre se consegue laboratórios que façam trabalho com ouro e o paciente às vezes não quer pagar porque na verdade às vezes prefere extrair o dente”

“Faz a avaliação do dente, se tem trinca o não tem trinca, se tem trinca verifica se tem envolvimento pulpar ou se não tem envolvimento pulpar; se não tiver envolvimento pulpar se estabiliza a trinca e ajuste oclusal, proservando; se tiver envolvimento pulpar, estabiliza a trinca, faz tratamento endodôntico, acompanha os sinais e sintomas e restauração com proteção de cúspide, sempre fazer restauração com proteção de cúspide, vamos tentar ser conservador, mas a proteção de cúspide tem que existir para estabilizar a trinca”

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