Farmaco I - Farmacos Anti hipertensivos PDF

Title Farmaco I - Farmacos Anti hipertensivos
Author Tiago Caetano
Course Farmacologia Médica I
Institution Universidade de Itaúna
Pages 21
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Summary

Resumo sobre Fármacos anti-hipertensivos feito durante a aula...


Description

Farmacos anti-hipertensivos   





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Revisão da fisiologia renal e cardiovascular Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial “ A hipertensão arterial é uma entidade clinica multifatorial, é conceituada como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofias cardíaca e vascular). ” A hipertensão é a doença cardiovascular mais prevalente do mundo e é um fator que quando o médico consegue intervir adequada de forma muito boa. Isso ocorre pois quando persistente ela ocorre associada a lesões nos órgãos alvo (vasos sanguíneos renais, cardíacos e cerebrais). Quando não controlada, tende a levar a um aumento na incidência de insuficiência renal, coronariopatia, insuficiência cardíaca e AVC. A hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares modificáveis. Eleva o custo medico-social, principalmente pelas suas complicações. Desde 1963, as doenças cardiovasculares superaram as outras causas de morte no Brasil, no entanto os estudos de prevalência são poucos e não representativos no país. A hipertensão está associada a riscos de lesões nos rins, coração e cérebro. Etiologia: é possível estabelecer uma causa especifica para a hipertensão em apenas 10-20% dos pacientes. Os pacientes nos quais não é possível identificar nenhuma causa especifica para a hipertensão são considerados portadores de hipertensão essencial. Na maioria dos casos a causa é a elevação da PA associada a um aumento global da resistência ao fluxo sanguíneo através das arteríolas, enquanto o debito cardíaco mostra-se habitualmente normal. Multifatorial, deve-se considerar herança genética, estresse psicológico, fatores ambientais e dietéticos. Hereditariedade da hipertensão essencial é estimada em cerca de 30%. Regulação normal da PA: a PA é diretamente proporcional ao produto do fluxo sanguíneo (debito cardíaco DC) pela resistência à passagem do sangue das arteríolas pré-capilares (resistência vascular periférica RVP). PA = DC X RVP. Em um paciente normotenso existem mecanismos que vao levar à regulação de algum fator para que a PA se mantenha normal. Dessa forma, se um excesso de volume sanguíneo é detectado pelos barorreceptores, no caso de um paciente normotenso, mecanismos vao acontecer para eliminar esse excesso de volume como por exemplo aumentar a excreção de sódio. Da mesma forma, se detectar a redução deste volume mecanismos vao acontecer no sentido de aumentar esse debito cardíaco como por exemplo o aumento da produção de renina que aumenta a angio II. Então, nos pacientes normotensos, os mecanismos sempre

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vao compensar o excesso ou a redução de volume deixando a PA desse paciente inalterada. Em um paciente hipertenso, parece que estes barorreceptores ficam adaptados para níveis tensionais mais elevados e consequentemente os mecanismos compensatórios ficam menos ativos. Diagnostico: baseia-se em medidas repetidas e reproduzíveis de elevação da pressão arterial. Rotina diagnostica: realizar no mínimo 3 medidas da pressão por consulta, na posição sentada (1 min entre as repetições). A média das duas últimas é considerada a pressão arterial do indivíduo. Se houver diferença maior que 4 mmHG entre as pressões sistólicas e/ou diastólicas devem ser realizadas novas medidas até que essa diferença seja inferior. Recomenda-se que as medidas sejam repetidas em pelo menos duas ou ais visitas antes da confirmação do diagnóstico. Medida da pressão arterial – preparo do paciente: deve-se explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. Certificar-se que o paciente NÃO está de bexiga cheia, não praticou exercícios físicos há pelo menos 60 min, não ingeriu bebidas alcoolicas, café, alimentos ou fumou por pelo menos 30 min. Os limites de pressão arterial considerados normais são arbitrários, então eles são definidos considerando-se a maior parte da população e a experiência dos médicos. Só que estes valores tensionais não devem ser considerados de forma isolada. Dessa forma deve-se considerar também a presença de fatores de risco, lesões de órgãos-alvo e doenças associadas. Isso porque um nível tensional mais elevado é potencialmente mais perigoso para um paciente que apresente alguma dessas características anteriores. Os protocolos de tratamento são definidos a partir de uma extratificaçao de risco, ou seja, os valores de pressão arterial que são aferidos são analisados em conjunto com outros fatores de risco e com a presença ou não de lesões em órgãos alvo. E a partir dessa analise desses fatores estipula-se a necessidade de um tratamento e como ele deve acontecer. É importante lembrar que a acurácia do diagnóstico de hipertensão arterial depende fundamentalmente dos cuidados despendidos nas medidas da pressão arterial. E que se os protocolos são feitos de forma adequada isso vai minimizar tanto os riscos de falsos diagnósticos tanto da hipertensão arterial quanto da normotensao que trariam repercussões na saúde dos indivíduos e no custo social envolvido.

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Estudos epidemiológicos indicam que os riscos de lesão dos rins, coração e cérebro estão diretamente relacionados com o grau de elevação da pressão arterial. Mesmo uma hipertensão arterial estagio I (140-90 mmHg) já aumenta o risco de lesão em órgãos-alvo. Os riscos e a urgência de instituição da terapia aumentam proporcionalmente à magnitude da pressão arterial. Graças aos estudos epidemiológicos sabe-se que o risco de lesão em órgãos-alvo em qualquer nível de PA ou idade é maior nos indivíduos de raça negra e relativamente menor nas mulheres que nos homens. O diagnóstico da hipertensão depende da medida da PA e não dos sintomas relatados pelos pacientes. Dessa forma, a hipertensão é habitualmente assintomática, até que a lesão dor órgãos-alvo seja iminente ou já tenha ocorrido.

Decisão terapêutica: necessária confirmação diagnostica. A partir do momento em que se confirmar, deve-se definir em qual estagio de hipertensão este paciente está, depois deve-se estratificar o risco (levar em conta, além dos valores de pressão arterial, a presença de fatores de risco cardiovasculares, as lesões em órgãos-alvo e as doenças cardiovasculares). A partir daí define-se a meta mínima de valores da pressão arterial, que deverá ser atingida com o tratamento.







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Tratamento não medicamentoso: o Redução do peso corporal e manutenção do peso ideal – índice de massa corpórea (peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros) entre 20 e 25 kg/m2 porque existe relação direta entre peso corpóreo e pressão arterial o Redução da ingestão de sódio – é saudável ingerir ate 6g/dia de sal correspondente a 4 colheres de café rasas de sal, e 2g de sal presente nos alimentos naturais, reduzindo o sal adicionado nos alimentos, evitando o saleiro à mesa e alimentos industrializados. A dieta habitual contém 10 a 12 g/dia de sal. o Abandono do tabagismo o Controle do diabetes e das dislipidemi as Tratamento medicamentoso – objetivos: redução efetiva da PA que impede a lesão dos vasos sanguíneos reduzindo, consequentemente as taxas de morbidade e mortalidade. Os assintomáticos acabam não realizando o tratamento por não sentirem nada e isso é prejudicial. Existem muitos casos efetivos para o controle com diferentes mecanismos de ação que possibilitam uma previsão de sua eficácia e segurança. O uso racional desses agentes isoladamente ou em associação sempre visa a redução da pressão com um mínimo de toxidade. o Reduzir a morbilidade e a mortalidade cardiovascular e renal o Atingir metas pressóricas preconizadas (...


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