Filosofia - Contém um trabalho analítico sobre Patrística e Escolástica no âmbito do Direito PDF

Title Filosofia - Contém um trabalho analítico sobre Patrística e Escolástica no âmbito do Direito
Course Filosofia Geral E Jurídica
Institution Universidade Estadual do Piauí
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Contém um trabalho analítico sobre Patrística e Escolástica no âmbito do Direito em geral....


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI CAMPUS PROF. ANTÔNIO GIOVANNE ALVES DE SOUSA - PIRIPIRI CURSO: BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA PERÍODO: 2018.2 PROFESSORA: WILLIAM MAGALHÃES ALUNOS: MARÍLIA CARVALHO ARAGÃO LIRA, IGOR BRENO DA SILVA GOMES PIRIPIRI, 05 de dezembro de 2018.

PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA Características da Patrística A Patrística, Escola Patrística ou Filosofia Patrística, foi uma corrente filosófica cristã da época medieval que surgiu no século IV. É o nome que se dá à filosofia dos Padres da Igreja ou Santos Padres que viveram ou professaram nos primeiros séculos de nossa era. É divida em três períodos: o de formação, o de apogeu e o de transição. O advento do cristianismo acarreta total mudança no mundo filosófico, dividindo-se, mesmo, a história do pensamento humano, como, a história da civilização, em dois períodos: antes do cristianismo e depois do cristianismo. Sua figura mais importante foi Santo Agostinho de Hipona. A Patrística é considerada a primeira fase da filosofia medieval. Sua principal característica era a expansão do Cristianismo na Europa e o combate aos hereges. Por isso, essa doutrina filosófica foi representada pelo pensamento dos Padres da Igreja, que aos poucos auxiliaram na construção da teologia cristã. A patrística cumpre observar que a teologia e a filosofia, embora tenham objetos formais diferentes, sob certos aspectos tem objeto material com pontos comuns de contato. A filosofia, serve de fundamento à teologia. A teologia, procura explicar os dogmas, as verdades da nova religião, mas a base, os alicerces, os argumentos lógicos empregados são procurados na filosofia, oferecida como um bloco maciço e categorizado aos que invectivam, com argumentos humanos e terrestres, contra as verdades eternas. Baseada na filosofia grega, os filósofos desse período tinham como objetivo central compreender a relação entre a fé divina e o racionalismo científico. Ou seja, eles buscavam a racionalização da fé cristã. Portanto, os principais temas explorados por eles estavam ancorados nas vertentes do maniqueísmo, ceticismo e neoplatonismo. São eles: criação do mundo; ressurreição e encarnação; corpo e alma; pecados; livre arbítrio; predestinação divina. A Patrística e Santo Agostinho Santo Agostinho (354-430) foi teólogo, bispo, filósofo e o principal expoente da Patrística. Seus estudos estiveram voltados para a luta do bem e do mal (maniqueísmo), bem como do neoplatonismo. Além disso, ele focou no desenvolvimento do conceito de “pecado original” e do “livre arbítrio” como forma de livrar do mal. A “predestinação divina”, associada à salvação dos

homens pela graça divina, também foi um dos temas explorados por Agostinho. Acreditava na fusão da fé (representada pela Igreja) e da razão (representada pela Filosofia) para encontrar a verdade. Ou seja, as duas poderiam trabalhar juntas, cuja razão auxiliaria a busca da fé, que por sua vez, não poderia ser atingida sem o pensamento racional. Patrística e Escolástica A Patrística foi o primeiro período da filosofia medieval que permaneceu até o século VIII. Durante sete séculos, a filosofia esteve voltada para os ensinamentos dos “homens da Igreja” (teólogos, padres, bispos, etc.). Logo depois, surgiu a Escolástica no século IX. Esta permaneceu até o início do Renascimento, no século XVI. São Tomas de Aquino (1225-1274), chamado de “Príncipe da Escolástica”, é o maior representante dessa escola e seus estudos ficaram conhecidos como Tomismo. Ele foi nomeado Doutor da Igreja Católica, em 1567. Como a Patrística, a filosofia Escolástica também esteve inspirada na filosofia grega e na religião cristã. Seu método dialético de unir a fé e a razão tinha como intuito o crescimento humano. Importante destacar que seus estudos estiveram inspirados no realismo aristotélico, enquanto que os de Santo Agostinho estavam voltados para o idealismo de Platão. Sendo assim, a Patrística focou na disseminação dos dogmas associados ao Cristianismo, por exemplo, defendendo a religião cristã e refutando o paganismo. Já a Escolástica, através do racionalismo, tentou explicar a existência de Deus, do céu e do inferno, bem como as relações entre o homem, a razão e a fé. A questão central da Escolástica era a mesma da Patrística: compreender racionalmente o que dizia a fé. Nesse sentido, era necessário que os novos clérigos fossem devidamente formados e educados com os conhecimentos necessários ao exercício de suas funções pastorais. Essa formação só era possível dentro de uma escola, de uma instituição que tivesse as prerrogativas necessárias para prover tal formação. É importante esclarecer que a Escolástica não tem as mesmas características da filosofia grega, ou seja, não busca a investigação filosófica de forma autônoma e desvinculada da religião e da fé. Pelo contrário, a tradição religiosa é, para a Escolástica, o fundamento e a razão de ser. A verdade, revelada por Deus por meio da sua Igreja, da tradição e dos Santos e Padres da Igreja, não deve ser colocada em xeque. Características da Escolástica É o método de ensino dos teólogos e filósofos que se preocupavam em fundamentar racionalmente os dogmas e de estabelecer sistemas universais compatíveis com a ortodoxa católica. Os métodos escolásticos procura descobrir em cada ponto debatido as opiniões das autoridades, fundamentando-as à luz da razão. Embora a escolástica e a filosofia medieval apresentem pontos semelhantes , nem sempre coincidem os campos abrangidos.

Divide-se em quatro períodos: a pré-escolástica, a baixa-escolástica, a alta-escolástica e a escolástica decadente. Representa uma força construtiva de agregação do pensamento humano no que teve de melhor, de mais sério, de mais coerente, teve a capacidade de despertar o espírito para a visão panorâmica das grandes teses. As funções A função do pensamento produzido na Escolástica é o de explicar, na medida do possível, tal verdade por meio da inteligência humana e da ajuda de Deus. Portanto, para o pensamento escolástico, tudo o que ultrapassar essa intenção deixa de ser verdadeiro, e quem julga a verdade é a Igreja, mãe e mestra dos homens. É por isso que, constantemente, se recorria à autoridade para que a verdade não fosse abandonada, entendendo-se por autoridade os Concílios, que emitiam decisões inquestionáveis sobre todo e qualquer assunto. Outro aspecto importante da Escolástica é o fato de que seus representantes não se dedicavam a criar nada de novo, ou seja, não havia, absolutamente, a intenção de obter novas verdades, novos conceitos ou novas doutrinas. O principal objetivo se restringia a compreender a verdade já existente, dada pela Revelação. Tal como na Patrística, os instrumentos para tal explicação e compreensão são retirados da filosofia clássica, principalmente de Platão e Aristóteles. Desse modo, a filosofia é somente um caminho, uma trilha que serve à fé, daí o porquê dessa filosofia ser considerada escrava da fé. A divisão do pensamento escolástico O pensamento escolástico pode ser dividido em fases distintas: 1ª fase: Séculos VIII e IX – Identidade ou harmonia perfeita entre razão e fé; 2ª fase: Séculos XI e XII – Antítese ou surgimento das grandes diferenças entre razão e fé; 3ª fase: Século XIII – Organização dos grandes sistemas filosóficos, entre eles o de Santo Tomás de Aquino, que buscavam explicar a fé por meio da razão, principalmente aristotélica; 4ª fase: Século XIV – dissolução da Escolástica, em que se deu o aparecimento de grandes questões que defendem a insolubilidade entre razão e fé, ou seja, que razão e fé não podem estar juntas por tratarem de questões diametralmente opostas. A corrente escolástica perdeu seu destaque na filosofia européia por volta do século XVII, com o nascimento da filosofia moderna, que trouxe pensadores e cientistas como Galileu Galilei e René Descartes....


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