Mattos, Ilmar Rohloff de. O tempo Saquarema PDF

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Fichamento das páginas 115-121 e 142-204 de "O tempo Saquarema: a formação do Estado Imperial"...

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MATTOS, Ilmar Rohloff de. O tempo Saquarema: a formação do Estado Imperial. 5ª edição, São Paulo: Hucitec, 2004, Cap 2 – Luzias e Saquaremas: liberdades e hierarquias, p. 115-121 e 142-204. Ilmar Rohloff é graduado em história social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seu doutorado é também em história social, mas pela Universidade de São Paulo (USP), onde apresentou O tempo Saquarema. Atualmente é professor na PUC do Rio de Janeiro e atua principalmente nas áreas de história do Brasil, império e colônia, e história na educação brasileira.1 Para o autor, mesmo após a derrota dos Luzias em Santa Luzia, os Saquaremas, dentro do Partido Conservador, focaram em reduzir os desejos de uma revolução, buscando uma dominância no Estado Imperial, incluindo os Luzias neste projeto, mas limitando seus poderes. O capítulo se inicia explicando as origens dos nomes Luzias e Saquaremas, sendo os luzias denominados desta forma por conta do fracasso do movimento praieiro em 1848, em Santa Luzia, e Saquaremas que seria o termo usado para os senhores de escravos e de terras da vila de Saquarema que eram protegidos por chefes conservadores após a autorização de morte dos eleitores que recusassem as listas do governo no período de eleições do subdelegado Padre José de Cêa. Apesar dos conflitos entre os dois grupos, ambos faziam parte do Mundo do Governo, contudo os Saquaremas mantinham uma direção nos poderes por defenderem interesses locais, como a liberdade dos senhores de escravos, sendo esses apoiadores do conservadorismo. Os Luzias, por sua vez, articulavam liberdade com igualdade, buscando intervir na propriedade privada, como escravos, mesmo não sendo abolicionistas. O poder dos Saquaremas aumentou com a consolidação do Estado Imperial, até chegar o momento que é traçado a linha de até onde irá a liberdade, se aproveitando das falas dos liberais. Com os limites da Casa (liberdade) sendo refeitos, os Luzias se vêem presos a Monarquia e acabam cedendo ao projeto conservador dos Saquaremas, que buscaram autoridade do Estado e superioridade na Casa. As referências do autor são, em sua maioria, notas de rodapé, onde cita importantes figuras como Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior e Marilena Chauí, nas citações diretas cita filósofos como Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.

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