Prótese Fixa - anotações de protese fixa PDF

Title Prótese Fixa - anotações de protese fixa
Course Prótese Fixa
Institution Universidade Veiga de Almeida
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anotações de protese fixa...


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Prótese Fixa Aula 1 – Introdução à Prótese Fixa – Planejamento Princípios fundamentais em prótese dentária:  Suporte  Retenção  Estabilidade

Como toda prótese, a PF também precisa de suporte, estabilidade e retenção. O suporte, neste caso é dado pelos dentes adjacentes e a retenção pelos preparos cavitários que são confeccionados. Prótese Parcial Fixa (PPF) Definição: Prótese cimentada, constituída por pelo menos 3 elementos: 2 dentes pilares e um dente suspenso. Obs.: também podem ser confeccionadas coroas unitárias

A prótese fixa é uma prótese dentária constituída por no mínimo 3 elementos (2 dentes pilares, 1 elemento suspenso) Obs.: Não adianta fazer um trabalho perfeitamente estético sem que o mesmo cumpra sua função mastigatória, não respeite o espaço biológico periodontal, ou prejudique a oclusão do paciente. Quanto mais próximo um dente estiver do fulcro condilar (linha em que os condilos rotacionam) mais força mastigatória ele receberá. Logo, os molares são os dentes que mais recebem essa força, e sua anatomia é feita para suportar esta carga (dentes pilões, tem função de trituração dos alimentos). Constituintes: Retentor: Elementos de fixação que se assentam sobre os dentes pilares. Pôntico: Elementos suspensos que preenchem o espaço protético com objetivo de substituir o(s) dente(s) natural(is) ausente(s). Conector: Elementos que unem os pônticos aos retentores.

Pilares: dentes que serão preparados. Obs.: Retentores devem ter no mínimo 3mm de espessura (tanto na vertical, quanto na horizontal), do contrário podem causar fraturas e problemas periodontais (fator coadjuvante) nos dentes pilares. Obs.2: Os preparos cavitários confeccionados evitarão rotações dos dentes pilares durante a mastigação. CONECTORES – Rígidos e Semi-rigidos

SEMI RÍGIDOS - É composto por uma parte fêmea e um macho (uma no pôntico e outra na proximal do dente pilar), essa junta não é cimentada, é simplesmente por encaixe. (macho sempre no pôntico e fêmea no pilar) Confeccionados em caso de:  Pilares intercalados  Pilares não paralelos  Pilares inclinados  União dente-implante

INDICAÇÕES  Quando existem pilares intercalados adjacentes a dois espaços protéticos (pois durante a mastigação este pilar intermediário é o elemento que mais sofrerá uma carga excessiva de rotação da prótese. É uma forma de proteção deste pilar romper estas forças, por isso se chama junta semirígida ou rompe forças, pois esse tipo de conector quebra a força de rotação e preserva o pilar intermediário).

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Em caso de pilares não paralelos e/ou inclinados. Logo, usa-se este tipo de conector para segmentar a prótese e promover um encaixe que não se conseguiria em uma única prótese. Em união de dente e implante (o dente durante a mastigação ele tem uma intrusão fisiológica que é dada através do ligamento periodontal, já o implante não há nenhum movimento, e logo se fosse posto uma junta rígida, quando houver mastigação haverá uma pressão maior do lado do dente, podendo levar a reabsorção óssea do dente). No implante se colocaria uma junta rígida e no dente semi rígida. Segmentar próteses fixas para que em se houverem intercorrências após o tratamento, o profissional só deverá abrir mão de um pequeno segmento da prótese, ainda viabilizando o uso de outros segmentos do trabalho que não apresentaram “problemas”. Facilitar o paralelismo dos pilares em próteses extensas.

PÔNTICOS Requisitos básicos 1. Restaurar a função mastigatória – alinhamento das cúspides e fossas de acordo com os dentes antagonistas 2. Restaurar as demandas estéticas e fonéticas 3. Obedecer os quesitos arquitetônicos na substituição dos elementos posteriores e anteriores

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Todas as superfícies devem ser convexas, lisas e polidas O contato com a flange vestibular da crista alveolar deve ser mínima (Somente um ponto de contato) sem exercer pressão na mucosa A superfície oclusal deve guardar harmonia com a oclusal dos demais dentes Os contornos bucais e linguais (palatinos) devem estar em conformação com o contorno dos retentores A largura da mesa oclusal deve ser igual a dos dentes pilares adjacentes A face lingual/palatina deve ter um formato inclinado e expulsivo que facilite a limpeza da prótese e que seja possível interior um passa fio entre a prótese e a mucosa para que não haja acumulo de alimentos e consequentemente problemas como mau hálito e problemas periodontais. Deve-se tomar cuidado ao inserir a coroa do pôntico dentro do espaço biológico, para não causar danos a gengiva (até causar retração gengival) e gerar um tecido sempre inflamado, dolorido e com presença de sangramento.

 PPFs podem fazer uma modificação do desenho de PPRs INDICAÇÕES  Quando existirem elementos dentários situados mesial e distalmente ao espaço desdentado;  Quando os elementos a serem substituídos e os dentes de suporte atendem a Lei de Ante LEI DE ANTE: “em PPF a soma da área dos ligamentos periodontais dos dentes pilares devem ser igual ou maior do que a(s) área(s) periodontal(ais) do(s) dente(s) a ser(em) substituído(s)”. Áreas radiculares (%) Dentes Superiores IC IL C 1ºPM 2ºPM 1ºM 2ºM

Periodonto em mm² - % 204 (10%) 179 (9%) 273 (14%) 234 (12%) 220 (11%) 433 (22%) 431 (22%)

Dentes Inferiores IC IL C 1ºPM 2ºPM 1ºM 2ºM

Periodonto em mm² - % 154 (8%) 168 (9%) 268 (15%) 180 (10%) 207 (11%) 431 (24%) 426 (23%)

CONTRA INDICAÇÕES  Quando houver na região posterior 3 ou mais elementos ausentes; (lei das barras*)

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Quando a relação coroa:raiz for desfavorável; Em pacientes adolescentes; Em pacientes senis; Quando a inclinação axial de um dos elementos de suporte for superior a 35 graus;

VANTAGENS  100% de qualidade de mastigação  Elementos suspensos (pônticos) atuam como dentes naturais DESVANTAGENS  Higienização dificultada  Possibilidade de caries recorrentes Para a arquitetura do retentor, é feito preparo de coroas totais (as parciais não são indicadas para prótese fixa) Qual o melhor material? – cada um serve melhor para uma situação. Relação coroa raiz: Dentes posteriores fazem um melhor papel de retentores pois tem uma grande área radicular, um maior numero de raízes o que os torna retentores de maior qualidade. Aspectos que favorecem: Morfologia radicular (divergentes), numero de raízes. PLANO DE TRATAMENTO EM PPF  Registro dos dados pessoais  Motivo da consulta  História medica  História dentária  Exame clínico  Exame radiográfico  Modelo de estudo  Exame fotográfico ANAMNESE -> EXAME CLINICO EXTRABUCAL -> EXAME CLINICO INTRABUCAL -> EXAMES COMPLEMENTARES -> FOTOGRAFIAS -> MODELOS DE ESTUDO -> DEFINIÇÃO DO GRAU DE COMPLEXIDADE Baixa complexidade -> Definição da opção de tratamento protético -> Próteses fixas unitárias/adesivas Média complexidade -> Montagem em articulador -> Definição da opção de tratamento protético -> Próteses parciais fixas/removíveis/totais Alta complexidade -> Montagem em articulador -> Enceramento diagnóstico -> Definição da opção de tratamento protético -> Próteses sobre implantes, Reabilitações orais. Plano de tratamento -> Avaliação dos dentes pilares:  Proporção coroa:raiz  Configuração da raiz  Área de superfície periodontal Aula 2 – Planejamento em Prótese Fixa 2ª parte CANTILEVER Esta técnica pode ser feita para suprir a ausência de 1º pré molar (superior ou inferior) e incisivo lateral (superior ou inferior) e consiste em fixar um pôntico somente por um lado: “Deixar em cantilever” significa deixar um pôntico em “balance”, “preso por um lado só”.  O dente pilar neste caso deve estar em boas condições periodontais para suportar a carga que lhe será aplicada.  Durante a mastigação os dentes em cantilever não podem participar muito da oclusão para não haver rotação do dente pilar (lateralidade/protusão/retrusão)  Nunca pode-se usar um cantilever para a distal. Exercícios para planejamento de próteses fixas:

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Ausência de incisivos centrais superiores: Laterais não aguentam as forças mastigatórias dos centrais, logo, deve-se fazer mais dois preparos nos caninos (Lei de Ante). Neste caso os constituintes dessa prótese seriam: 2 ponticos, 4 pilares, 5 conectores, 4 retentores. Ausência de 1 incisivo lateral: Confeção de pôntico em cantilever (preparo só no canino) Ausência de 1 incisivo central e um lateral: PPF com um incisivo central e um canino como pilares. Ausência do canino: Somente o incisivo lateral e o primeiro pré molar não suportam a força mastigatória e de desoclusão do canino, logo o preparo será extendido até incisivo central e 2º pré molar. Ausência do canino e incisivo central: preparo de incisivo central (outro lado da arcada) até 2º pré molar. Ausência dos dois caninos: É recomendado a confecção de 2 PF separadas, atuando como pilares os dentes incisivos central e lateral e o 1º e o 2º pré molar de cada lado. Ausência do 1º pré molar: cantilever (preparo no 2º pré molar e no 1º molar) Ausência do canino e do 1º pré molar: preparo nos incisivos central e lateral, 2º pré e 1º molar. Ausência de canino e 2º pré molar: preparo nos incisivos central e lateral, 1º pré molar e 1º molar (pode-se fazer um conector semi-rígido (por haver um pilar intermediário) na distal do canino ou 2º pré molar (aconselha-se a fazer por o conector semi-rígido na distal do 2º pré molar por questões de estética). Ausência de incisivos inferiores: preparo até caninos. Ausência de todos os incisivos + 1º e 2º pré molares: caninos em pilares intermediários com 2 conectores semi-rígidos nas distais dos caninos + preparo em 1º molares Ausência de 1º pré molar e 1º molar: cantilever no 1º pré-molar com conector semi-rígido na distal do 2º pré molar e preparo no 2º molar.

Considerações:  Como em PPR, dependerá dos dentes antagonistas acabar uma PF em 1º molares.  Só se pode repor 2 dentes posteriores de cada lado da arcada.  Se é feito um preparo para suportar um dente em cantilever, não se usa conectores semi-rígidos no mesmo dente pilar pois o mesmo não é mais um pilar intermediário.  Para repor o 1º pré-molar tem que se usar 2 pilares para evitar uma maior força incidente na mastigação.  Exceção a Lei de Ante: Os 4 incisivos poderão ser repostos as vezes só com os caninos e outras vezes precisarão se estender até os 1º pré-molares. (Lei do Arco e Flecha: deve traçar uma linha de canino a canino (eixo X) e outra reta na linha mediana (eixo Y), onde essas se encontrarão e formarão um ângulo de 90 graus, dividindo a linha do eixo X em 2 partes. O preparo poderá ser feito só em caninos quando o valor em mm da metade do eixo X, for igual ou menor que o comprimento do eixo Y). POLÍGONO DE ROY  Indica a utilização de pilares situados nos diferentes planos do arco dental para compor a prótese em questão e reduzir o efeito da mobilidade indesejada através da estabilização da prótese proporcionada por esta união. Nesta situação, a utilização de PPFs requer a esplintagem dos dentes suporte, permitindo, assim, um grau de rigidez e uma melhor distribuição de forças oclusais até as estruturas periodontais.  A arcada é dividida em segmentos e cada egmento tem uma força resultante para um sentido diferente, logo, as vezes se estende a p´rotese para outros segmentos para obter uma maior estabilidade da prótese.  Pode-se aproveitar dentes com problemas periodontais. Aula 3 – Preparos Cavitários

Biológicos: Preservação da estrutura Forma e contorno Margem supragengival Oclusão harmônica Proteção contra fraturas

Princípios fundamentais Mecânicos: Forma de retenção Forma de resistência

Restauração ideal

Cosméticos: Exposição mínima Espessura adequada Margem intra sulcular

Coroas totais: podem ser metálicas; substrato metálico + cobertura de material cosmético; materiais cerâmicos (metal free) e feitas em dentes posteriores e anteriores. Indicações  Destruição coronária extensa  Quando é necessária retenção e estabilidade máximas  Em coroas clinicas curtas com retentor de PPRs  Retentores de PPFs  Em dentes tratados endodonticamente com menos de 3 paredes existentes Contraindicações  Pacientes jovens ≤ 18 anos  Quando existir paredes linguais e vestibulares intactas  Quando não é necessário retenção máxima Vantagens  Maior retenção  Maior estabilidade  Maior resistência  Possibilidade de modificação do contorno axial do dente  Permite a modificação do dente  Permite a modificação das relações oclusais com dentes antagonistas Desvantagens  Remoção de uma grande extensão de estrutura dentária  Possibilidade de produzir inflamação gengival  Impede testes de sensibilidade pulpar FATORES QUE INFLUENCIAM A RETENÇÃO DE RESTAURAÇÕES CIMENTADAS:  Conicidade  paralelas => ≤6º => ≥15º  Perímetro  grande => pequeno  Tipo de preparo  CT/M => CT/PM => C4/5 => Inlay  Textura de superfície  rugosa => lisa Fundamentos de retenção e resistência  Paredes axiais divergindo do paralelismo com o longo eixo do dente por 6 graus, sulcos ou pinos que resistam ao deslocamento (estabilidade) dos retentores e assegurem retenção friccional.  Irregularidades ao longo das paredes axiais prevenindo movimentos de torção.  Redução adequada da estrutura dentária, conferindo ao mterial restaurador espessura conveniente.  Em casa face do dente (vestibular, lingual/palatina e mesial e distal) faz-se uma convexidade de 3 graus. Mantendo o dente em uma conicidade de retenção de 6º, que é o ideal para um preparo retentivo. Esta conicidade exata se consegue com o uso de brocas e de um paquímetro. SEQUÊNCIA DO PREPARO:  Redução oclusal  Redução axial vestibular/lingual-palatina  Redução proximal  Linha de término cervical e arredondamento dos ângulos  Toalete da cavidade Redução oclusal: deve-se aprofundar o sulco central com uma broca esférica diamantada #1014 (KG). Isto ajuda no próximo passo que consiste em guiar a profundidade na redução oclusal das vertentes internas das cúspides. A redução oclusal permite espaço para o material restaurador, reestabelece a anatomia oclusal e orienta a profundidade dos cortes axiais. Se a redução é feita de forma plana, existirá uma força no longo eixo do dente muito incidente em alguns pontos do preparo por não haver uma redução uniforme, além de formar ângulos vivos, o que pode levar a trincas no remanescente dentário após a cimentação da prótese e/ou a falta de espaço para o material

protético. Logo, torna-se evidente que é imprescindível seguir o contorno anatômico oclusal (forma de telhado invertido) para permitir uma melhor distribuição de esforços durante o ato mastigatório e na oclusão. Em coroas metalocerâmicas:  Cúspide funcional: 2,0mm  Cúspide não funcional: 1,5mm Brocas que podem ser usadas: #170 carbide; #2135, #4138, #4230 diamantadas (KG) Redução axial lingual: inferiores // Redução axial vestibular: superiores Sulcos de orientação -> 1 plano (paralelo ao longo eixo do dente), brocas tronco cônicas de ponta arredondada (#2135, #4138, #4230). Sulco de inserção: auxiliar a estabilidade do retentor e aumentar o perímetro do preparo. Tipo Ombro ou degrau

Degrau obtuso ou inclinado

Chanferete

Chanfro

Chanfro profundo ou chanfrado

Descrição do termino cervical Ângulo de 90º entre a parede gengival e a parede axial do preparo

Brocas

Vantagens

Indicações

Desvantagens

Cilíndricas ou tronco cônicas com extremidade plana

Coroas de porcelana (feldspáti-ca)

Termino com excelente resultado estético; cria espaço para um bom contorno da restauração.

Conhecido como preparo em 50º. Define um ângulo de 130º entre a parede gengival (inclinada) e a parede axial, sendo que na margem cervical da coroa este ângulo corresponde a 50º. A porção cervical do dente preparado tem a forma de um segmento de círculo entre a parede gengival e a axial. A porção cervical do dente preparado também tem a forma de um segmento de círculo, porém, com profundidade maior que o chanferete.

Cilíndricas ou tronco cônicas com ponta em formato ogival.

Coroas metalocerâmicas.

Cilíndricas ou tronco cônicas com ponta arredondada Cilíndricas ou tronco conicas de ponta arredondada

Coroas totais metálicas; face palatina ou lingual das coroas metalocerâmicas.

Devido ao formato da broca é possível chegar próximo do sulco gengival sem provocar sangramento. Este formato proporciona uma boa precisão das margens cervicais da prótese. Preservação da estrutura dentária.

Preparo requer habilidade do operador; dificulta o escoamento do agente cimentante; a adaptação da margem cervical da prótese é crítica. A confecção laboratorial da prótese exige habilidade; possibilidade de sobrecontorno cervical, pois metal, cerâmica opaca e de cobertura devem permanecer próximos a linha do término. Exclusivamente para peças metálicas ou cintas metálicas em coroas metalocerâmicas

Coroas metalocerâmicas; coroas com término cerâmico na área estética.

Produz um termino nítido e fácil de ser confeccionado. A espessura resultante é capaz de resistir as cargas oclusais sem se deformar.

Silimar ao chanfro, porem com tamanho maior, para poder receber o material estético

Cilíndricas ou tronco conicas de ponta arredondada

Coroas cerâmicas (cerâmicas injetadas, infiltradas, compactas e usinadas.

Produz um término nítido e fácil de ser confeccionado.

O acabamento do termino cervical é crítico, pois o segmento em circulo pode criar uma aresta irregular e indispensável do esmalte no ângulo cavosuperficial, prejudicando a adaptação clinica da infraestrutura metálica ou cerâmica. Idem ao chanfro....


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