resenha de a ordem do discurso PDF

Title resenha de a ordem do discurso
Author valeska Bruno
Course Epistemologia
Institution Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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resenha sobre os conceitos do livro "a ordem do discurso" de michel foucault...


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO) CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCHS) MUSEOLOGIA - BACHARELADO - INTEGRAL - 2018.1 DISCIPLINA: EPISTEMOLOGIA PROFESSORA DOUTORA VALÉRIA CRISTINA LOPES ALUNA VALESKA PEREIRA BRUNO ESTUDO DIRIGIDO O livro A Ordem do Discurso é feito a partir da aula inaugural no college de france no ano de 1970, onde ele suscita sobre o que ele passara os anos pesquisando e se dedicando, que é sobre como as relações saber-poder são dadas na sociedade. o que diferencia Foucault de outros teóricos e filósofos políticos é que seu método de análise não é estruturalista, mas ele mesmo se descreve como um “empirista cego”. ele não se dedica a analisar o que é o poder e suas relações mas como ele é exercido na sociedade. Em seu discurso, Michel Foucault diz a respeito da historicidade dos objetos, e historicidade nada mais é do que uma história da história onde ele diz que os objetos possuem algo a mais do que o material em si, mas as outras histórias, as memórias, as simbologias, discursos, há verdades sendo validadas por meio do bem material para reafirmar a história, uma teoria, um conhecimento. o objeto se torna um método de comprovação de uma verdade, de um discurso. Então, teorias são formuladas em cima ou como apoio para objetos, como forma de explicação da história e sua historicidade. Teorias também são quebras de paradigmas, são conhecimentos realizados na tentativa de “criação” de verdade a partir de um problema encontrado numa determinada área de conhecimento. Enunciados são discursos embasados pelos objetos e teorias formuladas por uma comunidade científica. diria que é uma das formas de divulgação de um saber, assim como na museologia não basta só promover pesquisas sobre um determinada objetos se não divulgar isso para o público em geral, e isso é causado a partir da criação de enunciados. Assim, a divulgação de um saber é mais um método de utilização do poder, pois o saber sempre é exercido junto com o saber. Os discursos de verdade exercidos numa sociedade são causados por meios de comportamentos, linguagens e valores e assim refletem relações de poder. Cada sociedade possui seu próprio regime de verdade, sua própria política. Há tipos de discurso que ela acol e

faz funcionar como verdadeiros, há diferentes mecanismos e instâncias que permitem distinguir um discurso verdadeiro do falso. Assim, o autor explicita que não há verdade, discurso e saber sem a produção e reprodução de poder. Um saber constituído diz respeito a teorias já fixadas nas áreas científicas e como é mais uma reafirmação de um discurso, onde já está tão entranhada aquela verdade como única e absoluta que não se tentar nem à dúvida de sua veracidade. Logo, o que define se um discurso é falso ou verdadeiro é o saber científico e institucionalizado . A Partir disso, se cria uma hierarquia aos saberes. por exemplo, o discurso de um especialista, doutor na área é mais válido do que um graduando ou não acadêmico, possui mais validade na área científica, é mais aceito e menos contestado. Os discursos são controlados pelas instituições que detêm o poder. assim há diversas formas de controle do discurso. Foucault explicita sobre os dois tipos de controle do discurso como interno e externo. Os meios de controle externo, o autor chama de sistemas de exclusão, que são formas de controle e interdição do discurso, sobre o que pode ou não ser dito. Mas isso não faz com que os indivíduos não pensem sobre o que se acredita. Se pode pensar o discurso, mas não o pronunciar. São três os tipos de interdições: tabu do objeto, ritual da circunstância e direito privilegiado. O tabu do objeto diz a respeito disso de que há determinados assuntos dos quais não se pode falar, há coisas que não pode entrar no discurso, onde os principais certamente é politica e sexualidade, ainda diria que a religião também. Na museologia e principalmente nos museus esses mesmos temas que foram citados muitas vezes não é permitido falar, como por exemplo, o queer museum, fechado por falar sobre sexualidade, o que ainda é um tabu na sociedade. O ritual da circunstancia é que determinados discursos não podem ser anunciados em determinadas situações. O que se encaixa no que existem “caixinhas” dos museus, os de ciência, historia e belas artes. Discursos contemporâneos não cabem no espaço no museu tradicional ortodoxo e histórico, assim como não cabe experiências cientificas num museu de belas artes. E o direito privilegiado diz sobre que determinados discursos devem ser proferidos por determinados representantes da área. Além do papel de expor, o museu deve educar e fazer da visitação uma experiência completos, então algumas vezes acadêmicos falam no museu, mas quem deve falar sobre uma exposição é algum especialista como museólogo, cientista, artista ou historiador para maior proveito da exposição e discurso feito com propriedade.

O que reforça que nem todos devem falar o que quiser como quiser, onde quis, quando quiser. Há meios de interdição de discursos, que no museu é feita como uma forma de não passar inverdades sobre algo, o que pode mudar totalmente o sentido da obra. É explicitado também de outros dois métodos internos, que são a oposição entre a razão e loucura, onde que se é dito algo “proibido” ou contrario a verdades estabelecidas se é taxado de louco, “irracional”, pois o louco é aquele que profere discurso que não circula como o dos outros. E o ultimo, a vontade de verdade que diz a respeito de que todo mundo quer que seu discurso seja aceito como a verdade, pois isso significa ter poder. O discurso não tem necessidade de ser verdadeiro, mas passado como tal e se ele não for terá risco de ser taxado de louco, o que leva a exclusão. Todo museu quer passar sua verdade como a correta, como seu jeito que contar a historia do objeto o correto para não cair no mérito de um museu “ruim” para não dizer a verdade, mas ela nunca é única e absoluta, então há sempre a intenção de autenticidade de discurso quando ele está a visitação, com medo da exclusão que resulta em baixa procura e consequentemente perde sua função. O museu já é um instrumento de poder que usa o espaço físico para autenticar um discurso, se ele for errado sofre ferozmente do sistema de exclusão por parte não só do publico, mas da comunidade cientifica, assim ele pressiona a sociedade. Quando o discurso pode ser dito, ele entra no que é chamado por Foucault de procedimentos de controle e delimitação do discurso, seus procedimentos internos que também são três: o comentário, autor e disciplina. Comentário é o que eu estou fazendo aqui, remetendo a outro discurso para dizer algo. É repetir um discurso já existente. Mesmo que quase tudo que falamos já foi dito outra vez, mesmo que com outras palavras. O autor é a individualidade do autor que diz sobre o sentido o que se é pronunciado. Como exemplo a museologia, se for “O” teórico falando sobre, tudo bem, mas se um mero graduado falar é bem menos poderoso, mesmo que seja a mesma coisa. E disciplina são regras pertencentes a uma uma determinada área de conhecimento ou especialidade de uma ciência, a qual o discurso deve se adaptar para ter validade ou credibilidade, como por exemplo teorias museológicas dependem muitas vezes de bases antropológicas para sua validação, para fazer conexão e produzir sentido. Aparitr dessas formas o assujeitamento do individuo é exercido, pois o poder e o discursos possuem ideologia própria usada sobre o outro para alimentar o próprio ego e sua forma de consequência é a opressão sentida por indivíduos, principalmente as minorias, atos de violência são exercidos junto com o poder fazendo a diminuição da subjetividade e

individualidade do individuo, não deixando o infividuo ser como ele é, o anulando como sujeito reflexivo e argumentativo , pois mesmo que o saber sempre seja ligado a exerção de poder cabe ao individuo de para qual uso será. Um museu tem a intenção de difundir a informação, produzir experiências, memorias, discursos embasados e reflexão sobre a imagem, tentam agregar coisas para beneficio do individuo e consequentemente da sociedade, o que mostra como o poder pode ser usado para coisas boas. Porem, ainda vemos as esferas de controle (até mesmo alguns museus) oprimindo indivíduos e tentando tirar sua própria individualidade, tentando homogeneizar a sociedade. Como o discurso LGBTQI+ que é assujeitado desde o individuo para que os movimentos não tenham força e o sujeito não possa ser o que ele é, mas os discursos resistem cada um em seu lugar de fala. O que mostra que discursos são contaminados por ideologias e interesses de beneficio próprio, o que está completamente ligado a exerção de poder e acredito que dê para reconhecer como são os aspectos da relação do saber e poder. Mas cabe aos produtores de conhecimento, os privilegiados por ser acadêmico produzirem discursos de poder para o beneficio das minorias, que legitime seus discursos e apoie causas marginalizadas, pois atos de resistência promovem um espaço de fala mais democrático e representativo...


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