Histologia Gartner 3 ed- Tubo digestivo inferior PDF

Title Histologia Gartner 3 ed- Tubo digestivo inferior
Author Henrique Gandin
Course Formação Médica Integrada III
Institution Universidade Federal do Pampa
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Summary

Resumo de histologia humana sobre TGI inferior utilizado nas seções tutoriais do 3º semestre....


Description

HISTOLOGIA DO TUBO DIGESTIVO INFERIOR INTESTINO DELGADO O intestino delgado é subdividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo; Características Comuns: • A superfície luminal do intestino delgado é modificada para ampliar sua área de superfície. • As pregas circulares (valvas de Kerckring) - regas transversais da submucosa e da mucosa que formam elevações semicirculares ou helicoidais. São estruturas permanentes do duodeno e do jejuno e terminam na metade proximal do íleo. Elas não somente aumentam a área da superfície do intestino delgado, mas também diminuem a velocidade do movimento do quimo ao longo do trato intestinal • Os vilos (ou vilosidade) são protrusões digitiformes ou foliáceas da lâmina própria cobertas pelo epitélio. O eixo de cada vilo contém alças capilares, um canal linfático que termina em fundo cego (quilífero central), e algumas fibras musculares lisas, imersas em tecido conjuntivo frouxo rico em células linfoides. Mais numerosos no duodeno que no jejuno ou no íleo. Os vilos aumentam cerca de 10 vezes a área da superfície do intestino delgado. • Os microvilos (ou microvilosidades) são especializações da membrana plasmática apical das células epiteliais que revestem os vilos intestinais e aumentam cerca de 20 vezes a área de superfície do intestino delgado. • As invaginações do epitélio para o interior da lâmina própria por entre os vilos formam as glândulas intestinais, ou criptas de Lieberkühn, as quais também aumentam a área de superfície do intestino delgado. MUCOSA INTESTINAL • A mucosa do intestino delgado é composta pelas três camadas usuais: um epitélio simples cilíndrico, a lâmina própria e a camada muscular da mucosa; • O epitélio simples cilíndrico recobre os vilos e a superfície dos espaços entre os vilos, e é constituído de células absortivas superficiais, células caliciformes e células do SNED. CÉLULAS ABSORTIVAS SUPERFICIAIS: • São células cilíndricas altas que participam da etapa final da digestão e absorção de água e nutrientes. Sua superfície apical apresenta uma planura estriada, e, em boas preparações histológicas, também são evidentes as barras terminais. As principais funções destas células são a digestão terminal e a absorção de água e nutrientes. • Apresentam cerca de 3.000 microvilos, cujas pontas são cobertas por uma espessa camada de glicocálix. Essa camada serva para não somente para proteger os microvilos da autodigestão, mas seus componentes enzimáticos também participam da digestão terminal de dipeptídeos e dissacarídeos em seus monômeros. O eixo formado por filamentos de actina dos microvilos encontrase ancorado em filamentos de actina e filamentos intermediários presentes na trama terminal;

• As membranas laterais destas células formam zônulas de oclusão, zônulas de adesão, desmossomas e junções comunicantes com as células adjacentes. As junções de oclusão impedem a passagem de material por entre as células (via paracelular), seja na direção do lúmen intestinal ou para a lâmina própria. (Proteção). CÉLULAS CALICIFORMES • São glândulas unicelulares. O duodeno possui um número menor de células caliciformes, e seu número aumenta em direção ao íleo. Secretam mucinogênio, cuja forma hidratada é a mucina, um componente do muco; CÉLULAS DO SNED • O intestino delgado possui vários tipos de células do SNED que produzem hormônios parácrinos e endócrinos. Aproximadamente 1% das células que cobrem os vilos e a superfície entre os vilos do intestino delgado são compostas por células do SNED. CÉLULAS M (CÉLULAS COM MICROPREGAS) • Nas regiões onde nódulos linfoides estão em contato com o epitélio, o revestimento epitelial simples cilíndrico do intestino delgado é substituído por células M. • Se acredita pertencerem ao sistema mononuclear fagocitário, capturam amostras, endocitam e transportam antígenos presentes no lúmen intestinal. • O tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria forma o eixo dos vilos, os quais, como árvores de uma floresta, se elevam acima da superfície do intestino delgado. • O restante da lâmina própria, que se estende para baixo em direção à camada muscular da mucosa, é comprimido pelas numerosas glândulas intestinais tubulosas, as criptas de Lieberkühn, reduzindo-se a finas lâminas de tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado. Rica em células linfoides e contém nódulos linfoides ocasionais; CRIPTAS DE LIEBERKÜHN • As criptas de Lieberkühn são glândulas tubulosas (às vezes ramificadas) simples que se abrem nos espaços intervilosos como perfurações do revestimento epitelial; • Estas glândulas tubulosas são constituídas de células absortivas superficiais, células caliciformes, células regenerativas, células do SNED e células de Paneth • As células absortivas superficiais e as células caliciformes ocupam a metade superior da glândula. Têm um tempo de vida curto; acredita-se que após elas descarregarem seu mucinogênio, elas morrem e são descamadas. • A metade basal da glândula não apresenta células absortivas superficiais e possui apenas algumas células caliciformes; em vez disso, a maioria das células

é de células regenerativas (e sua descendência), células do SNED e células de Paneth. • As células regenerativas do intestino delgado são células-tronco que sofrem uma extensa proliferação para repovoar o epitélio das criptas, da superfície da mucosa e dos vilos taxa de divisão celular é alta, com um ciclo celular relativamente curto de 24 horas. Tem-se sugerido que de 5 a 7 dias após o aparecimento de uma nova célula, esta já progrediu até o topo do vilo e foi esfoliada. • Células de Paneth são facilmente distinguíveis por causa da presença de grandes grânulos de secreção eosinófilos no citoplasma apical, com formato piramidal. Ocupam o fundo das criptas de Lieberkühn e produzem o agente antibacteriano lisozima, proteínas de defesa (defensinas) e fator de necrose tumoral-α (TNF-α). Possuem vida relativamente longa de até 20 dias. Camada Muscular da Mucosa • Constituída por uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa de células musculares lisas • As fibras musculares da camada circular interna penetram nos vilos estendendo-se pelo seu eixo até a ponta do tecido conjuntivo, atingindo a membrana basal. • Durante a digestão, estas fibras musculares se contraem ritmicamente, encurtando o vilo várias vezes por minuto. SUBMUCOSA A submucosa do intestino delgado é constituída de tecido conjuntivo fibroelástico (GARTNER 3 ED) ou Tecido Conjuntivo denso não modelado (GARTNER 4ed). Mais fibroso que o tecido conjuntivo da lâmina própria, com um rico suprimento linfático e vascular. Inervado pelo plexo submucoso (de Meissner) parassimpático. A submucosa do duodeno é diferente, pois contém glândulas conhecidas como glândulas de Brunner (glândulas duodenais). GLÂNDULAS DE BRUNNER • São glândulas tubulosas ramificadas cujas porções secretoras se assemelham a ácinos mucosos. • Os ductos destas glândulas atravessam a camada muscular da mucosa e geralmente perfuram a base das criptas de Lieberkühn, lançando seu produto de secreção no lúmen do duodeno. (Raramente, esses ductos abrem-se nos espaços entre as vilosidades);

DUODENO vilos mais altos, mais largos e mais numerosos por unidade de área

JEJUNO Os vilos do jejuno são mais estreitos, mais curtos e mais esparsos que os do duodeno.

ÍLEO Os vilos do íleo são os mais esparsos, os mais curtos e os mais estreitos

menos células caliciformes por unidade de área

células caliciformes por unidade de área é maior no jejuno que no duodeno.

A lâmina própria do íleo contém grupos permanentes de nódulos linfóides, conhecidos como placas de Peyer. Estas estruturas estão localizadas na parede do íleo que é oposta à inserção do mesentério. Na região das placas de Peyer, os vilos têm sua altura reduzida, podendo até estarem ausentes.

possui glândulas de Brunner na submucosa • Secretam um fluido mucoso alcalino em resposta a um estímulo parassimpático. Este fluido ajuda a neutralizar a acidez do quimo que entra no duodeno vindo da região pilórica do estômago. Secretam o hormônio polipeptídico urogastrona (também conhecido como fator de crescimento epidérmico humano), o qual é liberado no lúmen duodenal juntamente com o tampão alcalino. Atua inibindo a produção de HCl (pela inibição direta das células parietais) e amplifica a velocidade da atividade mitótica das células epiteliais;

TÚNICA MUSCULAR EXTERNA E SEROSA É constituída de uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa de músculo liso. O plexo mioentérico ou de Auerbach, entre as duas camadas musculares, é o suprimento nervoso intrínseco da túnica muscular externa. A túnica muscular externa é responsável pela atividade peristáltica do intestino delgado. Excetuando a segunda e a terceira partes do duodeno, que possuem uma adventícia, todo o intestino delgado está envolvido por uma serosa. INTESTINO GROSSO : O intestino grosso é subdividido em ceco, colo, reto e ânus; o apêndice é uma pequena invaginação em fundo cego do ceco. COLO O colo não possui vilos, mas é dotado de uma grande quantidade de criptas de Lieberkühn de composição semelhante à do intestino delgado, exceto pela ausência das células de Paneth. O número de células caliciformes aumenta do ceco para o colo sigmoide, mas as células absortivas superficiais são as mais numerosas de todos os tipos celulares. As células do SNED também estão presentes, apesar de seu número ser

pequeno. Uma atividade mitótica intensa de células regenerativas substitui o revestimento epitelial das criptas e da superfície da mucosa a cada 6 a 7 dias. RETO E CANAL ANAL Histologicamente, o reto assemelha-se ao colo, mas as criptas de Lieberkühn são mais profundas e em menor número por unidade de área. O canal anal, a continuação mais estreita do reto, tem cerca de 3 a 4 cm de comprimento. Suas criptas de Lieberkühn são curtas e escassas e já não estão presentes na metade distal do canal. A mucosa apresenta pregas longitudinais, as colunas anais (colunas retais de Morgani). Estas se encontram umas às outras formando invaginações semelhantes a bolsas, as valvas anais com seios anais intermediários. As valvas anais auxiliam o ânus a suportar a coluna de fezes. MUCOSA ANAL O epitélio da mucosa anal é simples cilíndrico, do reto até a linha pectinada (ao nível das valvas anais), estratificado pavimentoso não-queratinizado da linha pectinada até o orifício anal externo, e estratificado pavimentoso e queratinizado (epiderme) no ânus. A lâmina própria, um tecido conjuntivo fibroelástico, contém glândulas anais na junção retoanal e glândulas circum-anais na porção distal do canal anal. Além disso, folículos pilosos e glândulas sebáceas estão presentes no ânus. A camada muscular da mucosa é constituída de uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa de músculo liso. Estas camadas musculares não se estendem para além da linha pectinada. SUBMUCOSA ANAL E TÚNICA MUSCULAR EXTERNA A submucosa do canal anal é constituída de tecido conjuntivo fibroelástico. Ela contém dois plexos venosos, o plexo hemorroidário interno, situado acima da linha pectinada, e o plexo hemorroidário externo, localizado na junção do canal anal com o orifício externo, o ânus. A túnica muscular externa consiste em uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa de músculo liso. A camada circular interna torna-se mais espessa à circular a região da linha pectinada, formando o músculo do esfíncter anal interno. As células musculares lisas da camada longitudinal externa continuam como uma lâmina fibroelástica envolvendo o esfíncter anal interno. Músculos esqueléticos do assoalho da pelve formam o músculo do esfíncter anal externo, que envolve a lâmina fibroelástica e o esfíncter anal interno. O esfíncter externo está sob controle voluntário e possui um tônus constante. APÊNDICE O aspecto histológico do apêndice assemelha-se ao do colo, exceto por ter um diâmetro muito menor, ter um suprimento mais abundante de elementos linfoides e conter muito mais células do SNED nas suas criptas de Lieberkühn....


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