Resenha Crítica PDF

Title Resenha Crítica
Author alex brendo costa
Course Gestão da Qualidade
Institution Universidade da Amazônia
Pages 3
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Summary

Resenha crítica...


Description

Nise: O Poder Da “Loucura” Nise o coração da loucura, é uma longa-metragem de ficção que retrata uma história verídica da psiquiatria brasileira mais precisamente alagoana, vivenciada por Nice da Silveira, que foi uma importante personagem na desconstrução da psiquiatria Asilar no passado, e seu legado ainda repercute até os presentes momentos atuais. A obra nacional é produzida no ano de 2015, dirigida por Roberto Berliner, um cineasta e produtor conhecido pelo público do cinema e teatro, é também protagonizada por Glória Pires uma importante atriz global; foi baseado no livro “Nise- Arqueóloga dos Mares”, de autoria do jornalista Bernardo Horta. Psiquiatra alagoana, Nise da Silveira (1905-1999) era uma das maiores representantes da corrente Junguiana no Brasil. Recém-formada como médica e jovem, formada pela universidade da Bahia e psiquiatra principiante no hospício da Praia Vermelha, Nise da Silveira sempre ousou. Esquerdista, atuante na união Feminina do Brasil, foi presa pela ditadura getulista ao lado de Olga Prestes e Elisa Bergen, mas também foi expulsa do partido comunista pelo crime inafiançável de suposto trotskismo. Nise da Silveira equilibrava-se entre as estruturas rígidas das instituições e sua inegável vocação para a marginalidade. Mas seu principal feito foi a transformação de honestas e sedativas atividades de terapia ocupacional em via libertária de realização estética dos Internos de Engenho de Dentro (RJ); no qual a longa se debruça em apresentar um pouco dessa história magnífica da mesma que marca até hoje gerações. Deste modo, a longa relata a história de Nise e de seus clientes, como a mesma gostava de chamá-los, e começa ser contada no ano de 1944 quando ela retorna ao trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Dom Pedro ll, localizado no bairro Engenho de Dentro, na cidade do Rio de Janeiro. O centro Psiquiátrico já foi considerado um dos maiores hospícios do Brasil e é onde reside atualmente o instituto Nise da Silveira. Ademais, vale ressaltar que história começa logo depois de Nise sair da prisão, onde já foi ressaltado acima, então é depois desse período afastada da medicina que Nise retorna ao serviço público. Chegando no seu local de trabalho, o Centro Psiquiátrico Dom Pedro ll, a mesma se recusa a adotar os novos “ tratamentos” que eram direcionados aos pacientes portadores de transtornos mentais, que se embasavam em métodos violentos, como Agressões físicas, Eletrochoque e Lobotomia. Em virtude de não comungar das medidas estabelecidas pelos seus colegas de profissão, e a desmoralização, ocasionada pelo fato de ser ex-detenta, somado à questão de ser uma mulher em um ambiente tão machista como era encontrado o país naquele momento e mais especificadamente a medicina, isso dificultou a aceitação de sua opinião levando a médica a ser designada a ficar responsável pelo setor de Terapia Ocupacional do Hospital, o mesmo era menosprezado pela classe médica, pouca verba era direcionada para esse setor é praticamente não tinha relevância para resto do hospital.

Todavia, esses obstáculos não foram o suficiente para tentar acalentar sua sede de mudança trazido consigo desde sua formação para transformar de alguma forma aquele cenário surreal onde encontravamse seus clientes, à mercê de práticas abusivas e sem nenhuma humanidade. A princípio, Nise buscou deixar o ambiente mais favorável para as devidas práticas terapêuticas, pois o mesmo encontrava-se sujo, com uma equipe sem qualquer empenho em elaborar práticas terapêuticas para melhorar os pacientes, é mesmo tomando mão de pouco recurso e poucos profissionais, ela mudou ambientação do devido local para receber seus clientes, para tentar retirar aquele aspecto de hospital asilar, onde a maioria dos pacientes tinham trauma, deixando mais aconchegante para criação de vínculos. Desta maneira, influenciado pelos ensinamentos do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, o qual defendia a tese de que os esquizofrênicos (grande maioria dos internados no hospital) utilizavam a linguagem simbólica, por meio da arte, para se expressarem. Portando, nise buscou incluir atividades de terapia e lazer no hospital, como passeios em ambientes abertos, que tinham o cunho de conectar os internos com a natureza. A pintura foi outro ponto usado como métodos terapêuticos. Nise teve uma ajuda substancial do estagiário Almir Mavignie que acreditava também, no poder transformador da arte, então ambos partiram deste príncipe e começaram a elaborar oficinas de arte mesmo com o pouco recurso que lhes era direcionado. A prática terapêutica desenvolvida era bem simples, os internos chegavam no setor, eram recebidos pelos profissionais dos mesmo e cada um era direcionado a uma tela de pintura com os devidos matérias para desenvolver seus desenhos, mas diferente de tudo, eles não eram obrigados a desenhar alguma forma ou desenho que lhes era mandado, eles eram livres para desenhar qualquer forma, desenho, esboço que vinha dos seus subconscientes e o qual muita vezes trazia paz para eles. Um grande número de talentos foram descobertos por Nise, fato este que fomentou a criação de uma exposição para apresentar às pessoas obras produzidas exclusivamente pelos pacientes com transtornos psiquiátricos. A exposição obteve grande êxito e foi bastante elogiada por vários visitantes e críticos. vale ressaltar, que nise usou a inserção de animais no hospital mais precisamente cachorros para auxiliar no tratamento dos seus clientes. As terapias foram aderidas pelos pacientes de forma muita eficaz, e seus efeitos nos internos era evidente, para os restos dos Psiquiatras isso não era suficiente, pois não tinha o devido poder curativo para liberação desse paciente, e os mesmos comungavam de outras teses da psiquiatria moderna. Contudo, Nise acreditando em sua tese, na essência da natureza humana não deixou de lutar pelos seus clientes, e juntos fizeram história, quando na década de 1950, no Brasil, importantes museus de arte moderna abriam seus salões para artistas de quem nunca ouviram sequer falar. Críticos se mostraram estarrecidos que as exposições revelaram pintores que apesar de desconhecidos, poderiam ser considerados como artistas renomados daquele século. Retificaram que a explosão inédita de arte e beleza encontrada em seus

quadros indicava algo comparável à Renascença. Nise, mostrou que por trás desse “milagre” não estava nenhuma academia de artes, apenas uma psiquiatra, ridicularizada por outros psiquiatras, é um ateliê de pintura, criado por ela em um hospital psiquiátrico nos subúrbios da Cidade de Rio de Janeiro; os artistas eram na sua maioria esquizofrênicos e pobres, internados, há décadas, abandonados por suas famílias e desenganados pelos médicos. O filme tem um cunho moral surreal, pois retrata de forma clara e realista, a realidade de pacientes com transtornos mentais da década de 40, além de dar destaque para grande luta das mulheres em serem ouvidas e respeitadas, devido à cultura patriarcal marcada pela presença do machismo nos pensamentos de grande parte dos indivíduos da época. Todavia, ressalta de maneira bastante sucinta que a brutalidade e a violência são inimigos declarados dessa comorbidade, afetando de maneira negativa esses pacientes, levando-os a regressão imediata. A longa mostra que arte e amor geram efeitos positivos não apenas no cérebro como na vida desses pacientes, levando a um sucesso notório e humanizado, descontraindo a cultura de que procedimentos invasivos não amenizavam sintomas e nem os conduzia a cura. É necessário se espantar, se indignar e se contagiar. Só assim é possível mudar a realidade (NISE DA SILVEIRA, 1980). Referência ADORO CINEMA. Filme Nise, o coração da loucura. 2016. Disponível em: https://www.ancine.gov.br/sala-imprensa/notícias/c-mara-t-cnica-decinema-define-aferi-o-da-cota-tela-2020. Acesso em: 1 abril. 2020. Aluno: Alex Brendo Gonçalves Costa Turma: 215 7NNB Obs: Aluno que está em processo de mudança de turno. Matrícula: 04065447...


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