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Autor: Cintia Aparecida Torres Tambor Advogada Especialista na área de Propriedade Intelectual Docente no Curso de Direito da Unilago PLÁGIO, IMPLICAÇÕES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES Didática no Ensino Superior - Metodologia da Pesquisa Cientifica: Plágio, Implicações e Possíveis Soluções. A resenha aqui descrita é objeto do material complementar sobre Plágio, Implicações e Possíveis Soluções, a qual aborda de maneira clara e objetiva, o plágio académico nas mais diversas instituições de ensino, sustentado, dentre outros fatores, na facilidade em que os académicos e até professores encontram na Internet um vasto acervo a disposição, que em sua maioria, faz uso irresponsável e inconsequente dessa ferramenta, o que contribui para a prática que tem se demonstrado um vício nas instituições de ensino. Segundo a autora, o advento do plágio está relacionado dentre outros fatores, a pouca capacidade em criar e até raciocinar naquilo em que se está escrevendo, o que muitas da vezes é permitido pelos próprios autores, ainda que tal prática encontre previsão legal em vários ordenamentos jurídicos de nossa legislação, além de ferir de forma profunda, valores morais e éticos que da mesma forma, estão expressos na legislação. Na parte em que ressalta as razões que levam a prática do plágio, destaca que tanto discentes quanto docentes, são adeptos dessa modalidade, pois, de forma mais acurada, não veem com a gravidade devida essa ação, ainda mais pelos números vultuosos de trabalho e a necessidade de tempo, que resta cada vez mais remido para ler e reler tantos textos e de muitos alunos, que por sua vez, dificultam uma análise mais minuciosa, sem a qual não conseguem identificar tal modalidade de plágio, o que em sua ótica, se enquadram como coniventes e responsáveis por permitir essa prática entre dos discentes. Ainda nesse contexto, a autora citando Romancini (2007), aponta que há três modalidades de plágio: “Aquela em que o aluno compra o trabalho feito por outrem e apenas apõe seu nome no trabalho encomendado; Aquela em que há completas ou parciais citações de trabalhos alheios sem a devida referência da autoria e, por último, aquela em que há uma falsa paráfrase, feita sem indicação de citação integral (aspas ou formatação), mesmo que se informe que o trecho provém do autor de que foi feita a cópia”. Importante ressaltar que embora as três modalidades

citadas sejam motivo de repreensão, uma se destaca, pois, muitas empresas tem oferecido serviços de venda de trabalhos, dos mais variáveis possíveis, que só se sustentam e perduram com seus negócios porque tem um público que podemos chamar de “fiel”, que alimentam essa modalidade crescente no meio académico. Seguindo esse entendimento, enumera alguns motivos, que de acordo com a pesquisa realizada pelo Professor José Palazzo Moreira de Oliveira, Titular do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande de Sul - UFRGS e publicada no JISC (projeto que integra universidades britânicas no sentido de promover o uso de tecnologia da informação na educação), destaca que dentre os motivos estão: a ignorância, pressão por resultados, falta de tempo, cursos irrelevantes, professores medíocre e afronta ao sistema. . Por fim, ainda que os discentes/docentes saibam que tal prática configure crime, passíveis de punições, sejam de ordem jurídica ou administrativa, continuam com a mesma intensidade e frequência na modalidade de plágio, pois, não há punições aos que tais atos praticam, o que em sua essência, o torna um fator encorajador para continuarem com essa modalidade, sem medir talvez, as consequências e danos que causam aqueles que obtém uma formação, que em sua maioria, serão profissionais com o conhecimento superficial, incapazes de buscar novas alternativas frente alguma dificuldade que exigem um conhecimento mais técnico que deveria ter sido forjado no decorrer de sua formação, pesquisas e domínio da área. São esses os profissionais que formarão o corpo técnico do futuro atuando em todos os seguimentos da sociedade? Espera-se que não. ....