Restauração Classe III PDF

Title Restauração Classe III
Course Dentística Restauradora
Institution Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Pages 5
File Size 128.3 KB
File Type PDF
Total Downloads 2
Total Views 133

Summary

Tática Operatória
Diagnostico
Acessos: como escolher o melhor acesso?
Seleção da Resina Composta
Preparo cavitário Classe III...


Description

Restauração Classe III

Classe 3, é aquela limitada a proximais dos anteriores mantendo a incisal, confinada na face proximal dos anteriores. Com o conhecimento sobre doença carie, a evolução dela e os programas educativos e preventivos nos temos visto uma diminuição da doença carie. Principalmente de classe 3 e 4, que encontramos mais na população mais carente com menos informação. Essas lesões por estarem nos dentes anteriores facilita a nossa visualização, mas por ter baixa incidência nos dias de hoje o nosso desafio é fazer o diagnostico precoce, para que não precisamos fazer esse tratamento curativo dessas lesões.

Tática Operatória: 1. Separação dental a. Logico que para o diagnostico nós temos uma ferramenta para auxiliar que é a radiografia, pois as vezes só pelo exame visual podemos deixar passar essa lesão. O ideal é sempre pedir um levantamento radiográfico de toda a boca para planejamento de todo o tratamento. Não podemos abrir mão dela. Mesmo com essa radiografia ficamos na dúvida no tratamento, se devemos ou não restaurar. b. Por que fazemos a separação antes da anestesia? Pois se for usar um separador mecânico, um dispositivo que faz uma pressão mecânica, com o dente já anestesiado podemos perder a referência do limite dessa separação e assim causar uma injuria e até lesionar o ligamento periodontal. c. Então primeiro confirma o diagnóstico, separa os dentes e anestesia só depois. 2. Anestesia 3. Profilaxia a. Antes de qualquer procedimento de seleção de cor é indicado a profilaxia b. Em casos que o paciente é muito caprichoso e tem uma boa higiene podemos ir direto para a seleção de cor. 4. Seleção de cor 5. Seleção de resina composta a. Nesse caso apropriada para dentes anteriores 6. Isolamento do campo (de preferência isolamento absoluto) 7. Preparo cavitário 8. Limpeza e proteção do complexo dentinho pulpar a. A limpeza sempre fazemos e depois dela avaliamos a necessidade e qual o material mais indicado para proteção do complexo dentinho pulpar. Se tiver uma estrutura boa de remanescente dentinario não há necessidade dessa proteção. 9. Condicionamento acido 10. Aplicação do sistema adesivo 11. Seleção e estabilização da matriz a. Dependendo do tipo de cavidade a gente pode colocar a matriz inicialmente, ou dependendo da situação clinica podemos inserir alguns incrementos de resina e ir polimerizando e deixamos a matriz só pro final onde vai envolver o contorno

proximal, que vamos trabalhando com a matriz de forma ativa, fazendo movimentos V-L. 12. Inserção e foto polimerização da RC a. A cada incremento de resina fazemos a foto polimerização. 13. Fazemos o acabamento e polimento da restauração. a. Sempre mais interessante fazer o polimento final em uma outra sessão pela questão de aguardar a polimerização final da RC, a qual sobre uma expansão hidroscópica nesses primeiros dias no ambiente oral e o paciente retornando podemos verificar se de fato fizemos a melhor escolha da cor e do ajuste oclusal.

Diagnostico: A parte mais importante da aula, lembrando que estamos em uma era da odontologia minimamente invasiva. Ou seja, temos que ser precoce no diagnóstico e econômico no sentido de preservar a estrutura dental. Então temos que ter radiografia para ajudar nesse nosso exame clínico minucioso. Transiluminação → usar a luz do próprio refletor para ajudar a ver uma diferença de comportamento na passagem de luz pelo dente. Podemos colocar um espelho na lingual do dente e jogar o foco de luz nesse espelho fazendo ela refletir no espelho e ir em direção ao dente pra ver esse comportamento da luz no dente, agindo no esmalte e na dentina, ai conseguimos ver se esse esmalte esta com falta de estrutura, quando ele fica com um alo acinzentado, que é sinal da carie. A separação dental ajuda a gente a ter visão direta daquela proximal e vamos passar a sonda. ➔ Se na radiografia apareceu uma região radiolucida em esmalte, mas em cavidade, eu posso apenas fazer o acompanhamento, flúor terapia, instrução de higiene oral. ➔ E se na radiografia aparece radiolucidez além da junção amelodentinaria, já está na dentina, então mesmo que que não temos uma cavidade em esmalte bem definida, precisamos interceder. ➔ Então a separação do dente me ajuda a confirmar diagnostico e me ajuda e facilita o preparo, pois posso ter uma cesso mais direto, assim perdemos menos estrutura sadia, minimizando o risco de desgaste.

Acessos: como escolher o melhor acesso? Sempre vamos ter que ser cautelosos, mesmo se não temos possibilidade do acesso direto tenho que optar pelo acesso proximal, lingual ou vestibular. De preferência devo manter a vestibular com o esmalte sadio. Pois o aspecto estético pesa nisso, pois é mais difícil acertar a cor e tudo mais. O raciocínio deve ser sempre pensando em preservar o máximo de estrutura dental. Sempre vai ser mais econômico ir direto pela proximal, ou se você já tem uma restauração que vai ser substituída. Dando sequência a tática operatória vemos a profilaxia e devemos lembrar que deve ser sempre com pedra pomes e água, nunca com pasta profiláticas, pois vão deixar resíduos de gordura e podem atrapalhar minha hibridização e dificultar a aplicação do adesivo na dentina.

Seleção da Resina Composta

➔ Além da escolha de cor, devo escolher uma resina com as melhores propriedades mecânicas. ➔ As resinas de micropartículas conferem melhor brilho e lisura de superfície, devemos usar apenas na superfície vestibular, nunca na lingual ou proximal, pois ela não tem resistência mecânica para a tração e ao corte para resistir as forças. Vai muito bem em classe 5 também. Para esmalte. ➔ Temos também as resinas micro híbridas e nano particuladas, a qual tem maior resistência ao desgaste e fratura, são universais, podem em qualquer lugar. Para esmalte e dentina.

Preparo cavitário Classe III ➔ Vamos nos atentar na remoção do tecido cariado, não vamos tocar em tecido sadio, ➔ Acabamento do preparo e terminações especificas para o ângulo cavo-superficial em esmalte = bisel. ➔ Tem profissionais que não fazem o bisel, mas o bisel ajuda a mascarar essa transição entre dente e resina. Estudos laboratoriais mostram que esse bisel ajuda na adesão e diminui a micro infiltração. ➔ O bisel é uma escolha do profissional, quanto mais jovem recomendamos não fazer o bisel para não desgastar tecido sadio. Forma de contorno: - A forma de contorno é remover a lesão, com pontas diamantadas esféricas de tamanho ligeiramente menor que a cavidade (para desgastar menos o dente). - O contorno é delimitado pela extensão da lesão, manter o esmalte vestibular intacto, manter o limite sub gengival intacto. Forma de retenção: - Quanto maior a quantidade de tecido dentário sadio que rodeia a restauração maior é a sua retenção. - Se você não tiver um adesivo de qualidade e o paciente tiver uma classe 3 extensa, como vou garantir uma retenção de qualidade? Podemos fazer uso de retenção com broca esférica, na junção amelodentinaria para fazer retenção (isso não é comum). Forma de Conveniência: - É tudo que facilita o meu acesso e meu trabalho, o próprio isolamento do campo operatório, o afastamento dental, a proteção com o dente vizinho (que muitas vezes é uma preocupação, mas colocamos uma tira de matriz metálica). - O acesso cirúrgico, que é quando a carie está muito subgengival e temos que fazer uma cirurgia para o término dessa restauração. - Remoção de dentina escurecida (por estética) - Ordem de preparo e restauração, qual cavidade fazer primeiro? Começamos o preparo pela maior cavidade e depois vamos para a menor. Na hora de restaurar é o inverso, começamos a restauração pela menor e depois vamos para a maior.

Remoção da Dentina Cariada Remanescente: - Como começamos o preparo? Qual instrumento tem a capacidade romper o esmalte ou uma resina? Fazemos isso com ponta diamantada em alta rotação para esmalte, resina e civ. - A dentina cariada remanescente removemos com escavadores em forma de colher e brocas Carbide de baixa rotação. - Não empregamos os evidenciador de carie aqui, pois ele não vai te dar a aptidão manual pra saber quanto estamos em uma dentina sadia ou não, e ele não é seletivo, ele pode pigmentar tanto dentina cariada como não cariada. Então vamos treinar, removendo o máximo com colher de dentina e só depois ir com a borca. E cuidar bastante da região da junção do esmalte/dentina, pois temos que limpar bem essa região, para não ficar uma alo acinzentado. Acabamento das Paredes de Esmalte: - Vai lá com o recortador de margem ou uma colher de dentina para planificar bem esse esmalte. Finalidades do Bisel: - Remoção dos prismas de esmalte mais friáveis - Exposição de esmalte mais reativo ao condicionamento ácido, aumento a área de contato e assim melhorando a adesão e retenção. - Favorece a transição da resina para o dente, melhorando a estética do dente. Execução do Bisel: - Se for para fazer o bisel, que é mais preconizado em classe 4, seria... - Largura de 1 a 2 mm, de preferência só na vestibular, na lingual ate pode, mas temos que cuidar com a área que esta, se está envolvida no movimento de protrusão ou não. - Inclinação de 45 graus. - A extensão vai depender da descoloração da estrutura dentaria. - Pontas diamantadas para bisel: 2200 (mais cônica) ou 3118 (em forma de chama) - Nas áreas proximais posso passar uma lixa. Limpeza da Cavidade Podemos usar clorexidina, lavamos bem para remover aqueles restos de dentina e esmalte. E depois vemos se vai precisar da proteção do complexo dentina polpa, se não parte para o condicionamento ácido, aplicação do adesivo... Condicionamento Acido Podemos restaurar as duas juntas e daí podemos fazer o condicionamento ácido uma vez só, mas se não tivermos segurança devemos fazer um de cada vez e já vimos que o preparo vai da cavidade maior para a menor e na hora de restaurar é o inverso. Aplicação do Sistema Adesivo Depois do ácido lavamos, secamos e aplicamos o adesivo

Seleção e Estabilização da Matriz Pegamos as tiras de poliéster ou metal, fazemos uma concavidade nelas com o cabo da pinça, vamos usar cunha para estabilizar. ➔ A matriz tem que ficar bem justaposta na cervical do seu preparo, se ela ficar bem adaptada só na incisal e um vão na cervical vai ter um excesso de resina. Inserção de Resina Composta A contração de polimerização de RC convencional é elevada, então fazemos incrementos pequenos que não abrange e não sejam adaptadas a todas as paredes de uma vez só. Quanto maior o número de paredes aderidas e menor o de superfície livre, haverá maior dificuldade para o relaxamento das tensões internas do material. Fazer vários incrementos... Trabalhar com a matriz bem justaposta. Acabamento e Polimento IMEDIATO Logo após a remoção do isolamento devemos fazer a remoção dos excessos e irregularidades e nesse momento conferimos os contatos oclusais com o carbono e vemos se precisa remover algo. Fazemos uma polimerização adicional. E ainda damos orientações ao paciente, as indicações que damos é que vai ficar sensível ali devido o isolamento absoluto e porque trabalhos internamente com o seu dente nas próximas 24/48 horas. Procure não ingerir alimentos de cor fortes já que usamos resinas muito estéticas, evitar vinho tinto, suco de uva, esse cuidado se deve, pois, a resina ainda tem uma polimerização nas primeiras 48 horas que está na cavidade bucal....


Similar Free PDFs